11 maio, 2011

(SUB)CONSCIÊNCIA ...

(SUB)CONSCIÊNCIA ...

É
neste espaço vazio
que coloco as palavras que sobejaram
nos encontros furtivos do meu olhar ...
Sem procurar a demência rude
que por vezes as caracterizava ...
Floria-as com o adocicado pólen
do
meu silêncio ...
Aglomerava significados diferentes
entoações graves
agudas e estridentes ...
Escutava cada bater de portas ...
cada barulho das trancas ...
Todos eles rugiam
palavras soltas
em cada som uma história ...
Que lacrimejava no silêncio
que não seria perceptível a todos ...
Ecos que falam ...

De mim ...
De nós ...
De vós ...

E
as ausências
são cateteres que nos induzem a dor
Ou retiram ...
Adormecem a alma nos incensos
que julgávamos perdidos ...
Fora de horas ...
Loucuras que delatam a vida ...
Que forasteiro, serei?! ...
No caminho que julgo saber?! ...
Peregrino! ...
Já não escolho ...
Sigo ...
Mas repugno este vazio ...
Que de vazio
se encontra tão repleto de mim ...
Das
fugazes palavras
que não minhas ...
Ocupam os dilemas que carrego na mente ...
Num subconsciente
Temporal que reveste
a razão de ser e dizer ...
Ferir ...
Magoar ...
De Amar ...

Crepúsculos que precedem
uma alvorada ou um anoitecer ...

Como o Nascer ou Morrer todos os dias ...
Nas PALAVRAS, que não são ou FORAM, Minhas! ...

Consciência, num espaço vazio ...

ANA P.

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