30 maio, 2011

ESSÊNCIAS DE INFÂNCIA ...

ESSÊNCIAS DE INFÂNCIA ...

Saberei a medida exacta
que não moí, não mata ...
A palavra sem sombra
cânone do meu cântico ...
Saberei usar o sentimento
o valor do momento
em cada segundo que passa ...
Em mim as promessas
Pactos que faço com a vida
em curtos vai e vem ...
Baloiço com heras
meu éden escondido ...
Brinquedo de menino
Um arco e um carrinho de latão
meia moeda no bolso
Jogo de botões,
uma mão cheia de feijões ...
Fujo da cabra cega
salto à corda, pinto a macaca no chão ...
Salto elástico...
Por fim até rasguei o calção ...
Puxo o baraço, lanço o pião ...
Recordações do tempo que vive em mim
Lembranças, soltas
memórias, pequenas lascas
que não se apagam
levitam na felicidade
em que dizia não ter nada ...
Uma medida sem regra ...

Visão que me ensurdece,
em que o nada é tudo ...

O
que não esqueço
é saudade que perdura ...
É a falta,que sinto
é ... liberdade!

Estandarte de esperança
no sorrindo
de quando fui criança,
que não esqueço!

A medida exacta
que valoriza, não moí, não mata
mas mora na saudade ...
No brilhar dos olhos fechados
na sofreguidão de os reencontrar
no porão da idade que não podemos parar
Na sensatez de um menino
que deixou há muito de chorar ...
Em lágrimas ...
Nas palavras de um homem
que renasce na ânsia de se encontrar
Segredos de palavras que nunca
escreveu, de sonhos que nunca viveu
à descoberta de um tempo que nunca pensou
ser seu ...
INFÂNCIA! ...
As cores que pintam o sonho do homem,
que não se cansa de ser a velha criança,
cavalgando no dorso do tempo ...
Fechar de olhos
a VIAGEM
que teimo em não querer
Esquecer de MIM! ....

INFÂNCIA ....


ANA P.

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