24 maio, 2011

CARTAS AO VENTO ...

CARTAS AO VENTO ...

Inconstantes que somos….

A ausência das palavras, sente-se no coração.
A volubilidade com que a sentimos é a inconstância que nos dá vida, faz mover montanhas.
A versatilidade que nos quantifica, as emoções nos faz ser, transmitindo a imagem do que somos.
Imagens que todos que nos rodeiam, criam de nós.
Somos espectros de emoções inconstantes…
A instabilidade na inseguridade na permanência das nossas vidas, que nos fazem revelar o nosso pior e o melhor, na simples existência do que somos.
Como peças de artesanato, nascidas nas mãos de alguém, criadas com a rudeza do carinho que é afagado em cada peça esculpida…
Como somos volúveis, semelhantes à terra que gira no seu eixo.
Também nós giramos com tudo que nos rodeia.
A infidelidade o ser leviano de cada um, que ajusta o querer e poder.
Os desejos que atormentam as nossas carências, como homens e mulheres.
A incerteza do que queremos e para onde vamos.
Essências que a todo custo procuramos, que nos confortam derramando o bem-estar melancólico. Transportando até nós a descoberta de diversas emoções.
Arco-íris paradisíaco onde fazemos a ponte, refugio dos nossos sentidos.
Catamarã desbravando os mares …
Sobe a inconstante ondulação dos mares, agitação que é incerta ou que pode mudar facilmente, num conjunto de um todo volúvel como as marés.
Em nós, ideias que nos deixam à tona mercê duma instabilidade que fragmenta as nossas vidas, fazendo assim parte da vastidão de um deserto, que temos que atravessar acumulando as areias que os ventos vão trazendo…
E tu, meu amigo grão de areia que faz parte do meu deserto.
Inconstância de tantas emoções, que não sabia que existiam em mim.
Sabedoria leiga com escrevo estas linhas, na simplicidade de meras palavras debate de emoções que expresso e sussurro nestas folhas de papel, que guardo como pergaminhos.
De um carinho que não ouso perder e que não quero...
Num todo, quero que saibas que estou aqui! Que gosto demasiado do que sinto, para te perder...

Adoro-te! ...

Carinhosamente

Ana P.

(Por vezes o valor das palavras, não está na imensidão do que se escreve....mas sim no valor que tão poucas palavras nos possam dizer...)


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