31 março, 2011

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...
27/03/11

Um castelo onde os sonhos, podem sempre morar ...

Castelos ... sonhos ... sombras
no olhar ...

Onde adormeço, os meus sonhos para que possam voltar.
Onde guardo segredos, que só alguém pode decifrar.
Hoje, procurei castelos nas sombras do meu olhar.
Queria ser a forte guerreira, destemida ...
Hoje! ...
Não queria ser, apenas uma alma perdida.
Em cada encanto, o desencanto de não encontrar ninguém.

Porque me abraças, solidão?!!! ....
Porque procuras nadar, nos meus olhos?! ...
Porque queres afogar-te, neles?! ...
Inferno! ...
Que cada vez que penso, tactear teu rosto, teu corpo ...
Cada vez que me aproximo para sentir o odor que te define ...
Tão próxima, que se sente a ânsia na respiração ...
Tão próxima, que a minha pele se mistura na tua. Absorvendo cada gota de água libertada por cada poro ...
Tão próxima que de olhos nos olhos emergimos, num doce inferno provocador ...
Desejos ...
Tão forte, que se esculpem num beijo.
Um toque de lábios, onde minha língua procura a tua ...
Docemente percorro teu corpo deslizando, até teu ouvido e sussurro-te! ...

Desejo-te! ... Desejo-te ! ...

Sedução que se esconde, no desejo de um beijo.
No desejo que sem ter sido premeditado, acontece ...
Em gestos que podem delatar, mas que sem dúvida me fazem sonhar.
Encantos de um mundo, jamais destroçado.
Em que todos queremos ser, apenas desejados ...
Sentir a importância de tudo, o que não deve ficar por dizer! ...

Tudo o que deixamos por fazer, há que fazer!
Tenso em conta um tempo que não pára, que não nos vai perdoar ...

Hoje! ...
Na solidão ... Onde te fui encontrar ...
Quebrei o gelo, fiz-me ao teu mar ...
No eterno beijo que demos, sem nunca nos tocar ...

Foi uma sombra perdida, no meu olhar ...
Na construção de um castelo que todos os dias me ensina, a não querer deixar de sonhar ...

Sem medo! ...

LIVRE! ...

ANA P.

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...
28/03/11

No anil do meu céu ...



Olá, meu querido amigo...

Já algum tempo que te deixei de escrever.
A pausa de um silêncio com o tempo sempre a correr.
Sinto-me uma pessoa conquistada, enamorada pelas palavras, onde salva-guardam as forças de dominar uma escrita multi-facetada.
Em cada pausa um espaço que não posso dizer que está vão. Um espaço que te representa. Que mesmo ausente será sempre o teu.
Insubstituível como o oxigénio que respiramos. Quando te visito, no ar sente-se os aromas de lavanda, o cheiro dos lilases revoltam o âmago do intimo, um arrepiou à flor da pele que me despe e aguça os sentidos. Esta ponte silenciosa onde os laços de seda selvagem nos unem a uma partitura essencial para cada melodia que que escrevo, tão especial como o gostar de ...
Basta! ...
Apenas gostar ...
Gostar é ser grande, é vestir a tshirt azul do incondicional, de amar com sentido sem colisão de palavras.
É comungar, acreditar que mesmo longe, nunca saís-te do lugar.
Ressaltar cada instinto, o impulso que não domínio , tão selvagem e indomável , como o sangue que me fermenta nas veias ... ...
Que de escarlate veste o mosto, daquilo que sempre serei .
Cada convulsão das frases que escrevo, são como se fossem uma indomável revolução sideral. Um retorno do meu astro de volta ao ponto que sempre defini como meu céu...
Meu céu, paradigmas que protejo e faço questão de ressalvar.
E quando me sinto verdadeiramente só, plano em voo raso nos espaços que completam, o azul anil deste céu. Adoçante cristalino de anis licor, que lhe dá cor. ...
Um romantismo de ervas-doces , ilustrando a falta de alguém. Devolvem-me a saudade, como um rastilho que só as lembranças atenuam ...
Dizer que não sinto a tua falta, é omitir as fragrâncias em que escrevo em tons de anil e verde esperança.
Era deixar de falar no silêncio...
Era não me sentir, conquistada ...
Era não, notar a tua ausência neste céu que também sempre será teu.

Carinhosamente


ANA P.

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...
30/03/11


Melodias do coração, sobre as vossas pautas ...

SILÊNCIOS ... ECOS .... E ROSAS ! ...

A necessidade de escrever no silêncio, é a conexão que me liga a um mundo de prosa e poesia .
Uma analogia, explicita na formação de palavras onde a razão é também o que me liga a vós.
Não saberia escrever, se não soubesse delinear as cores de um arco-íris cinzento, se não reconhece-se um mar demasiado laranja e na luz ver uma escuridão sempre com uma esperança.
Pactos de luz e de cores, que se diluem no espírito da alma que me habita.
Hoje, não me reconheceria se não me vestisse de saudade, se não me cegasse com a luz da lua.
Hoje, não saberia apalpar as palavras as minhas e as vossas . Porque escrevendo trago-vos até mim, abafo as lembranças que se soltam, no carinho que vos tenho, onde a simplicidade se sente na falta de vos contar ... Contar as nuances que me despertam, o perfume que derramo nas frases, quando soltas se perdem na vossa leitura . Levando-vos ao meu mundo, que também de uma certa forma, será sempre vosso.
Onde estar fisicamente, passa para segundo plano. E o sentir para primeiro.
Mentir-vos-ia de dissesse, que não sinto a vossa falta.
Quando escrevo, estou a pensar na melhor maneira de vos resgatar até mim. De vos encaixar na partitura, onde solto a minha melodia.
Como se fossem a pauta, das minhas notas musicais. Sem vós, nunca seria possível compor. Sois a melodia das minhas palavras, dos meus pensamentos.
Livres como o vento, fresco como a brisa que me beija o rosto. Onde o sonhar é uma página branca de um livro, de tudo o que tenho para vos contar.
Amar, é o relógio sem corda que nos faz levantar ...
O querer, é a força que nos faz crescer ...
Acreditar, é ter fé ...
Sonhar, é o oxigénio que se aprende a queimar ...
Tudo isto, são essências que nos fazem ter razões e motivos para saber escutar, o silêncio ...
Ponderar ...
Acreditar que existem pessoas, que mesmo longe, acabam sempre por estar perto.
Em cada coração, onde o seu bater são os ecos das melodias que escutamos, em cada lágrima que nos beija a face... Rosas, aromas ....

Obrigada, por me acompanharem.
Por escutarem as melodias que vos escrevo.
Em fragrâncias, que até podem ser rosas de esperança ...

Carinhosamente ...

ANA P.

DEVANEAR DE UM SONHO ...

DEVANEAR DE UM SONHO ...

Se não te posso sonhar ...
Diz-me onde te posso encontrar! ...

Doce
nuvem do meu amar ...
Pecados que escondo no
camuflado do olhar ...
Ando perdida ...
Sem bússola
para me orientar ...
Sem
as asas ao vento, para planar ...
Fiquei
presa no teu glaciar ...
Um
barco sem remos
que não sabe voltar ...
A
coruja de dia ...
Antecipando a cegueira ...

Não, pode voar ...

Digo ao coração, para te deixar ...
Digo-lhe, que me devolva
o sentir do teu gostar
O
perfume derramas
que fazes questão de exalar ...
Essa
marca de odor, demarca-te...
Faz-te ficar! ...
Define-te na tez do horizonte...
No
cume de um monte ...

Onde
serei a brisa, que deixei o meu sonho ...

SOLTAR! ...

ANA P.

MÃOS ...

Mãos! ...

Nas mãos, seguro o meu mundo ...
Carrego os meus filhos no colo ...
Com mãos, me defendo da vida ...
Teço telas de AMOR! ...

Com mãos , me dispo e descrevo ...
Tormentos a que sobrevivi ...
Alicerces da vida ... Um amor, sem um fim ! ...

Deixo,
que possam sonhar ...
Deixo,
que descrevam
os socalcos da memória ...
Hoje,
não quero falar !
Passo do tempo à história...
Certezas de um sonhar ...
Em
Mãos que gritam vitória ...

Quero, apenas escrever! ...

Que
seria de mim, se as Mãos ...
Não soubessem dizer ?! ...
Uma mão que lava a outra
Meiguices e doces salvas
Mãos de terra! ...
Mãos de alma! ...
Que se entranham no chão ...
Hoje ...
Escrevendo ...
Amanhã ...
Amassando o pão! ...

Nesta terra fecunda, em que me atrevo a sonhar ...

As mãos, que me dão tudo! ...

EU! ...

NADA TENHO, PARA LHES DAR! ...

ANA P.

CHUVA ...

CHUVA ...


Mesmo que a chuva
se faça sentir ...
Que caia ... sobre mim ...
Olharei o céu
para a receber
na delicadeza do meu rosto ...
A
sofreguidão de a
beijar ...
de bebericar
a sua caricia fresca ...
Sentir ...
que me humedece
a pele ...
Senti-la deslizar, um toque
que me desperta ...
Saborear a liberdade...
Recebe-la de braços abertos ...
Sentir
que
à prazeres à tona,
deslizando neste corpo de mulher ...
Onde a chuva
se faz sentir ...
À revelia de um tempo
que não desiste
de nos provocar ...

ANA P.

25 março, 2011

SAUDADE ...

SAUDADE ...

Um olhar ...
Um alento ...
Saudades desses momentos ...
Ímpetos de fragmentos ...
Quimeras do sonhar ...
Amores escondidos em nós ...
Como escravos ...
Mendigos angélicos, esconderijos de amor ...
Ocultos sentidos, que julgávamos perdidos ...
Como cordas de sisal ...
Amarrando
devaneios de felicidade cristalina ...

Incontestável beleza de ser, MULHER ! ...

Ópio ...
Suave veneno ...
Apetite insaciável ... voraz ...

Provocadora tentação
Vislumbrada na tua ausência ...
Carência dos medos ...

Tocar o último horizonte, de ti ! ...

... SAUDADES ...

Onde

S
U
S
P
I
R
O

Rendida ! ...

Neste, majestoso "Jardim"...

ANA P.

DISLEXIA ...

DISLEXIA ...

A dificuldade
Obstáculo em ler
Em compreender a escrita ...

A escrita
Por sua vez são códigos da mente ...

A mente ...

É o espírito
entendimento ...
O intelecto ...
O pensamento ...

Do que se pretende fazer
com intenção
intuito ou não ...

Reflexão ...

Percepção ...

Imaginação ...

Dois corpos ...

Um espaço ...
Dois códigos ...
Duas mentes ...
Experiências

Vividas
sofridas,
armazenadas ...

Sínteses diferentes ...

Escritas secretas ...
Cifras ...

Num espaço
de duas mentes ...

Dislexia ? ....

Depende, da nossa interpretação! ...

ANA P.

NUANCE DE INCENSO ...

NUANCE DE INCENSO ...

No miradouro
desta encosta ...
Deslumbro
a lezíria ...
A
margem que me fascinou,
outrora ...
Seduzia palavras, ofuscando ...
Na intensidade, de cada ousadia de viver ...

EM PLENO ! ...

Livres ...

As sombras que assombram
a nudez da montanha
choram a sua tristeza
no caudal do seu rio ...
Na corrente que lhe arrasta
o
Espírito
em águas mórbidas, sem vida ...
Numa torrente de lágrimas ...
Impetuosa ...
Em que o astro luminoso
esconde a nuance
do seu esplendor ...
Deixando
a lezíria num luto ...
Imunidade que desfalece ...
Perdeu-se ...
Na grandeza de um devaneio
onde o sonho
não mora mais ...
Sozinha
acompanho a visão da
montanha ...
Vestida de melancolia
nas místicas noites
passadas
esfumaçando " Incenso Proibido" ...
A
melodia, deixou de tocar ...
o
silêncio
abraça todas as nuvens ...
Quebrou as alianças
que nos uniam na escrita
na cumplicidade ...
De cada cópula...
O
grande livro enegrecido
foi selado ...
Com um cadeado do tempo ...
Na performance aromática
de cada folha de papel ...
Um livro
fechado ! ...
Espólio de uma voz
na nuance deste livro ...

Lacrado ! ...


ANA P.

DELÍRIOS DO TEMPO ...

DELÍRIOS NO TEMPO ...

Hoje enlouqueci
o tempo ...
Procurando por, ti ...
E
o tempo esse louco,
calado ...
Nada me diz ...
Esta balada
pensada
com arte de escrever ...
São lascas minhas,
arrancadas do fundo do meu ser ...
Palavras ...
Sentenças ...
Esculpidas, de tanto te querer ...
Limalha de ferro, perdida ...
Centelha de fogo, arder ...
Em folhas de frio celeste ...
...
Tudo se arrasta no tempo ...
O tempo sempre a correr
Em mim florescem, memórias
que não quero adormecer ...
São luzes de vida
que me fazem crescer ...
Ter na escrita, a palavra
metáforas do amanhecer ...
Silêncios ...
Ecos ...
Na paixão de te escrever ...
E
que ouso vos contar ...
Palavras ditas ao vento,
recordações do meu amar ...
Loucuras profanadas
com arte de desejar ...

Que o tempo esfumaça, no vento ...
Sem tempo, para te contar ...
Delírios indefinidos ...

De tanto te procurar! ...

ANA P.

FRAGRÂNCIAS DO VERBO AMAR ...

FRAGRÂNCIAS DO VERBO AMAR ...


Fragrâncias do verbo, AMAR!

Pensava que ...
O tempo não fugia, de mim ...
Marca compassos, em delírios sem fim ...
Infinitos adornos, tecidos por nós ...
Amores perfeitos, rendidos ...
Alma e corpo
num só ...
O tempo passa ligeiro
como a nuvem, entre o nevoeiro ...
Esse tempo, corre veloz ...
Não quero!
Que me deixe ficar ...
Quero!
Que me deixe sonhar ...
Num leve acordar ...
Onde possa encontrar,
verdades com o verbo, AMAR!

Lanço feitiços,
encantamentos fugazes ...
Estendida no manto de sedução
na cândida magia da lua
que o o luar vem espreitar ...
Deixando uma chuva de prata,
para que o possas beijar ...
E a noite vagabunda
abre as portas para te abrigar ...

Ternuras do verbo, amar ...

Cadência secretas
num breve acordar ...
O fresco orvalho
lava teu rosto...
Cheiro de
Rosmaninho e hortelã ...
Essências de sedas húmidas,
despertando as manhãs ...

Que o tempo, corra de mansinho ...
no leve sopro, da voz de passarinho ...

Que não deixe partir fragrâncias,
de verdades do verbo AMAR ...


ANA P.

MALMEQUER ...

MALMEQUER ...

Declama-me o amor ...
Em
tom solene
silêncio consentido
essências jamais esquecidas
no calor
que corroí, nossos corpos ...

Fala-me de amor ! ...

De
desejos proibidos,
uma abrasiva história de pudor ...

Conta-me, conta-me ...

Quero ouvir-te contar ...
Decifrar no gume
um querer tanto, desejar ...

Deixa-me ser ...
Força da ventania ...
Ar fresco, da tua maresia ...
A
Chama quente e fria ...
Perdida
nas noites
a correr para o dia ...

Deixa-me
pousar nos teus braços ...
Aquece-me com teu calor,
deixa-me ...

... Escutar o bater do coração ...

Diz,
que me queres ...
Na incerteza
do jogo ...
Nas pétalas
de
um Malmequer ! ...

ANA P.

MANTO DE MARESIA ...

MANTO DA MARESIA ...

Passeando ...
Calcando areia
desafiando as marés,
onde o manto alvo de espuma
corre, para me beijar os pés ...
Brincando ao toca e foge ...

Eles
e as ondas atrevidas ...
Crianças ...

Brincando ás escondidas
Calçados com verdes limos
que agora escondem os pés ...
Um manto que verde envergam
são senhores das marés ...
As ondas soam seus cânticos
afagam seus corpos na areia ...
Búzios, conchas estrelas do mar ...
Ofertas do seu tesouro ...
A uma divina sereia

Este presente sagrado
rebusca sabedoria ...
São sinais de esperança,
caricias da maresia ...
Que nos devolve mistérios
do que foi este mar, um dia ...
Águas multicolor
rendilhados de corais ...
Um leque de aromas salgados
perfume que está selado
em cada rasto deixado ...
Nas águas, entre corais ...

Em cada sopro, de fugir com alegria

das ondas da MARESIA ...

ANA P.

MARIA ...

MARIA ...

Maria ...

Dizia que nada sabia ...

Que diria Maria, se nada dizia ?! ...

Andava perdida
num Mundo sem fim ...

Que diria Maria, se soubesse de mim?!

Pensava Maria ...
que estava sozinha, no seu mundo fechado
cercado com muros...
Maria, quer trancas ?! ...
Não vê o futuro ...

ACORDA, MARIA! ...

EU,
ESTOU AQUI! ...

Na noite escura, em teu jardim
planto as flores, adorno-te em mim ...
Uma luz viva ...
Perfume Celeste, da flor de Jasmim ...
Pedaço de ar
respirado por ti ...
Nunca te percas ...
EU! ESTOU AQUI! ...
Uma
estrela no céu ...
A
luz do luar ...
Um pássaro livre, a esvoaçar ...

ACORDA, MARIA! ...

EU,
vou te buscar!

Aquela, Maria
que nada sabia ...
Já pode gritar...

Que não está perdida
nas
noites escuras, sob o luar ...

Que terás sempre alguém
a quem confessar ...
Saudades que o tempo
te teima queimar ...

Estarei sempre, aqui !...

Para te escutar, MARIA !

....

ANA P.



PARÁGRAFO MILENAR ...

PARÁGRAFO MILENAR ...

Não
acreditamos no tempo...
Esperamos, que ele possa passar ...
O tempo
devora a gente...
Queimas as partículas do ar ...
O
ar é ciclo, da Vida ...
Escrita no respirar...
Parágrafos em linhas rectas
Cruzados/Rasgados...

Em
gritos calados a soluçar ...

Na
carta em branco enviada,
com mistérios por desvendar ...
Épocas presas ao tempo, devaneios ...
Precipícios para saltar ...

Se
sou livre, e com asas ...
Depende do que sonhar ...
se
serei a louca brisa ...
Se
pássaro, a voar ...

Desditas que dita o tempo ...
Que teimo não recordar ...
Partículas ...
Trás-las o vento ...
No pó do teu, Amar! ...
Aqui! ...
Mais um ponto parágrafo ...

...A trama Milenar

Em que o tempo é pó ...
As
cinzas, em que vamos ficar...

TU e Eu, não acreditamos ...
Teimamos não aceitar ...
Que tudo isto, é apenas...

UM PARÁGRAFO MILENAR ...

ANA P.

CONFESSA ...

CONFESSA ...

Que não me esqueces ...
Que ainda procuras por mim
no alcance dos sonhos
numa essências de jardim ...

CONFESSA ...

Que ainda tacteias meu corpo
Que o sabes ao pormenor...
Quando cerras os teus olhos
onde se perdem tuas mãos
num mar que conheces de cor ...

CONFESSA ...

Que não escondes lágrimas
que são salpicos de mim ...
Uma chuvinha de prata
que rega nosso jardim ...
Confessa, confessa ...
Que ainda me amas, assim!

Nos momentos passados
em que o futuro tecíamos
Nas teclas que estão guardadas ...
Estufa interior, do AMOR!

CONFESSA,
confessa
que ainda me desejas, amor! ...


... CONFESSA! ...


ANA P.

BATER DE SAUDADE ...

BATER DE SAUDADE ...

Quantas saudades ...
Recordações caiadas,
nos muros que construo
Quando sonho acordada ...
Nas cores
de suspiros pintados
queixumes do coração
que lendo a alma
chora
em dias de solidão ...
Sorrisos que ecoam
na margem do meu leito ...
Memorial ...
Escritos da memória
presos com laços de seda selvagem ...
No deserto que existe em mim ...
Em vermelho vivo
silvestre, que me habita de tom escarlate ...
Laranja, horizonte ...
Veemência imaginaria, ardente ...

Voz que comanda
o
interior do âmago ...

Num fumo
que embala o espírito ...
Solta saudades de nós ...
Sentimentos ...
Onde estarás sempre presente ...

Na saudade, que sempre será tua! ...

LIBERDADE!

ANA P.

AFAGOS DE PALAVRAS ...

AFAGOS DE PALAVRAS ...

Invado com palavras ...
Nada mais tenho ...
Apenas o meu sonhar, partilhar ...

Partilho contigo
Reflexos do sol...
Faíscas, fagulhas do meu fogo! ...
Cintilar no olhar ...
Pulsar na mão, a grande partilha do coração ...
Desnudando sentenças, dos verbos, DAR E AMAR ...
Areias movediças
Inconstância do nosso mar ...

Partilho, o luar ...
Onde medita a lua
que abraça o sol em breves momentos ...
Conta ...
A fúria dos ventos ...

Cabelos soltos ...
Sentir na pele ...
A
fresca brisa, pintada a pincel
em folhas de papel ...

Flashes em favos de mel
a
tua revolta, em tintas pastel ...

Partilho contigo ...
Pressentimentos do teu ser ...
Sentimentos ...
Intuição ...
Desgostos ou até paixão! ...
novelos de feitiços
ESCRITOS
com as minhas mãos ...
Tua manta de afagos
em dias de

S
O
L
I
D
Ã
O ...


ANA P.

UM BREVE FECHAR ...

UM BREVE FECHAR ...

Fecho os olhos
Prendo-me no tempo ...
Usando algemas no pensamento ...
Neste templo
Amplo de luz ...
Sagrados momentos ...
Tu
minha cruz ...
Deitados no adro
com os olhos céu ...
As nuvens brancas fazem de véu ...
Ecos de silêncio, bramam no ar ...
Trémulos ...
Libertados no respirar ...
Anseios carentes, de um longo beijar ...
Afectos ávidos
corrompem o deleitar ...
Maré, de fascínio deste mar ...

Se abrir os olhos ... vais apartar ...
Ai! ...
Nas ondas ...
Vais-te ausentar ...
Mas vem o vento ...
Vai-te buscar ...

CERRO OLHOS ...

Chamo-te para mim ...
Esta guerra, não terá fim ...
Sou feiticeira ...
Tu arlequim...
A chave mestra, neste jardim ...

Fechos olhos, para te abraçar...
Uma ternura, um breve fechar!


ANA P.


BONANÇA NO OLHAR ...

BONANÇA DO OLHAR ...

Serenamente escrevo, deixo-me levar ...
Abdico do meu silêncio ...
Solto o meu bramar ...
Liberto o perfume, no pó do meu mar ...
Na louca cedência
de me ler nos olhos ...
De sentir o calor das cores ...
No mavioso gesto da escrita ...

Com Alma ...

Interior do meu fogo ...

Consciência do meu espírito
Desassossego de minha voz ...
Vivacidade escarlate
que me corre nas veias ...
Vermelho de vida
que me encandeia ...

Fascinação ...
Ópio dormente, alucinação ...
Pedaços sangrentos, do meu coração ...
Dores ...
Mágoas ...
Silêncios ...

Rio de afectos
tormentos doces de paixão ...
Soltos em verdes prados
na íris, inquieta do meu ser ...

Fermento do mosto
que me habita ...
Fazendo da sua casta, a escrita ...
Fruto de geração faminta ...
Visão ... Cólera com raça ...
Que será sempre a metáfora ...
De trilhos, que escrevo à mão! ...

BONANÇA DE OLHARES, DO MEU CORAÇÃO! ...

ANA P.

NO OLHAR ...

NO OLHAR ...

Rouba-me um olhar ...
Embaraça-me o pensamento...
Faz de mim prisioneira...
Uma alma carcereira ...
A
tua Deusa guerreira ...

Sem limites ...
Sem fronteiras ...

Uma flecha, enfeitiçada ...
Embebida no delicado, veneno ...

Que te domina ...
Como um doce, eterno-fel ...
Na mira do meu cuidar ...
Fonte límpida a brotar ...

Onde
águas balbuciando
ofegantes murmúrios ...
Desvendam segredos ...
Instintos ...
Impulsos e medos ...

No insaciável olhar
ávido de desejar ....
Que escondo, num breve fitar ...
Com arte e desafio...
Gota de água, que quebra o frio ...

Fortaleza milenar ...

Miradouro, do meu mar
para te

C
O
N
T
E
M
P
L
A
R


Num simples, OLHAR!

...

ANA P.

23 março, 2011

LEVA-ME VENTO ...

LEVA-ME VENTO ...

Leva-me no teu vento ...

Abraça-me sedento ...
Como se fosse um gume, lapidando a tua sede ...
Embala-me, com cânticos de bem querer ...
O flagelo da chama ...
que atiça meu corpo ...
Água que cresce na boca ...
Descoberta de cada acto, permitido
Romper do sol
que empurra as nuvens ...
Desejo ...
Cobiça inocente ...
que mora ao lado ...

Vontade louca ...
Insano ... Ardor ...
De te tocar...
Mirar-te ...
Demência que me domina ...
Fustiga ...
Demora, do meu tempo ...
Castigo, que me chicoteia a alma ...
Tortura ...
Na
essência ...
Unguento aromático ... Único de te sentir ...
De resgatar-te no tempo
meu alado... VENTO !
Ocupa o espaço vazio
no silêncio, da tua ausência ...

Longe de mim ...

Leva-me vento...

Para ti! ...

ANA P.

DEIXA QUE TE AME ...

DEIXA QUE TE AME ...


Deixa-me
que me esconda, no teu silêncio ...
Que te enlouqueça, entre lençóis de linho ...
Na aurécia das manhãs, uma frescura acordada ...
Em cada âmago, partilhado ...
Nos
libertinos desejos ...

Deixa ...

Que a fervura do sangue, desidrate a nossa alma ...
Que cada poro, purifique nossa pele ...

Onde nasçam favos de mel ...
Adocicados desejos ...

Deixa ...

Que se entrelace os dedos, nas tua mãos ...
Que te aperte ...
Te sufoque ... Habilmente ...

Beba em ti, tragos de fecundo amor ...
Inale teu perfume ...
No
Submergir,
nas águas do teus desejos ...

Sucumbir ...

No abismo do teu corpo ...
Deixar de resistir à tua carne ...
...

Aos tenebrosos anseios ...

E
desabar nos teus braços! ...

Deixa ...

Leva-me contigo ...

Deixa que ...

T
E

A
M
E ! ...


ANA P.


EMBARGO DO ACORDAR ...

EMBARGO DO ACORDAR ...

Quando vais ...
Levas pedacinhos de mim ...
Lembranças, molhos de alecrim ...
Ramos de salvas, colhidas dentro de mim ...

Levas amor e Saudade ...

Caramelos de açúcar queimado ...
Pedacinhos de mim ...
Suaves ...
Adocicados ...

Deleite, das loucuras de cada noite ...
No
espaço vão que deixaste ...

Nos momentos ...
Em que acordo sozinha ...
Entre lençóis de chuva ...
Névoa, branca da maresia ...
Gaivota, voando perdida ...
Trançando o céu ...
com asa ferida ...

O receio de despertar ...
Sabendo, que não te vou encontrar ...

Porque se prende teu corpo, neste leito de Amar?!

No acordar, eu reclamo ...
O teu breve deixar ...

Reivindicando o êxtase ...
Anseios do desejar ...
Promessas cochichadas, nos murmúrios ...

Do despertar ...

SEM, TI !


ANA P.

EVOCAR ...

EVOCAR ...

Confusa ...

Convoco os Deuses ...
Sento-os à minha mesa ...
A minha " Távola Redonda " ...
Na pedra
lanço a ira ...
Como um prenúncio ...
Evoco-te!
Galanteio-te ...

Cortesias sem fim ...

Teço no brilho,
dos meus olhos ...
Encantamento enamorado ...
Emerjo ...
No meu lago de marfim ...
Nascente do meu amor ...
Bordada
no florescer de rubros, Momentos! ...
Sabedoria leiga
em folhas caducas,
levadas pelo vento ...

Cartas
que leio, prudências nossas ...
Simbiose
de razão e ciência ...

EXISTÊNCIA ...

Que afasta a demência ...
A cegueira confusa ...
Da minha fúria ...

Chamo-te, a mim ...

Meu
antro de perdição ...
Masmorra de mel ...
Favo da eloquência da luxúria ...
Na mimice consentida ...
Em
nós desnudada ...
Trovões, que rasgam o céu ...
Faíscas ...
Dilacerando entranhas do nosso amor ...

Em cada rugir do silêncio ...
Na telepatia, calma ...

O
N
D
E,

T
E

EVOCO!


ANA P.

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...

Olá, meu querido amigo ...

Hoje, padece em mim a nostalgia. Sinto que me falta algo . Melancólica sentada na minha cama, vou ao teu encontro. A colisão das palavras, dão-me conforto mantêm-me firme. Com o alento que acalento, através da tua breve miragem. Santuário do meu coração, da minha alma. Onde mitigo, alimento e vinculo, as forças da razão. Faço a minha prisão moral . És o meu culto secreto, mistério do meu âmago. Que reservo com discrição , com a sapiência genuína de sentimentos. Este deleitar ameno, é como uma força da natureza, pura, selvagem ... Livre! ...
Tão distinta e generosa. Em ti, toda esta beleza se encaixa. És belo, e sobejamente satisfazes os meus desejos, prazeres ... Espero que não me julgues, pela intensidade das palavras. No atrevimento e na audácia de cada impulso, meu. Mas é assim que te venero.
Demonstro o meu carinho e respeito. Estimo-te, tanto! De uma forma tão real, que ainda não sei porque o faço. Uma relação mística. Sinto a tua ausência mas não me revolto nem tento de alguma forma, culpar-te por ela. Como se soubesse que terei sempre a tua atenção o carinho e o respeito. Sinto-te próximo e verdadeiro, que nunca a distância foi o albergue ou refúgio, para deixar de gostar de ti.
Neles pernoito contigo, acolho a nossa inquietude de experiências vividas. Faço a manta de retalhos, que nos conforta. Adorno que habilmente nos tapa, protege e abafa, diminui a intensidade da distância.
Partilho contigo a implosão das palavras. Um leque de sabedoria e aromas que saboreamos, em cada frase, em cada texto, na prosa e poesia que partilhamos.
A degustação majestosa, avaliada pelo paladar do sabor de cada uma...
Confrades! ...
No mesmo modo, de encaixe das palavras ....

Carinhosamente ...

ANA P.

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...

Olá, meu querido amigo.

Mais uma vez estendo a minha roupa no teu estendal. Porque é nele que os meus ventos adormecem a tua ausência. Onde me refugio, abrigo as minhas preces, as minhas dores.
Sinto-me intocável, protegida de tudo e de todos. PODEROSA! ...
Poder que exerço em cada texto que te escrevo, na magia das metáforas que tão bem, consegues decifrar ... Não me sinto, só! O teu estigma é a cicatriz perdurável, marcada com teu ferrete.
A marca do teu fogo.
Sinto que avassalo o tempo submetendo-o à prova, afugentando os meus medos, sentimentos.
Aqui! Sou vassala dos meus desígnios. A determinação que uso em prol, do meu bem querer. Cigana que lê sua sina, com arte e suas manhas.
Quiromancia adquirida na geração sucedida. A herança que guardo, venero no amor intenso do meu culto. Essências dormentes do meu ser.
A grandeza de te abraçar, num conforto imensurável com palavras escritas ao vento... E o vento por sua vez, trás-me os teus sussurros.
Agitar da alma, que embalo com carinho. No baloiçar dos meus secretos desejos...

Apaziguando a revolta de cada desejar.

Carinhosamente


ANA P.

MEU ACTO DE ESCREVER ...

MEU ACTO DE ESCREVER ...


M
E
U

A
C
T
O

D
E

E
S
C
R
E
V
E
R

São
Rosas de veludo rubro
nas pétalas do meu ser ...
Um simples
regato do meu adormecer ...
Essências ...
Resultados do meu viver ...
Esperança infinita ...
Em actos de escrita ...
Cadências recitas,
com a alma na mão ...
Lágrimas rubras do meu coração ...
Trilhos de verdades, pintados a carvão ...
Mentira esculpida, sobre o chão ...
Cinzas deixadas ... soltas no ar ...
Poeira levada, nas nuvens de cifras ...
Pétalas caídas ...
Tingidas ...
O rubro que escrevo
Sobre o palanque da vida ...

V
I
V
E
N
D
O !


ANA P.

SUSSURRO ...

SUSSURRO ...

Sussurro ...

Vou ...

Caminho para ti ...

Deixo-me ir ...

Arrisco ...

Parto ...

Abro os braços ...

Acolho a tua inquietude ...

Acalmo-te ...

Amo-te ...

Desejo-te ...

E
depois, parto! ...

Deixo-te

A paz que tanto procuras ...

O desejo ...

Que te desgasta habilmente ...

Que te consome ...

E
que não sabes abafar, na intolerâncias dos medos .

Deixo-te ...

Saciá-lo ! ...

Liberto-te ...

Dos afectos, das coisas mundanas .

Laços que nos unem ...

Que te prendem como Âncoras ...

Abro elos que não te deixam emergir ...

Liberto-te! ...

Para que possas acalmar, a tua inquietude interior ...

SUSSURRANDO-TE AO OUVIDO ...

Caminha ...

Vai ...

Deixa-te ir ...

Abre os braços ...

Ama ...

Deseja ...

E

depois vai ...

Como, o sussurro que te sussurrei , ao ouvido ...

CALMAMENTE !


ANA P.

22 março, 2011

CARTAS AO VENTO...


Foto Ana P. ( Brasfemes, Montemor-o-Velho )...

CARTAS AO VENTO ...
19/03/11

Banquete sob o
meu horizonte laranja ...

Escreverei hoje, porque amanhã não será a mesma coisa ...

Mais uma vez levantei-me cedo. Cambaleei pelo corredor, numa trajectória recta para abrir os estores da sala.
Queria espreitar o tempo . sentia que este me iria surpreender.
À medida que o estore se eleva, a claridade corrompe todo o espaço sombreado da sala. O brilho quente e luminoso do sol, depressa dá vida aos tons laranja e castanhos dos cortinados, que se assemelham a mantos majestosos, cheios de brilho e de toque aveludado. ...
A intensidade luminosa depressa penetra na minha pele, uma energia tão positiva que num ápice, dou meia volta, tomo banho ... Freneticamente procuro os velhos jeans de ganga coçada, quase desfeita, a tshirt preta decotada e as botas de motard que guardo, religiosamente. E Claro! os famosos óculos de sol. Um espólio de uma adolescência rebelde, mas muito feliz. Quero aproveitar ao máximo este sol, sentir na pele aquele perfume que se entranha, o odor que só nestes dias se sente, saboreia ... Sentia-me, magnifica, alegre... Dez minutos depois, já estava fora de casa e ainda não eram nove e trinta da manhã.
Procurei tomar um café, numa esplanada próxima, sem sombras ... Sentia-se, uma alegria no ar. Até o cheiro da minha cidade, não era o mesmo.
Olhando em volta, vislumbravam-se sorrisos nos rostos, nos olhos. Havia uma agitação matinal, que nestes dias deixou de ser habitual.
A maioria das pessoas andavam tristes, cansadas e o tempo ultimamente cinzento, também não ajudava nada ...
Hoje, fez-se jus ás camisolas, aos casacos e cachecóis ... A perspectiva estava estampada na alegria de cada rosto.
Sozinha, decidi que queria dedicar este dia só para mim. Aproveita-lo ao máximo! Deixa-lo iluminar a minha mente, vazar todo o stress iminente. Não teria que me preocupar, com nada.
Bastava-me simplesmente estar à altura, deste banquete maravilhoso, com que a Primavera se fez anunciar...
Como boa anfitriã que sou, recebia de braços abertos, com toda a dedicação que me foi possível.
Acolhia no meu corpo, dei-lhe colo ... Os mimos foram mútuos, retribuídos com exacta perfeição, que todo este sentir é pouco, comparado com o que recebi hoje.
...
Deveras alucinante. Como mudam os estados de espíritos, com o tempo. Que força maior nos atraí?! .... Senti-me uma pérola no oceano. Isenta, de tudo e de todos ...
As horas passam, o tom laranja, beija agora o horizonte. Ao longe parecem labaredas, com um fundo de fogo ardente, belo de mais para não ser notado .... Curto, o tempo que o pinta na tela de um céu azul, que com sombreados nos finta. faz descer seu véu, sob uma noite pardacenta ... Como um simples beijo, numa boca sedenta por mais.
De volta a casa acolhida nos tons laranja da minha sala. Uma paz de espírito fascinante. Um dia bom demais para deixar em branco.
...
Deleito-me nas folhas de papel, adoço-as com açúcar e favos de mel. Faço este bolo de palavras, recheado de frutos silvestres, com aromas de sentimentos de sabor ímpar.
Relembro, todos aqueles que gostam de me ler, oferecendo-lhes um pedacinho deste bolo de néctar, tão precioso.
...

Bem-vindos ao meu banquete.

ANA P.

O GRITAR DOS MEUS DIAS ...

O GRITAR DOS MEUS DIAS ...

Há dias que não sei quem, sou ...
Outros distantes, fazem-me partir ...

Há dias que as horas, são a eternidade ...
Dias, onde Viva, jazo de SAUDADE ! ...

Há dias em que o sol, se eclipsa no olhar ...
Dias sem noites, sem o tempo passar ...

Dias, que me afogo na areia do Mar ...
Outros submersa, fazem-me respirar ...
Dias que acordada, pareço sonhar ...

Há dias e dias ...

Dias em que finjo, morrer ...
Para entender o que está acontecer ...

Dias difíceis, com solidão ...
Dias amargos, rastejando pelo chão ...

Mas ...

Haverá sempre dias que me fazem voltar ...
Dias plenos, na luz do luar ...
Dias de abraços que ficaram, por se dar ...
Dias que quero, simplesmente relembrar ...

Dias em que a Poesia, me vem resgatar ...

Dias onde a salvação são as brechas, do meu olhar ...

Dias que por se gostar, são delírios de momentos que se foram, sem contar ...

Dias e dias ...

Que vou sussurrar, segredos sem ninguém a escutar ...

Nos longos dias que tenho que acreditar ...

Que breve, breve ...
Farão-me sonhar ...


ANA P.

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...
17/03/11


LEVA-ME ...

Faz-me sonhar ...
Dar a volta Mundo, deixa-me encantar. Frases simples ou complexas. Corpos côncavos e convexos uma química por explicar.
Lucidez dos sentidos ...Invisível, sem peso e medida em fragrâncias que nos atordoam, como ópio terreno.
Oxigénio de bom poderá até ser, fatal ...
Eloquências que se mesclam na sapiência de se gostar incondicionalmente.
Verbos que por si deixam de falar. Um rumo sem perder o norte uma epígrafe de amor.
O gesto suave de te oferecer uma flor.
O aveludado beijo na tua pele...
A caricia doce ...
Um paladar de rosas, coroadas com mel ...
Uma
tinta azul em tons de pastel ...
Lápis
de carvão, folhas de papel ...
Um passado no presente, que será o amanhã de um futuro ...
Raios
de sol na nossa pele ...
Desmanchar de leito que ainda não se fez, desejos sentidos com avidez ...

Sussurra-me ao ouvido pela última vez ...

Calor dos corpos que veemente sentem ...

A
impetuosidade de uma alma sedenta ...
Uma
melodia levitando a mente ...

Olhos nos olhos ...
Um frio e o quente ...

Fecho os olhos para te encontrar ...

... Peço-te um desejo ...

E
tu sabes escutar ...
O
glamour de um brinde. dois copos no ar ...

Pegas-me na mão ...
...
Fazes-me rodopiar ...

Na realidade de um sonho, por recuperar ...

Apenas
um
desejo ...

LEVA-ME A DANÇAR ! ...


ANA P.

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...
17/03/11


Um tempo que digo, ser meu! ...

Hoje sinto, uma estranha vontade de falar de exprimir pensamentos, que se soltam em mãos como o dom das palavras.
Uma conversa amena que perscruta minuciosamente o silêncio. Que instiga o eco vazio que sinto, numa sensibilidade consciente, pressentida. Um agri-doce corrosivo onde, a erosão de um tempo invisível , faz parte de um universo demasiado grandioso, numa percepção que fingimos não entender. Divagando no imprevisto do tempo, em que o velhinho relógio nunca pára. Somos meros peões, num jogo que se prolonga, sem que possamos saber exactamente, quanto tempo nos foi concedido.
Será que o amanhã, virá?!! ...
Passamos parte da vida a repartirmos-nos. Queremos ser o tudo e o nada. que nem damos conta, daquele segundo que poderia ter feito toda a diferença. Aquele em que deixamos de ver, sentir e de dizer.
A recusa de olhar e dizer que existe um arco-íris cinzento, que as palavras podem ser vendavais onde a fúria e a raiva existem ... Que somos, somente comuns mortais!
Que teremos um fim tão efémero, como o cheiro da terra batida, pelas primeiras chuvas de uma estação, que o tempo faz questão de não deixar para trás.
Tão eterno! Imortal! ...
O primor de obras primas com que somos presenteados.
Verão, Primavera, Outono, Inverno as horas os dias cada segundo que não soubemos apreciar.
Num tempo que veio para ficar, o qual tantas vezes ignoramos. Nem damos conta ...
Incertezas que se calam no meu silêncio mas que o subconsciente influência. Numa consciência que Têm a capacidade de ver a razão, num comportamento que ajusto correctamente, a um tempo que digo ser, MEU ! ...

ANA P.

17 março, 2011

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...
16/03/11


UM BOM MOTIVO ...
" PRESTÍGIO DE GOSTAR DE ALGUÉM." ...


Numa palavra simples, que poderia escrever.( Felicidades )
Prefiro não ser cordialmente correcta.
E no ímpeto de cada frase, prolongando o silêncio da tua ausência, fomento a razão de apenas gostar.
Caracterizando o que foi mais que uma amizade, de cada momento passado. Não se descura da memória, o que ela não esquece.
Adormecida de actos sóbrios que nos fizeram felizes, fechar de olhos, conjecturar expressões que soubeste tão bem dissipar.
Eternos, são momentos invisíveis que nos dão, Paz ... Retalhos da vida ...
Certezas que não foste capaz de me dizer. Planos, escolhas com que se têm de aprender a viver.
Traços de uma felicidade à qual eu não pertencia . Estava a mais ...
A mais , não! ... É exagerado. Porque a felicidade não se define num papel, em anos ou num vácuo do tempo que sobejamente se diz de "nosso".
Respeitando o teu plano de escolha, em que "foi bom enquanto durou"palavras, tuas não minhas ...
Hoje estou aqui, para que sintas que não esqueci a data do teu aniversário. Em que tudo o que é, ou foi importante, não esqueço! ...
Reflectindo nesta escolha e tomando esta decisão de te escrever ou não. Sabendo que nada do que aqui derramo, será novidade para ti. Numa escrita em que a arquitectura das palavras, é muito mais que um simples telhado, uma casa ...
Desejo sim! Que sejas feliz! Que faças da felicidade o teu porto seguro. Que não escondas a razão, num subconsciente, que por vezes está muito além de qualquer compreensão. Em que ser inteligente, é ter legitimidade de sentir preservando sempre o argumento onde o raciocínio nos pode levar a uma conclusão.
Logo, existe um motivo que me levou a escrever-te. Em que a causa é ... O quanto gostei de ti . Que nunca escondi ...
Cada traço de expressão do meu rosto, é o abrigo de um sorriso que já foi teu. Que agora se esboça na íris dos meus olhos, num mar imenso de saudades, que te resgata para mim ...

Desejo-te, muitos felicidades ...

Um beijo

Carinhosamente

Dinha

ANA P.

15 março, 2011

CORPO DE PALAVRAS ...

CORPO DE PALAVRAS ...

Faço da escrita a minha Arma ...
Ela me corou ...
Faz-me Rainha dos Sonhos ...
Pedaços
daquilo que sou ! ...

Descrevo sentimentos
em cada conquista alcançada.
Arraso eternos momentos,
sem palavras não sou nada ! ...

Que seria dos dias, sem as madrugadas?!
Da lua e seu luar?!
Do Sol, daquele deserto ...

Fechos olhos e estou perto! ...

Sou a guerreira, senhora dos ventos ...
A rosa de veludo incolor ...
Num azul sedento ...
Arco-íris cinzento...
Naco de pão bolorento ...
Grito de fome, estridente ...
O sangue rubro escrito a preto ...
Diamante bruto ou sedimento ...
Pássaro sem asas

Rudimentar ...

Onde se esconde a beleza
simplesmente pelo olhar ...
Em traços de contorno
com a minha mão ...
Mensagens de uma Alma
que escreve com o coração! ...

Não sei se sou, poetisa ...

Feiticeira ...

Visionária ...

Que viaja num tempo ...
Coroada de utopias, fantasias ...

ou

Simplesmente de doces, Quimeras! ...

... O tempo, dirá um dia ...

Ana P.

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...
13/03/11
CAFÉ DA MANHÃ ...

Acordei cedo ...
Ainda que por algum tempo tentasse prender meu corpo no leito, este inquieto pedia que me levantasse.
A casa ainda está em silêncio, a benjamim ainda dorme.
É claro! Que podia fazer o mesmo mas não, sinto-me impaciente, não sei porquê. Estranho ...
Alguns minutos, após a luta com o corpo e a mente, rendi-me ... Levantei-me, obedeci à mente que por teimosia me ergueu da cama. À medida que caminhava em direcção à cozinha pensava, porque te levantas Anabela ?! ...
Está um tempo fantástico, para te aconchegares no quentinho dos lençóis. Enfim ...
Decidida aqueço água para fazer um café, isso! Preciso de um café, não aquele de maquina rápido. O outro que se bebe numa caneca de barro, adoro, adoro! ... Isso sim, poderia justificar o meu levantar.
Pego na caneca, entro na sala e abrindo os estores... como calculava, um dia melancólico.
Sentei-me no sofá, por segundos escutei o silêncio, de uma rua ainda adormecida de rosto lavado pela chuva da noite.
Não há sol nem vestígios, o dia está com uma veste cinzenta, que seguramente não têm intenção de mudar.
O aroma do café, recorda-me uma manhã no campo, o odor a terra que se sente, dá-me paz. Neste eco de silêncio madrugador.
Calmamente, olho o meu portátil que se mantém no lugar cativo que lhe dei ... Já sei, já sei ... não precisas de me gritar. Também tu, companheiro fiel destes momentos , escriba da doutrina dos meus sentimentos, anseias pelo toque dos meus dedos. Onde seremos arquitectos de palavras, numa combinação em que dois somos apenas um.
Tranquila, revejo recortes na lembrança, sinto saudades de quem já não vejo algum tempo, de quem não abraço e não beijo.
Recordo o quanto são importantes. Na memória que gostaria sempre de preservar, tenho medo que esta se deixe eliminar, medo que um dia não seja capaz de os encontrar .
Penso, que ainda à tanto por dizer, tanto por fazer... Porque esperamos ?! ...
Hoje! Acordei cedo ... Percebi que tenho muito por fazer ...

Carinhosamente

ANA P.

14 março, 2011

ARESTAS DE FELICIDADE ...

ARESTAS DE FELICIDADES ...

Despenteando sonhos
procurar nos labirintos
a saudade que tanto se sente e presente ...
Uma voz que não se cala ...
Num subconsciente, com vida ...
Remoer, que não deixa esquecer ...
Consciência viva, que não omite ...
Acelera pulsação
quando a mente soletra um nome
ao
ouvido do coração ...
Batidas que não se controlam, compassos ...
Ondas desfazendo-se
nas rochas de tanto desejar ...
Querer e não querer ESQUECER !
Falar ou emudecer ...
Ir ao encontro ou provocar desencontro ...

Colocar um ponto! ...

Ou então
Ponto e virgula ...
Fechar os olhos, adormecer ...
Acordar pela manhã
na intensidade do sonho, de momentos passados ...
Nos
alicerces de um presente ...
O
Subconsciente que não mente ...

Devolve a química
de quem Amou em Lençóis de verdade ...

SAUDADES ...

Arestas do passado, que se limam no presente ...
Para
Enfrentar um futuro ...
À procura de um sonho ...

FELICIDADE ...

ANA P.

09 março, 2011

DISSIPAR DE UM BEIJO ...

DISSIPAR DE UM BEIJO ...

Despertar no beijo
onde o desejo, fermenta
sem que se chegue a dar ...
DESEJAR ...
É ter, sem tocar ...
É um eco de palavras, que não se gastam ...
Memória de espírito
que nos habita ...

" Nosso"
álbum de imagens e lembranças,
manuscritos em papel ...

Diários ...

Cartas ...

Traços ...

Confissões, que ficaram por ouvir ...
Sentimentos de uma íntima consciência ...
Que sob escuta, delata pedaços de NÓS ...

Origem dos sonhos ...
De enclaves sensoriais ...
despertando amores ...
Perfeitos
ou não
No
Crepúsculo onde a noite
caminha para a alvorada ...

Descobrir no sentir
toda a verdade que nos atraí ...
Deixar para trás
Metáforas, sinais ...

Acreditar ...

Ou então dissipar ...

Espalhar todos os aromas de um beijo ...
Que pensámos loucamente em dar ...
Derramar charme,
nos gestos que só no intimo,
fazem questão de se prenunciar ...
Nas
estrelas que nascem
na luz do olhar ...
No desejo do teu beijar! ...
Timidez, que se chega sem se notar ...
No desejo de um BEIJO ...

QUE FICOU POR DAR ! ...

ANA P.


ABISMO ...

ABISMO ...

Entre o olhar e o sorriso
que
existe no peito ...
O
Segredo que se esconde
sem nada dizer ...
Que fere, sem nunca matar ...
Matando, sem nunca esquecer ...
A
arma que dispara, sem bala ...
Boca no silêncio
que se têm que amordaçar ...

Quantas lágrimas invisíveis
lavam o rosto ...
Um
olhar que rasga ...
Uma prece de dores ...
Quantas mentiras
terão que se inventar ?! ...

Se a verdade, não se pode contar! ...

Uma história de ontem ...
Entre o Homem e uma Mulher ...

Que será o AMANHÃ!


ANA P.

04 março, 2011

ABRAÇO ...

ABRAÇO ...

Fecho os olhos ...

Deixo-me levar ...

Sinto-me flutuar ...
Em
volta o azul de um espaço vazio ...
Celeste ...
Um formoso império
com muros de silêncio
onde o sol se reflecte
Oferecendo as sete cores
do Arco-Íris ...
Na
pigmentação, o tom da pele ...
A fermentação o ímpeto da Paixão ...
Veemência que nos comove ...

Sacode, agita
Uma Alma que grita ...
Em pleno a liberdade
conquistada ...
Um abraço forte, que cede ...

AQUELE QUE FOI ENVIANDO ...
O
que não era esperado ...
O
sossego que nos faz abrir os braços ...
O
que
solta a lágrima, escondida ...
O
sorriso rasgado, num rosto que outrora escondia ...
A
luz, que corrompe a escuridão ...
A
fome que se mata, partilhando o pão!

Não se aprende
não se lê
nem se vê ...

Nasce no coração!


ANA P.

PARTIR SEM AVISAR ...

PARTIR SEM AVISAR ...


ABANDONO ...

Solidão
de desencontros da verdade
entre a mentira e a falsa razão ...
A
marioneta num corpo
que se perdeu ...

Mudou ...

Envelheceu ...

A mente que se escondeu
que segue por caminhos
de um Mundo que agora
se
diz ... Seu! ...

Meu ?! ...

Se nunca o vi ...
Não reconheço Caminhos ...
Nem de certo Vivi ...

Memórias que fugiram de mim ...

Levaram-me para longe ...

Num tempo que já esqueci
mas
ele não se esqueceu de Mim ...

Deixou-me a pele, enrugada
a mente desarticulada ...
Sentado neste jardim
num
palco em que a verdade ...

É estar, VIVO !

A única, que faz sentido ...


ANA P.

03 março, 2011

DEDICO-VOS UMA FRACÇÃO DO MEU TEMPO ...

DEDICO-VOS UMA FRACÇÃO DO MEU TEMPO ...

Agora, a alguns minutos atrás ...
Meus olhos inundaram-se de lágrimas.
Não que seja uma mulher melindrada mas porque à gestos e palavras de carinho, que são impossíveis de avaliar .
A vida, sobre tudo aqui neste espaço cibernético, é facto um portal que poucos reconhecem e que não sabem usar.
É um espaço em que o livro de instruções, somos nós.
À instantes perante os comentários nos meus últimos textos, constatei mais uma vez que existem pessoas fantásticas, forças da natureza que não necessitam de me conhecer pessoalmente, para me avaliarem. Não pedem nada, nem exigem ...
Gostam de mim pelos traços rabiscados em papel, numa leitura ofegante em que as frases, alteram as batidas do coração.
Como se cada odor se entranhasse na pele. No subconsciente de uma só Alma ...
Uma fusão com a qual se identificam, resgatam seus náufragos. Numa leitura que para muitos, é o grito que se teve medo de dar, o nó que ficou por desatar, o que não se sabe como dizer ...
São sentimentos que não nos deixam morrer, invisíveis, mas existem, incitam as nossas forças, colocam-nos à prova num desafio constante de sobre-vivência, nas mazela que nos provocam ...
O verdadeiro enaltecer, está nas palavras, gestos, na humildade de aprender todos os dias .
Em cada minuto que damos a alguém a alguém, cada fracção de segundo é demasiado valiosa, para que se perca com quem não a mereça.
Agora, a minha atenção, foi duplicada, triplicada ou melhor quadruplicada. Porque a dediquei a quatro "Mulheres", que apenas conheço deste espaço cibernético, com as quais de uma certa forma me identifico. Tenho uma carinho e uma admiração bastante profunda.
Que numa certeza absoluta, me trouxeram de volta ...
Como hélices, no mar dos meus olhos.
Quero agradecer-vos, pela vossa força.

Muito obrigada, DILA SÁ, LU ROCHA, MARTA MANUELA, VANESSA NOLASCO ...

De coração, obrigada por gostarem de mim, por fazerem parte do meu Mar.

Carinhosamente


ANA P.