16 fevereiro, 2014

BLOCOS DE NOTAS 15/02/2014

De Amor, para Amor...

"Amor:
- O tempo, é escasso para nos acomodarmos nas horas.
- Longos os minutos que fazemos esperar.
- Recordo-me dos sorrisos, das horas certas e das incertas, que serão nossas.
- Lembro-me das palavras, das lágrimas.
- Não esqueço o que se dirá, no olhar."...

Contorno o alvoroço dos anos, na melhor forma de simplesmente, gostar!

Amor,
que me dá as saudades para sentir.
À Alma o cajado que não me deixa cair.
Amor,
que despe o silêncio quando nua me sinto,
abraça-me na solidão,
quando ela chama por mim.
Amor,
são as palavras que me transformam.
O perfume,
das pétalas que caíram.
O nascer dos dias
que se enrosca nas noites.
Aurécias
que enaltecem as mimosas manhãs.
Amor, é acordar!
Sentir os pés nos chão.
Combustão que pernoita para lá da dor,
de qualquer sentimento.
Nos fragmenta a razão,
em meros ideais que se julgamos perfeitos.
Perfeitos não serão certamente!
Ou então,
não é, Amor.
Amor,
não se escreve com frases bonitas, não se compra.
O amor acontece...
Acontece, quando menos esperamos.
Encurta as distâncias,
supera a mente para lá,
da perda de um Amor...
Amor,
nos deixa Amor.
Amor,
que nos transforma, alimenta.
Amor,
não é envelhecer.
É não ter tempo para não aprender,
tudo o que Amor,
nos quer dizer...

Amor,
nos questiona de dentro para fora...

Ana P.

02 fevereiro, 2014

CARTAS AO VENTO 02/02/2014

Pudesse murmurar-te todas as vontades,
contar-te o que não me sai da alma.

Não tenho dias nem horas iguais, apenas a saudade permanece igual.
Igual à ontem, igual à de hoje.
A sintonia dos meus olhos é a luz que alimenta o coração.
A luz, que não renega vida a cada um dos momentos que chamamos de nossos. Nossos,é o compasso da melodia que não sonega as fatias dos meus sonhos.
Relembra-me a importância dos fatos que anunciaram as razões do antes e do depois.
Ontem, deixei-me ficar no teu colo. Aninhei-me nos teus braços .
Senti a força que não deturpa verdades e omiti no silêncio as palavras que resgatei no teu olhar. Deixei que te amasse mais uma vez, fora das horas que não olhamos o relógio. Deixei a sedução liberta, escrevi-te na eloquência que sempre nos aproximou.
Pudesse assim dizer-te, o que teus olhos me sussurram.
Para quê dizer-te?!! Se não aprendeste a escutá-los.

O tempo passa, não me faz invencível .
Supostamente, dá-me a alternativa de seguir em frente.
Consome-me a inocente vontade que desperdicei querendo depender de ti, ontem.

Hoje, sigo em frente.
A falta que me fizeste sentir, seguramente é aquela que menos falta me faz.

Carinhosamente

Ana P.

01 fevereiro, 2014

CARTAS AO VENTO 01/02/2014

Até que me lembre
e
não para sempre....

Que me relembre o tempo que foi, e o que é agora.
Amar-te-ei até que me lembre
e não para sempre.
Até que me lembre,
é seguramente o ato mais correto de não te mentir.
De não denegrir o que sinto e de não omitir as emoções para cá destas saudades que ameaçam as horas. Esculpem nos anos o perfume que enlaça o sorriso que me deixas nos meus olhos. Certamente a razão do olhar que afaga o brilho das lágrimas que secaram e de todas que ainda me fazem chorar. Dás-me o tempo. Nele o louvor da sensatez de simplesmente gostar, a sensatez que ficou quando me deixaste ficar. Quando tudo se dizia correto até mesmo a forma de amares. Até que me lembre, terás um espaço nas minhas histórias. Terás toda alquimia do beijo, a formula química do maior dos meus desejos. Terás as asas de um determinado sonho, alianças de um principio e o recomeço de um fim. Somente até que me lembre!
Para sempre é tão incerto. Incerto porque não sei se as minhas histórias são suas também.

Carinhosamente

Ana P.

29 janeiro, 2014

BLOCO DE NOTAS 28/01/2014 .... Eterno ...

Eterno.

Não sei defini-lo no tempo ou se o tempo se define nele.
Não sei o até quando, ou até onde...

Deixo que o perfume dos meus olhos encontrem o perfume dos teus.
Deixo em mim, a incansável saudade de não me deixar esquecer.
Esquecer-me de mim, de ti.
Dos momentos que inauguram as memórias do passado, no mural deste presente. Não tenho horas.
As lembranças embarcam nos dias, como os dias embarcam nas noites.
Belos!
Belo, como o fascínio de um arco-íris inesperado que mordica as cores para lá do horizonte que meus olhos beijam.
Suavizam a eternidade que julgo alcançar, nos dias que custam a passar.
Desejo ter palavras ardentes e não arder nas palavras.
Consentir que a loucura me denomine sem ser dominada.
Arder eternamente nas lembranças que atiçam o magma do fogo que me habita. Eterno não será o tempo que me tiveste, mas aquele que não esqueces.

Aquele que atentas diluir nos dias que precederam.

Ana P.

BLOCO DE NOTAS 28/01/2014


De sexo para sexo:

E, Tu?!!
Que falas de sexo, como se este se comesse com talher.
Opá!
Sexo, é para se comer à mão.
Que lixe as etiquetas!
Porque quando olhares para o preço, passa-te logo a fome toda.
E o tempo que demoras a saber qual o talher correto.
É o orgasmo que não terás.
Deixa-te disso.
Não finjas que não sabes do que estou a falar.
Ousa-te!
Não ouses chamar-me de tarada.
Porque tarada(o) és tu!
Porque, não sabes do que falas...

Ana P.

13 janeiro, 2014

BLOCO DE NOTAS 13/01/14

 
Horas...

Aqui, não há pressa. Não há azafama de tempo contado.
Aqui! Há tempo para contar os momentos que foram, com vontade de voltar.
Doí-me a saudade.
Doí-me por dentro e por fora. Nada se iguala ao que passou.
E o que se possa passar será diferente. Tão diferente como a mulher que se olha no espelho, à procura da menina. Tão diferente, que o silêncio nos diz tanto.
Já não procuramos a paz do silêncio, mas a voz que se solta nas palavras.
Que aos poucos aprendemos a escutar.
Doí -me a alma, quando de nada julgo saber.
Atraí-me o desafio que nos tecem os olhares. As plataformas que nos ajudam a superar.
Atraí-me a mais leiga das chuvas, que nos pinta o arco-íris num céu nunca visto.
Ainda me surpreendo por gestos que não imaginei ter. Pelo o abraço distante que nos aproxima. Pelo o toque de uma mão, e o sorriso que nos rasga o olhar numa equidistância em que os beijos nunca ficam por dar. Vale-me o conforto do olhar . Que por variadas razões, são o naco da fome que me sacia a vontade de apreender amar. Amar é a jornada. Pode ser tudo, ou simplesmente nada... Pode ser a flor, a poeira a brasas mortas de uma fogueira. Uma casa, a fronteira ou a maior das barreiras. Doí-me o tempo que não senti passar, que não me deixou nada para contar...

Ana P.

06 janeiro, 2014

CARTAS AO VENTO 05/01/2014

Ás vezes há um cansaço iminente.
Há dias e horas que nos desgastam, que jazem nas memórias que não desgrudam do pouco que temos, do muito que será sempre desse tão pouco.
Teima o tom do que penso, sobre o tom do que nos deixaste para pensar.
Fantástica a nostalgia que seduz, que enaltece o que queremos e onde podemos chegar.

Não tenho meias medidas nem meias palavras.

Todavia existe paradigmas de momentos eternos, de momentos que são o chão, as asas ou até mesmo a âncora das memórias que nos agitam.
Nos lembram as vezes que forem necessárias, para que não nos esquecemos de nós.
Lúgubre é não relembrar. Não ter nada para dizer, fazer ou agradecer.
Em cada silêncio a euforia das palavras faz laços.
Laços que prendem , se fazem e desfazem para se voltar a fazer.
Mora em nós a sapiência dos medos, das perdas, de todas as alegrias que não nos atrevemos a contar. Coabitam para além do conhecimento. Para além da razia de cartas que escrevem e descrevem o mais simples ato de cada sentimento, que não nos deixa ficar para trás.
Para trás ficaram as palavras que não nos atrevemos dizer, todas aquelas velhas lágrimas que repuxam a agonia de horas menos felizes, de dias menos bons.
Nada é perfeito. Se assim fosse, não teríamos nada para contar.

Carinhosamente

Ana P.

05 janeiro, 2014

FATAL...

Lá no vento dançavas.
Escondido das sombras
Lembras-te
de momentos,
Do cair simples, da chuva...
Da lucidez
de um pacato beijo roubado.
Outros que não foram dados.
E de muitos que dados,
nunca te foram tirados...
Ainda
permaneces no Perfume
do Passado,
na Fragrância do Presente,
emanas o Aroma que te trilha o Futuro...
Lembras-te?!
Porque difícil seria esqueceres
o que gravas de olhos cerrados,
no coração.
No mural de uma Alma
isenta de escravatura...
Pecados?!!
Toda a luz que encandeias, no sorriso.
No zombar do brilho dos teus olhos...

Quando perto dos Meus,
encontras os Teus ....


Ana P.