31 março, 2013

CARTAS AO VENTO 31/03/2013

Um pouco de mim,
do tanto que nada sei.

Hoje, reinava a nostalgia de mais um dia chuvoso.
Lá fora, de vez em quando a passagem dos carros quebrava a melodia da chuva.

No conforto do meu canto, encontro-me e desencontro-me das palavras.Nas mãos os ruídos desafiam os dedos, enquanto a saudade rebusca os momentos que ainda guardo no peito e vivem na ardósia da memória. Onde, os revivo para viver num presente sem dúvidas de um passado qualquer. Levam-me, na consequência de diversas opções. Levam-me, na fragilidade do erro na errata que se desfaz no olhar. Nos contextos que se delatam nas lágrimas que me beijam os lábios e amordaçam a falta de ti, nos braços que entrelaço junto ao peito. Queria sussurrar-te na voz deste silêncio. Atrever-me a dizer o pouco que hoje sei. Salvaguardar-me de mim, dos medos que se escondem para lá de tudo o que possas ver. Aqui isenta de sons, aproximo-me de mim. Dou a palavra ao sentir, a todos os sentidos que não recuso escutar.. Dou por falta de mim. Por falta do que ainda não me atrevi a falar. Deixo-me conquistar.... Assim como a chuva conquistou a vidraça da minha janela. Retratou a existência da invisível saudade. Içou as velas das caravelas que amainam os ventos e libertam as brisas nas asas do amor que me trespassa. Que faz de mim a alquimia de um querer que não se explica, sente-se. Por instantes a força de um tornado renova-me, clarifica os enredos das cores, o ruído de cada silêncio que inaugura a vertente dos desejos que não fogem de mim. Aproximam-me de todos que já me fugiram, mesmo de mãos fechadas. ... Entardeci olhando a chuva na vidraça, agitadas águas batem no vidro. Este silêncio, que me diz tanto! Que me aproxima quando fujo de mim... Vale por cada segundo que fechei os olhos, e que me atrevi a falar-vos de mim.

Carinhosamente

Ana P.

26 março, 2013

Bloco de notas 26/03/2013

Qual é afinal a dúvida?!
Não... É negação!..
E contra fatos não há argumentos, ponto final!

Escrevo no presente...
Todavia se for lida amanhã, já fará parte do passado.
Abusiva não serão as saudades mas a convicção de ter sido sem o ser.
Não planeava usurpar das palavras, nem ser planeava prestar atenção. No entanto para que não se argumentem razões sem factos, aqui deixo a errata aos sentimentos a alguém. Nunca desejei ser o mar ou o sol de ninguém, muito menos uma delicada "amante". Não conheço, nem reconheço amor na sombra de outras vidas. Dignidade e humildade é o que não me falta, para saber o que quero. Saber estar e saber ser, é o alicerce que me ergue.
Não confundo, a Beira da Estrada com a Estrada da Beira.

"A minhas maiores paixões, são os meus filhos. Dúvidas?!! Não! São muito meus, eu os AMO com a maior profundidade e o enlevo do coração.
São eles que me impulsionam. Me erguem as vezes que forem necessárias. São muito mais que o oxigênio que respiro. São a minha ligação à vida.
Meus filhos são a combustão, o estandarte de todas as guerras que fluíram nas batalhas que se unem num só elo. Entre as poeiras de um tempo e a margem de um rio existirão sempre as areias. Haverá sempre dunas entre o mar e sombras que tapem o sol. Não sou mais do que .... Nem menos do que... Ainda que a vida por vezes me pregue partidas, minhas asas são os desafios, o risco de uma existência que não vive na sombra de ninguém. Carácter é que não falta, para saber o lugar que ocupo. NÃO! É oposto do SIM... Só não entendo, qual é afinal qual é dúvida do Não, que deixei ficar.... "

Carinhosamente

Ana P.

25 março, 2013

BLOCO DE NOTAS 25/03/2013

Só...
Sozinha..
Uma mulher, só.
Solitária ou simplesmente nómada a folia de universo que não lhe pertence.
....
Olha-me nos olhos! ...
Soubesses, olhar-me de fora para dentro... Soubesses pelo menos a certeza de um gostar. Saberias que o amor, é a imperfeição das lágrimas que escondo. É a prosa do contexto dos atos, dependente de uma interpretação. Solitárias não são as palavras que se revestem de mim. Solitárias são as noites que se evadem de nós. São os dias que retardam as horas. Que anulam a visibilidade de uma esperança qualquer. Solitárias, as palavras que nunca lês-te. Que ocultam a simbiose de dias imperfeitos em que as dedicava somente a ti. Cada olhar uma colina. Uma colina um horizonte. Um olhar, a ponte da distância invisível entre nós. Olhares que interpretavam a alquimia de todas as químicas que despertaram na flor da nossa pele. Tranquila, procuro o conforto na luz sem pavio desses momentos. Inercia que soma cada instante, é o ponto mais forte da força que nos une. Que anula os fragmentos do ontem que já é passado, e constrói a ponte do hoje, que será o presente.
Soubesses, olhar-me! ...

Ana P.

24 março, 2013

BLOCO DE NOTAS 24/03/2013

Logo, logo chegará a bonança...

Miro a paisagem que domina, o infinito horizonte.
Onde as janelas são as cancelas do olhar.
Lá fora, o reflexo das estações contemplam as cores das telas que acolhem os dias. Emoções que resgatam as lágrimas que havia esquecido. Amolecem as muralhas que suportam as saudades, estremecem os pilares das dores que se acomodaram no diferencial dos dias que me unem no presente. Sinto-me imensa! Volátil... Condor dos céus, dos mares. Inconstante como o reverso, do nada ainda que sei. Fechar os olhos.Correr sem sair do lugar, ver no escuro como se do dia se tratasse. Irremediavelmente apaixonada as vezes que forem necessárias. E a fraqueza, não são as histórias dos sonhos quebrados, mas a isenção de nunca os ter sonhado, de não os ter quebrado. Eterno não será meu corpo, mas o recontar das histórias que soube partilhar. Enlevo, cada traço que desenha o meu rosto, fomenta o encanto que lateja no sorriso e deságua no brilho que escoa na cor terra dos meus olhos. E acolhem as mudanças das estações, que decifram os perfumes que derrubam as tempestades. Superam a esperança de viver um dia de cada vez, na tranquilidade de um espirito em que minha alma habita...
...

BONANÇA.

Ana P.

23 março, 2013

CARTAS AO VENTO 23/03/2013

Quando o passado é o antidoto que se procura sempre no presente.
E as memórias indagam as suas incoerências.

Irresistivelmente, denuncio no presente memórias do passado.

Não procuro a falta que faz. Observo a diferença que marca no presente. Há instantes que dominam as horas, que se dissolvem nos dias . Dias, em que me dissolvo e dias em me dissipo no mural do passado que ainda não esqueci. Necessariamente fazem parte da essência do que sou, do que sinto. Elaborados não são os contextos em que os revejo. Elaborados, são os dias em que sacio a gula do presente na fome do passado... Esplêndida liberdade, que não necessito gritar! Que aperto no peito e adorno no olhar. Onde me levas?!! e me fazes voltar. Diria que muitas vezes que adormeço nas manhãs e acordo nas noites que julgava adormecer. Poderia fechar os olhos neste momento, sentir o cheiro dos trilhos por onde andei, saberia descrever as cores os aromas que filtrei com o olhar. Que conquistaram o espaço aberto do coração que bate no peito. Onde morro e renasço quando a saudade embala a dor, da falta de... De mim, de ti , de todos que adormecem e acordam comigo. Não encontro adereços que descrevam a beleza do tempo que já me conquistou. Não encontro o desencontro de um talvez. Inanimadas não são as memórias que relembro, mas aquelas que não me lembram da existência do momentos de um certo tempo, que por mim já passou.

Carinhosamente

Ana P.

19 março, 2013

Bloco de notas 19/03/2013

A importância de tudo depende sempre de nós.
Não se vê de fora para dentro, mas de dentro para fora.
Sentada fecho os olhos. Procuro a tua direção, entre os sorrisos de uma estrada e o plano do teu rosto que prendo nas palmas das mãos. Trago a alma entrelaçada nas raízes do coração. O Mundo grande, assemelha-se a um naco do meu pão. Matas-me a fome com os teus beijos, secas-me as lágrimas com os teus abraços educas-me com o teu silêncio e falas-me com o olhar. Houve dias que foste o mar... Houve dias que foste o vento nas asas de uma gaivota, outros somente os momentos que o tempo não deixa ficar.

Ana P.

17 março, 2013

CARTAS AO VENTO 17/03/2013

Incertezas de olvidar...
Pigmentos de saudade.

Por momentos fracassava.
Empurrava as palavras ...

Não tinha a certeza de as querer por perto. De as querer sentir, mesmo que nada fizessem.
Esta retoma agitada, é e implosão de instantes que sacode a inconstância, que não era esperada do tempo que já por nós passou.
Exitante, desvio a mente. Queria ocupa-la com as imagens do presente. No entanto esta sem esforço, transportava-me no berço de outras paragens, na liberdade dos ecos que se descobrem no brilho dos meus olhos. Tão eterno, como o silêncio que recupero no folgo da respiração que acalma a chama das saudades que me arde no peito. Irresistivelmente lembro-me de ti, dela, de todos que me ensinaram a conjugar o verbo, AMAR! Lembro-me de quem não esqueci e lembro-me até de quem quero esquecer. (Irônico,não é?!! Termo-nos que nos lembrar de esquecer alguém). Aqui! Sossegadamente neste pedaço do eu, um trapézio invisível num plano que não estava previsto. Dedico uma fracção do tempo, às estações que já passaram por mim. Claraboia dos sonhos que sonhei e de outros que simplesmente foram sonhados. Se soubessem a falta que me fazem, se imaginassem o quanto queria dizer-vos e pudessem escutar o que grita o meu silêncio. Saberiam mais de mim, do que eu. É em breves tornados que me envolvo. Regresso em chuvas ácidas que ressuscitam as lágrimas que deixei adormecer. Amenamente deixo que asas se abram, que se encontrem nos desencontros dos ventos... Cada instante é muito mais que um passado, é uma janela sem cadeado um olhar do presente. Um pedaço que ficou, mesmo depois de ser fragmentado. ... é ali que me alimento que sacio a gula do vicio deste presente.
Se soubessem a diferença que todos marcam em mim.
Onde descrevo a filosofia de uma vida que não é vossa, firmando os argumentos das razões que fomentam qualquer momento que não esqueci.

Carinhosamente

Ana P.

11 março, 2013

CARTAS AO VENTO 11/03/2013

Não acredito em palavras exatas.

As palavras estavam irrequietas...

Havia em mim, um silêncio inquietante que as provocava.

Lentamente aprendia a entende-las, a escutá-las .

Esse turbilhão de palavras é o aroma que me sai dos poros. Entre abundância dos ecos que me libertam e a profundidade de cada sentir, que se abastece em mim. Onde, o alimento é muito mais que meras palavras que se soltam. Pudesses lê-las na profundidade dos meus olhos, escutá-las no bater do coração. Aqui! As palavras não são adereços. São lascas do que sou, e a razão de todos os argumentos que fomento nos meus braços. São o colo desse tempo que se julga devasso. São o ponto de interrogação, a inquietude de uma simples afirmação. O romantismo que não deixo para um amanhã, talvez. Relembro-me na flecha de um amor, que sempre seduz o melhor do sempre,... que vem depois. Calada e falando mais alto do qualquer som, respiro no desejo de me encontrar amanhã. Suposições que improvavelmente, irei sonhar. E o azul são as asas que me resgatam, esvoaçam na brisa que perlonga o beijar sobre o mar, o meu mar. Derradeiro, não é este ultimo fechar de olhos. Mas a consequência de ver com ele fechados. Pressentir o tacto na distância, decifrar o frio que aquece. Deslisar nos perfumes que aguçam as estações que ajudam a descrever horizontes de canela, que escorrem entre meus dedos. Latejos de sentir que prenuncio nestas páginas. Onde o breve, é muito mais que esse exato momento que domina o refúgio das horas que me concedo. Mordomias que prevalecem na idade, contracenam no rosto de um alguém desconhecido que irreversivelmente desconhece o quanto o sentir nos aproxima. E o plano é a palma da mão, que não sei ler...

Carinhosamente

Ana P.

07 março, 2013

ARDÓSIA, MULHER!

Enquanto me enlaçava no conforto do meu corpo.
Libertava a alma, para vos relembrar dos momentos das inúmeras razões, do orgulho que é ser, mulher.
MULHER!
Não se resume ao nome.
Não é simplesmente, um olhar.
MULHER!
É, muito mais que uma qualquer imperfeição que possam achar.
Mulher e ter mil um motivos para nos perdermos. E dois mil e dois para nos acharmos.
Mulher é habito que só uma Mãe, pode vestir. Contracenar com o tempo, desfrutar das iguarias que nos adoçam sem preconceito a idade.
É ter um berço, nas mãos. É deixarmo-nos morrer, para renascer de novo.
Cada rosto, um livro de páginas exposto.
Catacumbas de sorrisos que se soltaram de nós, onde as lágrimas são o solfejo das dores. E o brilho do olhar, são os segredos que aprendemos a sussurrar nas melodias que se soltam no silêncio. Não há voz que não seja isenta de sentir. Que não se melindre na cordilheiras das horas de um relógio sem ponteiros. Não há espelho que não se quebre no feitiço de um coração. Eterno não será o corpo, mas as histórias que não nos deixaram ficar sem nome. Que emanaram as fragrâncias depois de nós. Mulher, é o pódio de todas a imperfeitas sabedorias, o analgésico não se compra, encontra-se. Mulher, é a caixa de Pandora. O mistério de todas as chaves, onde se podem fechar portas e abrir um sem numero de janelas. Mulher, é muito mais que um assunto terminado. Mulher, são liturgias que não abicam do agridoce que explora o pecado. Nos gestos, o grito que sacode a voz, imortaliza o corpo que se envolve na leveza de um ser... Muito mais que quimeras de palavras, a alquimia que transborda no realejo do olhar. Onde o ser, narra a epigrafe da nossa história, nas razões que argumentam o vosso olhar. Mulher, é rascunho de uma composição inacabada é como adormecer o dia no colo da madrugada. Mulher é aurécia... É descodificar o beijo que nunca deu.
Mulher!
É simplesmente a Ardósia, onde o Tempo aprendeu a Escrever ....

MULHER! ...

Ana P.

04 março, 2013

CARTAS AO VENTO 04/03/2013

Hoje, seria um daqueles dias que só me apetecia, nem sei bem o quê.
Apetecia-me olhar-los nos olhos.
Isto, claro se me conseguissem olhar.
Hoje seria aquele dia, que nada ficava por falar...
Por falar, por contar e por acrescentar.
Obviamente que tudo seria acrescido pela parte de raiva que não sou isenta. ....

Felizmente ainda cortejo os dias.
Dou de mim, muito mais do que seria esperado receber. Dou por mim nua na coesão das palavras, nas simbioses de cada frase que se constrói dentro, para fora . Nos afetos o cerco de cada carinho que simplifica a simplicidade de viver. Em que a rota das lágrimas é muito mais que aquilo que vês descer no meu rosto. Sempre posso revejo o azul deste céu, fecho os olhos para que possa sentir o pulsar do vento, para sentir sua boca tão próxima da minha. Exato não é o brilho do sol, que envergonhado se esconde nas nuvens. Exato é o brilho dos meus olhos, que sentem a sua presença. Na locomoção, a liberdade que não me deixa para trás. E nos sentidos a implosão de ser, de amar e de sentir. Cada parte de mim, é muito mais que um dia com vinte e quatro horas. São tochas de essência que me habita, são a luz que me ilumina em dias de escuridão. Frágil é o tempo que não sinto sucumbir. Aquele, que me recorda não sucumbe, é o memorial das histórias que me atrevo a vos contar. É a seiva que fermenta em mim, o equilíbrio das certezas que nunca terei. ... Conquistada, sei que me deito nas margens da madrugada, que adormeço nas margens de um rio que não é meu, e que sem asas, voarei mais alto que os sonhos que, não tivestes-de a coragem de sonhar.

Ontem,
Hoje...
E amanhã!

Ana P.

03 março, 2013

(A)-PENAS

À deriva
é mais que uma simples razão.
Uma frase apenas
que se escreve com mãos...
À deriva,
é a parede caiada,
Um cravo vermelho
numa rosa ancorada ...
É
fermento do pão,
a
fome sem perdão...
À deriva,
as leis que escondem o rosto.
Animais sem freios...
Penas...
Cacos,
estilhaços
Onde morou um coração,
Apenas! ...


Ana P.

SEM PRINCIPIO NEM FIM...

Dás-me o colo
que nunca pedi.
Mesmo sem braços
és o abraço que mais quero sentir..
És o grito do olhar,
sem rosto.
És o fogo,
que renasce do mosto.
Dás-me colo...
Porque a dor que me embala
é o aguaceiro, não esperado...
Solidário,
é o tempo,
que não apressa...
É como um giz
com que se escreve uma promessa...

Dá-me colo! ...

ETERNIDADE....

Ana P.

BLOCO DE NOTAS 03/03/2013

Desenhasse o céu em contorno dos olhos.
Que supostamente nada, teria o sabor das cores que nunca me atrevi a pintar.
Aqui! ...
Algures no anonimato do meu canto. Revejo águas e as comportas dos seus perfumes.
Amaino a reverência que acolho na inquietude de um corpo de mulher.
Apreço a longevidade de momentos que escarpam os socalcos da montanha que sustêm a vida. Onde a brisa me surpreende inúmeras vezes.
Aqui!
Não a trapalho o silêncio.
Não são necessárias legendas para que o possa entender... Cada timbre um virar de página, uma narração semi-perfeita.
O ponto de encontro onde só, já me encontrei e perdi, tantas vezes. Nas palavras o esquadrão que me resgata por dentro e por fora. A visibilidade de mil olhos, que não conhecem os meus. Provocante os murmúrios das águas que sussurram nas margens do meu rio. Que desafiam a astúcia de me encontrar fora de horas, fora de mim.... Sem rodeios relembro a sensatez do sorriso dos meus olhos. Relembro frágeis momentos que anteciparam os dias no recobro de um infinito qualquer. Sei de mim. De outros nada sei, apenas alguma teoria que se vai decantando no azimute do tempo... É aqui, que o perto se faz longe, e o longe é o caminho mais curto que conheço. Não vos falo de outros, somente de mim. Do quanto as marés remexem a vida... Não tenho horas marcadas, nem sei se elas existem. Se é mais um argumento numa opção qualquer, que prevê um obstáculo. Aqui, não me quero apartar. Quero a iminência do abraço, a palavra carinhosa o desejo silencioso... Sentir-me plenamente viva! ...

Ana P.