04 março, 2013

CARTAS AO VENTO 04/03/2013

Hoje, seria um daqueles dias que só me apetecia, nem sei bem o quê.
Apetecia-me olhar-los nos olhos.
Isto, claro se me conseguissem olhar.
Hoje seria aquele dia, que nada ficava por falar...
Por falar, por contar e por acrescentar.
Obviamente que tudo seria acrescido pela parte de raiva que não sou isenta. ....

Felizmente ainda cortejo os dias.
Dou de mim, muito mais do que seria esperado receber. Dou por mim nua na coesão das palavras, nas simbioses de cada frase que se constrói dentro, para fora . Nos afetos o cerco de cada carinho que simplifica a simplicidade de viver. Em que a rota das lágrimas é muito mais que aquilo que vês descer no meu rosto. Sempre posso revejo o azul deste céu, fecho os olhos para que possa sentir o pulsar do vento, para sentir sua boca tão próxima da minha. Exato não é o brilho do sol, que envergonhado se esconde nas nuvens. Exato é o brilho dos meus olhos, que sentem a sua presença. Na locomoção, a liberdade que não me deixa para trás. E nos sentidos a implosão de ser, de amar e de sentir. Cada parte de mim, é muito mais que um dia com vinte e quatro horas. São tochas de essência que me habita, são a luz que me ilumina em dias de escuridão. Frágil é o tempo que não sinto sucumbir. Aquele, que me recorda não sucumbe, é o memorial das histórias que me atrevo a vos contar. É a seiva que fermenta em mim, o equilíbrio das certezas que nunca terei. ... Conquistada, sei que me deito nas margens da madrugada, que adormeço nas margens de um rio que não é meu, e que sem asas, voarei mais alto que os sonhos que, não tivestes-de a coragem de sonhar.

Ontem,
Hoje...
E amanhã!

Ana P.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.