29 março, 2012

TRAMA ...

TRAMA ...

Um
passo à frente
do sonho,
relembro o acesso
ao velho mural
Disfarçadas gentes pintadas
murmuram,
a consequente intriga
Fascinante
teia de uma trama
em prol dos afectos
desliza em gretas de mãos
envelhecidas ..
À mercê
do incansável tempo ...
Palácio de areias brancas
sem portas,
sem janelas...
Muralhas de seda
candeias sem velas ...
Ponto de negra luz,
rodeiam múltiplos labirintos
Enredos
dos Édenes que procuro
Tonificam
o
Eldorado de paraísos imaginários
Flagrantes
manifestos de uma sede
que se afoga
nos gestos manipuladores
de atracções de encantamento ...
Expressões de uma voz
que chama por ti ...
Caminhar ás cegas
contra ponto de direcções
diferentes ...
Suborno
que não se pode fazer ...
Um
passo atrás ...
Acordar
no local exacto,
em horas diferentes,
depois de um sonho
que me levou ...
Para lá de uma trama
que memorizei ...

Num passo atrás ...


Ana P.


DUETO JC PATRÃO / ANA P.

Vibrante e inocente
de olhar altivo
criança
singular...
Esperança
de um rosto distante
poderá ser a salvação
de uma árvore que nunca chora
nas vertentes de um monte
qualquer…
Surripiado de ventos
quentes, inquietantes ...
Mas na serenidade
dos dias calmos
adormecem nas melodias
que ouvimos cantar ...
Apelos facetados
de prantos
memorizam saudades ...
Aguarda que façamos por ela
o décor de estações
incertas...
Namoro
na sublime delicadeza
de uma lágrima, esquecida ...
Da natureza
de um glaciar azul
fecundo de pólen colorido,
que brinca com os nossos olhos…
Enigmáticos sorrisos
encobertos
na beleza mágica,
silvestre
de morangos e orquídeas…
Amoras negras,
sinónimos de uma boca
que arrepia ...
Quente ou fria
sempre nos acolhe
no seu chamamento…
Secretas seduções
Império de um adulto
de uma criança que se foi ...

Dueto Jc Patrão / Ana P

25 março, 2012

PÉROLAS ...

PÉROLAS ....

Intrigantes,
de escolha multifacetada ...
Inesperadas
pérolas de rosto polido ...
Usariam toda a vaidade
de correntes em esfera
Símbolos femininos
Discreta folia de alquimias
à superfície da pele ...
Purificada
no mergulhar de
Óleos essenciais
de
Aromas provocantes ...
Tentação, tradutora
de um desconhecido interior
Intentos que quebraram
o mar gelado de uma controversa
Nostalgia ...
Reservada numa
Moldura melancólica
Vazia ...
Rastilho,
espiral de um fogo atento,
estalactites
de um atrevido cristal
Pêndulo
de beleza transversal
Infernizam o paladar
de uma íris ...
Intrigante modo de me olhares ...
Na mira de um fogo
oculto de pérolas ...

Ana P.



24 março, 2012

UM SEGUNDO ...

UM SEGUNDO ...

Basta-me um segundo ...
Desvio
o olhar ...
Encontro
aglomerados
sentimentos
na sombra das palavras
vincadas no rosto
Lisonjeador ...
Não saberias que te leio
nas
entrelinhas das frases
que arrastas no sorriso ...
Não saberias as vezes
que já te vi sucumbir
no solitário átrio ...
Metamorfose inanimada
de vontades enclausuradas
Agressividade da culpa
que te fecha os olhos
Carrega no peito
o amor imperfeito
de um medo irracional ...
Desajeitado raciocínio
Teimas aflorar
a fantasia de uma infelicidade
Vã ...
Caprichos
de orgulho ferido ...
Tacteiam os segundos
de cada gesto
Em que penso,
abraçar-te! ...
Hesitante,
como o beijo ...
Que me queres dar ...

Ana P.

METÁFORAS DE MIM ...

METÁFORAS DE MIM ...

Relia as frases
Onde as metáforas
são
Cisnes bailando
em águas solitárias...
Espelhos de Alma
Voláteis cores, projectadas...
Desafios intensivos
entre o corpo e a razão
Trajectos magnéticos
de azimutes diferentes ...
Pequena Distracção
de uma bússola perdida
Frágil...
De argumentos traiçoeiros
Naufraga sedimentação
Carece o
Baloiçar mimado
da erosão precipitada
Episódios momentâneos
Pegadas de sopros
ressentidos
Plágio galopante
de mentiras esculpidas
Sensações
tatuadas sobre a pele ...
Tintas desvanecidas
mural de memórias
que pedem para ser esquecidas
Rugas impacientes
Homenagem dos escravos
escribas ...
Olhos abertos sobre tempo
Cervos de amo erudito
Tez de cândidas palavras,
esvoaçar de asas
presas ...
Gaiola sem grades ...
Sujeita
a quaisquer vícios...
Em
prol de uma razão
que pode ser
de um adorno,
ou
simplesmente
desconhecida ...
Lição contínua de vida
Síncope de mudos
pensamentos ...
Exalados na sombra
de
pétalas caídas no
Desabar
de sonhos relembrados ...
Subentendidos
no seguimento das palavras
relidas por mim ...

Metáforas.

Ana P.

23 março, 2012

CARTAS AO VENTO 22/03/2012

CARTAS AO VENTO ... 22/03/2012

Porque o Tempo, elabora o azul dos dias
e a Primavera, trouxe-te no perfume com as suas flores...
Parabéns! ...

Dedico-te uma página do silêncio dos meus olhos...

Necessitava de ir ao encontro do desassossego que sinto em teus braços.
O afago, que não me deixa afogar na abundância de um qualquer silêncio ...
Porque a importância não está no numero dos dias que nos conhecemos, mas em todos os momentos que não deixamos ficar para trás...
Teimosa, descrevo-te no sorriso que me lavra os rosto, no incandesceste brilho que me cega a alma.
Não sei se encontro as palavras certas, ou se elas se encontram no desafio do teu olhar.
Imagino-te no revés de um caminho que não se trilhou.
Em que o reverso tempo, ousou colocar-nos frente a frente...
Face na face, confronto de desejos que não se explicam.
Existiria um céu?! Se não houvesse um inferno?!! ...
Não nascem palavras das pedras, nascem de sentimentos que se reencontram, se descobrem na genuinidade de seres que se completam em direcções opostas. E tu, és o oposto das rivalidades rotineiras de um dia-a-dia comum...
Adverso de um futuro que me recuso a planear.
Pois, a minha verdade é a tua consequência. ...
Hoje, deixei que desenhasses com tuas mãos, nas paredes do meu corpo.
Dilui-me no apetite devorador, dos desejos intransigentes...
Que discordam dos elogios de um relógio, e explodem nos segundos que não conseguem contar...
De uma só face, olharei para ti no jejum dos dias, que não me atrevi a procurar palavras...
Sem demoras justifico a falta, com a pequenez de uma qualquer razão de facto comum ...
Fronteira! ...
Já houve dias que mitiguei nas lágrimas que não verti.
Outros mais, que discordei... queria apenas, ser feliz!...
Preocupei-me em demasia... E quase me esqueci de mim, de ti ...
Do tempo o falsete esganiçado, de uma estranha falinha ...
Por muito que se julgue louca, garanto-te que és a minha Insânia.
Uma das minhas maiores verdades...
....

Que se solta na luz, no encontro do nosso olhar...

Hoje, não queria deixar de te escrever, por meras palavras com toques de poesia...
Na pagina de um ruidoso silencio, a importância de existires.

P.S. COMO É FÁCIL, GOSTAR DE TI ...


Carinhosamente


Ana P.

20 março, 2012

CARTAS AO VENTO 20/03/2012 ...

CARTAS AO VENTO 20/03/2012

Trago-te no mar dos meus olhos.
Na caravela que navega no meu peito...

Desejei, ser um porto-seguro.
De onde partes mas que acabas por voltar.
Desejei, ser a saudade. Dispersa na liberdade na maresia do mar...
Desejei, ser o silencio que te chama...
A seda, escarlate.
Dos lençóis da tua cama ...
...
Dei por mim a navegar, na caravela do meu mar.
Deixei, o inferno à escuta na loucura de te desejar...

Se pudesse calar, a revolta deste mar...
Mergulhava no beijo, que desejei partilhar ...
Pedia ao luar da lua, que espelhasse o nosso mar ...
Ai! ...
Se te pudesse sonhar, no sono que não me acordou...
Se pudesse ser a onda, em que teu corpo baloiçou.
Um jogo, não trivial ...
E se fosses o mistério, do vento me falou?! ...
...
Levo-te, em minhas asas nos segredos por contar ...
Levo-te! ...
Mas trago-te, na doçura deste olhar.

Se pudesse agora mesmo! Indisciplinadamente beijava teu rosto...
Ai! ...
,...
Navegar.... Nas estrelas do mar...
Ai!
Navegar...
Nas lágrimas que não me deixaste limpar...

Caravela de brancas velas, deixa-me navegar!
No prumo do teu mastro, o horizonte trespassar...

Esvoaçar ...

Deitar-me nas páginas em branco, onde escrevo sem que possas decifrar ...
Aguarela de sonhos, em telas de simples sonhar.
Dos horizontes laranja, que beijam os lábios do mar ...
Na Caravela dos meus olhos nas lágrimas que acabam por ficar ... escondidas nas cartas de marear.
Que me deixaste, traçar.

Carinhosamente

Ana P.

19 março, 2012

CONSTÂNCIA ...

CONSTÂNCIA ...

O tempo é o decalque
da imagem do que somos
Dependendo somente
do numero de dias que nos precedem ...

Fatigada de sonos solúveis
Figurantes clássicos
de
Elaborados estratagemas
de improváveis conversas
Paralelos oblíquos
com razões infundadas
Salubridade corrosiva da mente ...

Denominada de sã
Arquitecta das palavras misteriosas
das infinitas tramas sentimentais
Espiral em forma de carrossel
que corre ...

Telepatia ...
Pedras frias que levitam ...
Constroem a
Ermida Silenciosa
com
Castiçais de luz nua,
iluminam a Fé ...
Desacreditam seculares
preconceitos ...
De sonos indefinidos nos dias
Semi-desfeitos,
dissolvidos nas horas
que não procuro saber
quando durmo ...
De
formas redondas...

Côncavas....
Se
Encaixam no Convexo vazio
de
Uma solitária esfera
que
me cresce, entre mãos ...

Rudimentar movimento
de cada ponteiro
do sono que não me lembro, ter acordado! ....

Constância, de mais um dia.

Ana P.

18 março, 2012

BÂTON ...

BÂTON ...

Desenhei-me
na orla
das palavras que me
ensinaste a colorir ...
Um
Rosto...
Esfinge de fragmentados sorrisos ...
Ponto,
pontos ...
Lineares
de lábios insaciáveis...
Predominância que asfixia
O
glamour selvagem
em territórios desconhecidos ...
No
olhar o relevo
da opacidade ...
Elegante sombra
moderadora,
de desassossego fuzilante
do corpo ...
Sedução caótica de vontades
Alheias ...
Estranha voz que se escuta
Líder ...
de
Intemperes charmosas sem voz ...
Meio tons
de prantos de lágrimas secas
Perfumes
atiçados de fogo lento
ardente ...
Colónias bravas de aromas
Essências da existência
Contorno de lábios brilhante
Figurante...
Tentação
de uma boca que nunca falou ...
Bâton! ...
Silêncios de uma mulher
Extravagante ...
Precipícios de atracção
que se unem ...
Caprichos sem horas
ou demoras ...
Conexão de analogias
diferentes ...
Razão das palavras
que me ensinas ...


Ana P.

16 março, 2012

CARTAS AO VENTO 16/03/2012

CARTAS AO VENTO 16/03/2012 ...

Poderei,
escrever-te no silêncio de palavras que nunca ousarás ouvir.
Dissecar todos os sentimentos...
Mesmo não querendo partir.
Esclarecer, toda a química de uma só lágrima...
Um espolio concebido nas verdades que não disse.

E ...
Se o amanhã fosse um não, acordar?! ...

Todas as palavras que não foram ditas, seriam o bouquet desfeito nas amarras do meu peito.
Coordeno a razão dos sentimentos, com a voz de um coração emanado de exóticos perfumes...
Sensato de um gentil equilíbrio, que resiste à leiga dor...
Indolor! ...
Não é o que, não se sente. É, o que nos resta das dores maiores.
Ainda que desejasse, olhar-te nos olhos, arrastar-te continuamente no sorriso dos meus lábios.
Acato, com serenidade a tua ausência, e voo na liberdade das asas que me deste.
Procuro-te:
No dissipar do cansaço, de alguns dos meus dias ...
Na proeza, do tom meigo da tua voz...
No abraço, forte que fica ... (já nem me sinto só) ...
No brilhar dos olhos que não consegues disfarçar. ... ( finjo, não reparar).
Quando o tempo me derruba, voo para ti.
Faço de ti, a vitória na conquista do meu mar...
O azul da glória, que não nos priva de sonhar.
E,
sou a andorinha que parte, que acaba por voltar.
...
Encontrando-nos nas estações, que o tempo nos quer levar...
Ainda mitigamos, para que nos deixe sussurrar.
No murmúrio dos lábios...
A louca vontade de querer-te, Amar!...
AMAR! AMAR! ...
Desejo de páginas soltas, acabadas de se rasgar...
Delírio dos meus ventos, o aroma saqueado no ventre do meu leito ...
Parapeito...
Alpendre de céu aberto ...
Ardósia de giz incolor... rascunho fiel, das cartas que não chegarei a escrever-te.
Desabafo dos sonos que não me deixaste dormir, sequência eloquente de um rebelde coração...
Livre, sem rédeas ...
Insano de sonhos quase perfeitos, de asas abertas planam na inquietude deste corpo de mulher.
Pudesse, repelir todas as sombras imperfeitas.
Do medo, construiria janelas de arcadas celestiais.
Onde o meu olhar se perdesse, nos olhos do céu que te persegue...
Lilás desenhado, que sobrepõem as cinzentas sombras, do presente imperfeito e de um passado que pensávamos, perfeito! ...
Por todas as palavras, que não tive tempo de transcrever, mas que escutei vezes sem fim ...
Palavras, palavras ...
Planeiam não deixar-te partir! ...
De mim ...
De ti ...
Do Tempo que escondemos, que julgávamos ser apenas, NOSSO! ...
Cordão Umbilical de todas as palavras, que ainda não te disse .. mas que não se perderam, em mim! ...

Carinhosamente

Ana P.

13 março, 2012

SONHOS ...

" Depreendo, que a escassez dos sonhos está nas escolhas que se têm que fazer, e não na sua isenção" . ...

Ana P.

CARTAS AO VENTO 13/03/2012

CARTAS AO VENTO 13/03/2012

Para cá,
de um sonho que não sonhei...
Para lá,
de um sonho que sonhei ...

Ainda procuro palavras, que traduzam a inexistência de um sonho, que não me lembro de ter sonhado de olhos fechados...
Careço de uma sabedoria não alcançada, no jejum dos dias que se abastecem em mim.
Como uma prece, a melodia que toca na partitura dos meus dias...
São, expressões que se definem no olhar, e esborratam os sorrisos que o tempo não pode simplificar.
Para cá do sonho ...
Esclareço, o sombreado que surge nas cores vivas, e agradeço o anil do Arco-íris que me sorri.
Vivo, a realidade de encontros que nunca planeei ...
E em cada desencontro, as dúvidas de alguém que apenas passou ...
Não quero, que o tempo passe por mim.
Quero, somente passear-me no pelo tempo ...
Eterna a Alma que me despe...
Guardiã de um corpo que se extingue.
Que flameja em cada página,que ousarei escrever.
Que me perdoem os sentimentos, que não soube traduzir no aconchego das palavras.
Jamais, em tempo algum o silêncio será uma obra inacabada...
A ponta da lança aguçada, que nunca foi lançada.
Para Cá do Sonho ...
Uma Arca- de- Esperança,
Um Mundo aberto, entre mãos de uma criança.
Para cá do sonho ...
O esquecido mistério de acordar, de enxergar a luz que brilha, que se finda no final de cada dia ...
Cá, onde os dias são reais, onde seremos comuns mortais ...
Cá, a única realidade dos meus dias ...
...
Para lá, antecipei os sonhos de menina...
Adormeci a criança esquecida ...
Para lá dos sonhos...
A cor rosa ...
A vaidade de uma Croa, sem Reino
sem Rei ...
Para lá...
As sete cores do Arco-íris
que me ensinaram a pintar ...
Um príncipe e o seu fiel cavalo branco ...
Para lá foram e ficaram, os sonhos de uma velha Infância.
Nos olhos de uma ingénua criança que se dissipa nos braços de um tempo que escasseia.
E não espera pelos sonhos, que nos prendem ...
Avança ...

Carinhosamente

Ana P.

BEIJO DE SAUDADE ...

BEIJO DE SAUDADE ...

Despojos
onde as palavras perdem
o paladar ...
Fermentando o nauseabundo
Cheiro
de um antecipado desfecho...
Criações,
da ténue essência
Espessa
de translucida, beleza ...
Estilhaçada
no azul céu de um espelho ...
Trilho de cordilheira sem,
Indefinidos conceitos ...
Gravitam no espaço cordial
do ameno beijo
Vagueiam
no estrelado céu,
sem estrelas visíveis
Pontos existentes
de uma glória esquecida ...
Transe
salvaguardada
na tez da memória
Inesquecível ...
Miradouro
de sonhos Alcançados ...
Expoente
Máximo de sonhos Esquecidos ...
Para lá,
do Horizonte, laranja Avermelhado ...
Poeiras,
fertilizam a árdua terra,
de fogo incandesceste ...
Cópula de desejos
que sobejaram ..
Necessidades,
legendas,
de uma escassa coragem,
que não fala ...
Consente! ---
Lacrimejar de sentimentos
emudecidos ...
Impõem a verdade
no grito de lágrimas selvagens ...
Que descem o rosto
ao beijar a ...
...

Saudade! ...

Ana P.

10 março, 2012

AMBIGUIDADE ...

AMBIGUIDADE ...

Nas
Mãos do Homem
O Mundo,
se fez Mulher.
Em
Dádivas desalinhadas
de projectos inacabados ...
Ideologias de
Pragmáticas soluções
determinam um espaço,
entre o Sol e a Lua ...
Mistérios combinados
exploram
Conjectura solsticial ...
Partilham,
exactos momentos ...
Movimento das horas
Agrupam os dias
e
Juntam os anos ...
Idade ...
Incógnita eterna de
um tempo perfeito ...
Sedimentos perplexos
fascinam a luz...
Cegam ...
Despem conceitos
elaborados na mente ...
Moralidade,
intuito de uma qualquer razão,
que se despe
nas Mãos do homem ...
MULHER! ...
Inquietude
de um olhar que fala ...
Assédio, que cerca
a superfície da pele ...
De tons vivos
Esclarecem
sentimentos,
desenhados sobre telas invisíveis ...
Palestras em leitos
de fogo aveludado
Atenuam as essências
De
frágeis sussurros
Na
Imperfeição
de amenos dias
das pétalas de rosas ...
Que
Perfumam
o fitar de cada olhar,
em afectos
que falam mais
do que ela pode sonhar ...
Na
inexistente ambiguidade
De
Ser Mulher,
Num
Mundo Imperfeito ...


Ana P.

05 março, 2012

CARTAS AO VENTO 05/02/2012

CARTAS AO VENTO 05/02/2012 ...

Escrevo-te, simplesmente uma carta!
Não queria que fosse um começo, e que houvesse um fim...
Bastava-me que fosse o sorriso, que tantas vezes levas de mim.

Sim, basta-me! ...
Sabendo que alguns dos sorrisos vão atrás de ti.
Os que ficam, superam aqueles que sempre levas e que retornas na luz do teu olhar...
Fantástico, ver-te chegar! ...
Ai!, Se os teus olhos pudessem falar... Abdicavas de todo o silêncio, que guardas nesse olhar.
Hoje, olhei-te nos olhos.
Precipitei-me no teus braços, não resisti ao avesso de mim. À loucura indiscreta, do enigmático beijo...
Fintei-te o olhar, abasteci-me no tempo com ânsia de amar-te. ...
E encontrei-me em cada sorriso...
Os que devolves, são aqueles que alimentam a paz do meu acordar.
A extravagância celeste na luz que me deixas ficar...
São:
A tez de cores, que me ensinam a Amar....
Momentos, que o tempo não pode Negar...
Asas abertas, na lucidez de quem sabe Gostar ...
O fogo incandescente, que arde sem se Ver ...
As horas cordiais, migalhas de comuns mortais ...
A palestra, de amenos corações ...
Sorrisos ...
São a Imortalidade consentida, de todos os sentimentos que nos agarram à vida...
Hoje!
Meu querido amigo...
Ofereço-te, o estandarte que me deixas na Alma.
Tatuagem do porto seguro que ilumina e acalenta as contrariedades que surgem.
Cravo o sorriso, nos momentos que partilhamos no esplendor do véu de saudade, que te trás de volta.
No encontro de olhares, na felicidade que não sabemos disfarçar.
No alcance de um mero, sorriso ...
A delicadeza de uma lágrima que se esconde no rosto.
Na proximidade de um beijo que fica, elaborado no sorriso que advêm.
...
Carinhosamente


Ana P.

04 março, 2012

SONHAR ...

" Ainda que os sonhos se confundam com a realidade de olhos fechados.
De olhos abertos acolherão uma qualquer miragem clandestina."

Ana P.

Poesia, Sou?! ...


" Há quem diga que sou, Poesia.
Que Vivo e Respiro Poesia ...
O que eu não sei. É se, a poesia mora em mim ou se me encontro apenas com ela." ...

Ana P.

CARTAS AO VENTO 04/03/2012 ...

CARTAS AO VENTO 04/03/2012


Na memória, rastilhos de pólvora seca de rasto colorido.
Povoam a saudade em cada beco, em que não pude parar...
Libertam-se na paz do corpo, que outrora quis salva-guardar.
Quantas viagens feitas sem nunca sair do lugar.

Jóias solitárias, de valor incalculável.
Silêncios em aglomeradas palavras, cintilavam na boca. Devolviam a cada sentido o apelo que sedutor de cada gesto, de cada paladar em aromas que se decifram tão bem.
Ao certo não sei, quantas palavras seriam necessárias para mesclar o nu, de uma Alma que ama.... Ama, com dor, com sorrisos com muitas ou poucas lágrimas. Não, interessa!
... Ama!
E se evade nos momentos, não asfixiando os sentimentos. Dando-lhes um império de liberdade, de absoluta grandeza. Onde o desnecessário queixume, não existe! E jamais uma lágrima poderá ser esquecida.
No entanto serei, o espelho mágico com o olhar de mulher, pelos olhos de uma eterna menina.
Que simplesmente cresceu, acompanhando o corpo que um dia foi seu. Deu vida a enredos, que agora chamo de meus! ....
Contemplava pedacinhos de sonhos iminentes ...
Corria pelos corredores de palácios imaginários.
Brincava debaixo de uma chuva de pétalas.
Agarrava nas mãos o arco-íris, que tinha em pequenas bolas de sabão. ...
Erguia na cabeça a coroa feita de trevo e flor de giesta...
E mirava ...
Olhava a boneca de cabelos longos, cor de laranja ...
Num canto esquecida, adormeceu a infância que o tempo levou.
Serenamente deu inicio à Aventura de que nunca se sonhou ...
Promessas do tempo que desatina.
Pontos firmes, ou interrogações ...
A mais valia de uma razão!
A metamorfose de um coração de palavras escritas, raízes no chão....
Em cada silêncio mil palavras, em mil palavras o silêncio que não escutei ...
Aqui! ...
Em cada " carta ao vento " , que vos escrevo, o Enlevo de todas as páginas que aprimoram o perfume de flores silvestres, na liberdade de florestas amedrontadas.
Fragrâncias de flora selvagem, ponto de passagem das asas do meu vento, rasante ...
Equinócio de sentimentos ...
Tão Irreverentes, como Eu! ...
Que me atrevo Amar, as vezes que o tempo me prover.
Em sonhos sem eiras nem beiras ...

Carinhosamente


Ana P.

02 março, 2012

JANGADA ...

JANGADA ...

Necessitava de partilhar
a densidade de sentimentos
que encontrava nas palavras ...
Lamentava
que não houvesse a inclusão
de todos os abraços,
dos meteoros que não vi passar,
das estrelas que se esconderam,
em clareiras de breu,
no espaço de um céu ...
Coberto de nuvens mil-facetadas
Lapidadas de luar relutante
Resistente
de analogismo semelhante
Razões
entre palavras expostas
Em cada ponto figurante
o alcanço lúgubre
da exactidão premissa
dos ponteiros de um relógio sem cuco ...
Inocente ...
Abocanhara
o tímido sorriso,
mordiscando os lábios ...
Estimulando
a paisagem de um olhar
envaidecido...
Desvendando
a fusão de cores
que não se repetem ...
Atraem ...
Absorta
de pensamentos alheios
Imersa na alquimia
Sem medidas certas
Numa jangada de felicidade
Semi-cerrada
Utopias de um sonho que carece
de ideias quiméricas ...
Intensas
que nos prendam em Viciantes dias
de Gloria Insaciada ...

JANGADA! ...

Ana P.