04 março, 2012

CARTAS AO VENTO 04/03/2012 ...

CARTAS AO VENTO 04/03/2012


Na memória, rastilhos de pólvora seca de rasto colorido.
Povoam a saudade em cada beco, em que não pude parar...
Libertam-se na paz do corpo, que outrora quis salva-guardar.
Quantas viagens feitas sem nunca sair do lugar.

Jóias solitárias, de valor incalculável.
Silêncios em aglomeradas palavras, cintilavam na boca. Devolviam a cada sentido o apelo que sedutor de cada gesto, de cada paladar em aromas que se decifram tão bem.
Ao certo não sei, quantas palavras seriam necessárias para mesclar o nu, de uma Alma que ama.... Ama, com dor, com sorrisos com muitas ou poucas lágrimas. Não, interessa!
... Ama!
E se evade nos momentos, não asfixiando os sentimentos. Dando-lhes um império de liberdade, de absoluta grandeza. Onde o desnecessário queixume, não existe! E jamais uma lágrima poderá ser esquecida.
No entanto serei, o espelho mágico com o olhar de mulher, pelos olhos de uma eterna menina.
Que simplesmente cresceu, acompanhando o corpo que um dia foi seu. Deu vida a enredos, que agora chamo de meus! ....
Contemplava pedacinhos de sonhos iminentes ...
Corria pelos corredores de palácios imaginários.
Brincava debaixo de uma chuva de pétalas.
Agarrava nas mãos o arco-íris, que tinha em pequenas bolas de sabão. ...
Erguia na cabeça a coroa feita de trevo e flor de giesta...
E mirava ...
Olhava a boneca de cabelos longos, cor de laranja ...
Num canto esquecida, adormeceu a infância que o tempo levou.
Serenamente deu inicio à Aventura de que nunca se sonhou ...
Promessas do tempo que desatina.
Pontos firmes, ou interrogações ...
A mais valia de uma razão!
A metamorfose de um coração de palavras escritas, raízes no chão....
Em cada silêncio mil palavras, em mil palavras o silêncio que não escutei ...
Aqui! ...
Em cada " carta ao vento " , que vos escrevo, o Enlevo de todas as páginas que aprimoram o perfume de flores silvestres, na liberdade de florestas amedrontadas.
Fragrâncias de flora selvagem, ponto de passagem das asas do meu vento, rasante ...
Equinócio de sentimentos ...
Tão Irreverentes, como Eu! ...
Que me atrevo Amar, as vezes que o tempo me prover.
Em sonhos sem eiras nem beiras ...

Carinhosamente


Ana P.

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