02 março, 2012

JANGADA ...

JANGADA ...

Necessitava de partilhar
a densidade de sentimentos
que encontrava nas palavras ...
Lamentava
que não houvesse a inclusão
de todos os abraços,
dos meteoros que não vi passar,
das estrelas que se esconderam,
em clareiras de breu,
no espaço de um céu ...
Coberto de nuvens mil-facetadas
Lapidadas de luar relutante
Resistente
de analogismo semelhante
Razões
entre palavras expostas
Em cada ponto figurante
o alcanço lúgubre
da exactidão premissa
dos ponteiros de um relógio sem cuco ...
Inocente ...
Abocanhara
o tímido sorriso,
mordiscando os lábios ...
Estimulando
a paisagem de um olhar
envaidecido...
Desvendando
a fusão de cores
que não se repetem ...
Atraem ...
Absorta
de pensamentos alheios
Imersa na alquimia
Sem medidas certas
Numa jangada de felicidade
Semi-cerrada
Utopias de um sonho que carece
de ideias quiméricas ...
Intensas
que nos prendam em Viciantes dias
de Gloria Insaciada ...

JANGADA! ...

Ana P.

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