29 fevereiro, 2012

ERRO ...

" O erro, é a margem que se usa para evitar a desculpa."

Ana P.

FOLHAS BRANCAS ...

" É nas em folhas em branco, que me encontro com as palavras
que não fui capaz de dizer ".

Ana P.

CHAVE DE EMOÇÕES ...

CHAVE DE EMOÇÕES ...

Deixei que tuas mãos
fossem o espaço aberto
A imensidão do meu Céu ...
De intervalos,
com Arcos Triunfantes ...
Em
que a Urgência do teu Beijo
É o aperto da fome,
que sinto de ti ...
A fome,
fosse a Plataforma
que Míngua na força da Vontade
de Tanto te Querer ...
E
O teu Corpo,
Fosse ...
O Caderno Misterioso,
a Ardósia
em que me Atrevo a Escrever ...
Segredos
Intimidades do Âmago
Sombras ferozes dos Medos
Máscaras de pérolas cinzentas
O almofariz, do pó de giz
Desenhando sonhos
em
Frases modestas que fazem esquecer
E viver ..
NA surdina do Tempo
sem tempo, sempre a correr ...
Pela calada
Faço-te, "Adamastor"
Desafiando
o mito dos meus medos ...
Guardião de pontes
na união das Margens que não esqueci ...
Neblinas desesperadas
de densidade colorida
Dão-me as improbáveis Noites
que sempre tive ...
E assim,
Tu, és ...
A
chave do cadeado em minhas mãos
A
Luz exigente
do claustro da Alma ...
Meu pátio de galerias
de Portões ferrugentos ...
Que soletram melodias
nas eternas canções nas asas dos ventos ...
A terra perfumada em que cravo
os pés ...
Atordoada exaustão
na tentação irresistível
de te sentir ...

De joelhos ... em
Oração ...
Percorro o
Terço de todos Momentos ...
Que me coloca-te, nas Mãos! ...
Pactos que se ajustam
Ao silêncio do olhar ...
Tentações ...
Emoções que deixamos, por nós
Passar ...

Ana P.

28 fevereiro, 2012

CHORA ...

Chora ...
Porque eu sou uma aventura
dentro de um corpo de mulher ..
Chora ...
Quando eu digo vou embora
que não posso ficar
Chora ...
Quando o desejo te devora
O beijo se evapora,
nos lábios da infame distância ..
Chora ...
Soluça nas lágrimas escondidas
Enlouquece
nas carícias de afectos tacteados.
Chora ...
Os instantes pecados
Chora ...
Porque a felicidade não têm horas
E
nós moramos, lado a lado ...

Chora ...

Ana P.

27 fevereiro, 2012

CARTAS AO VENTO 27/02/2012

CARTAS AO VENTO 27/02/2012 ...

Se sonhasses toda a liberdade que me ofereces
E
Todas as conquistas que trago nas mãos...
O Tempo seria o feiticeiro, nas cores de uma bolha de sabão...


Dar-te-ia, todas as cordas do realejo que acompanha o tempo.
Dar-te-ia, a partitura do meu peito, numa sintonia que se escuta de olhos abertos e de ouvidos tapados.
Hoje, entrelacei a melodia na luz do nosso olhar ...
CONQUISTADA ! ...
É a palavra apropriada , aquela que te faz voltar...

Se os meus sonhos te contassem que:

Já me fizeste Rainha. Soberana num Reino de Amor. ...
Uma simples e flor...
Malmequer de pétalas rubis de face branca cor do giz ...
Já até fui andorinha, de dorso negro aveludado, ventre cor de marfim...
Pluma exposta no rosto do vento. ..
A migalha esquecida. Saciando a fome a uma ave ferida ...
Nuvem passageira. Um breve momento...
Sombra de um sol que nunca sorriu ...
Baloiço de corda, imaginário ...
Avioneta de madeira, uma simples brincadeira...
Boneca de porcelana ou robusta guerreira ...
Menina de face lavada, numa mão tudo, outra apenas, nada! ...
Fui até meretriz, um jogo de palavras que não aprendi ...
....
Hoje! ...
Sou a Mulher Alada,
a Chuva de Prata da Madrugada.
O Beijo quente que suborna o Beijo frio...
Sou,
o caudal de águas, na comporta do teu rio ...
O
Ópio, que se propaga em folhas de papel.
Sou ...
O livro incandescente num fogo que nunca ardeu..
O arado esfomeado ...
O prato, a colher...

SOU!...
Abelha rainha, dos favos do Nosso Mel ...
SOU! ...
Um sonho inacabado, a liturgia do livro sagrado ...

Carinhosamente

Ana P.

26 fevereiro, 2012

FERIDAS ....

" A importância, não está em nunca ter tido feridas.
Mas em nunca, nos esquecermos de as lamber. " ...

Ana P:

PALAVRAS ...

...

" Não inventei as palavras, apenas ofereço a cada sentimento, a oportunidade de se prenunciarem." ...

Ana P.

EU...

" Uma
parte de mim, está de partida
Outra sem aviso, apenas partiu ...
E o que sobejar, Serei, EU! " ...

Ana P.

25 fevereiro, 2012

CARTAS AO VENTO 25/02/2012 ...

CARTAS AO VENTO 25/02/2012

Quando o Amanhã era Ontem e Hoje, o Depois ...
Amanhã, queria ver-te nos meus olhos ainda que o coração apregoasse, o fiel desejo moribundo.
A alma desfalecia na cratera que deixaste no meu ventre.

Desatinada reanimava as palavras que sucumbiam em mim.
Necessitava da sua luz ...
Era urgente ordena-las, como se fossem um dominó sentimentos.
Necessitava de uma liberdade plena de harmonia, do deleite aromatizado que amornam as correntes das minhas marés.
Solitária neste recife de saudade,o coral rosa de cada lembrança, uma memória movediça quer fugir para ti...
Aqui! ...
Sinto-me uma naufraga.
Portadora de uma apoteose de momentos, que qualificam e justificam o porta retratos que trago no peito.
Daqui, posso escrever-te para que não me oiças chorar.
Não escutes a melancolia que timbra minha voz...
E assim, possa fazer todos os ajustes no tempo que vai passando.
Mais que uma lembrança, serás o Condor de Asas abertas no meu céu, sobrevoando o mar que me fascina, seduz para além do horizonte, em vagas e marés ...
Um Oriente sedutor, de travo a canela e verdes maçãs. ...
Alucinada, deito-me no sonho que já foi nosso, exalo os perfumes de todas as alegrias.
Das lágrimas que comungaram no altar de duas almas invisíveis, um destino em que a luz que cega a escuridão...
Intemperes, que não se planeiam, acontecem! ...
Nada é demasiado perfeito, nem tão pouco imperfeito, que não nos faça feliz....
Na realidade acredito em vidas cruzadas, acredito que nada acontece por acaso! ...
E se se nos cruzamos!
É, porque necessitava-mos um do outro.
Não há desculpas suficientes, que o possam contrariar ...
Os obstáculos, que nos separaram, são os mesmos que sempre nos unem.
Respeito e Amizade ...
De modo que, de alguma maneira, nunca chego a tombar nesse chão frio de desilusão ...
Apenas, aquela nuance de melancolia, que espreita ...
Que aglomera toda a genuinidade de uma só verdade, GOSTAR! ...
E esse poder da mente, é muito mais belo que todo o coral rosa, muito mais poderoso que todas as lágrimas que derramei sem ti. Que justifiquei na plenitude do silêncio, na mordomia de viver dia após dia.
Ainda reanimo as palavras, para que não morram na praia.
Para que valorize o imprevisto, no mais comum dos factos de GOSTAR, INOCENTEMENTE!
...
Depois....

Carinhosamente

Ana P.

23 fevereiro, 2012

LÉS A LÉS ...

LÉS A LÉS ....


Na boca
recolho marés
Procuro
o Profeta Azul ...
Guardião de Pergaminhos
De
Faces secas, quebradas ...
Mar
de lágrimas salgadas

Areias movediças....

Palavras
que nunca falaram ...
Mistificaram
Poeiras ...
Mesclaram a
Terra cota alaranjada,
Cor de fogo
Abençoada ...
Profecias sem voz
Linha recta , círculo de cruz
Baloiço de sisal ...
Interrogações de um velho cristal
Pedestal solitário
Algemas de lucidez
Áureas isentas de luz ...
Avalanches bolorentas
Penas negras
Aves agoirentas
Jazem em neve dourada ...
Claustrofobia acelerada
Miragem
sem deserto
Sem espaço além do nada ...
Poço
de invertido fundo
Esfinges
brancas abandonadas
Palestras
elaboradas
Mães e Filhos do nunca ...
Sementes
imaginárias
Trajectos projectados
Em
Névoas que caiem da madrugada ...

de um
Corpo
que sempre foi a estrada ...

Lés
a lés em cada maré ...

Ana P.


22 fevereiro, 2012

ESFERA FELINA ...

Esfera felina...

Fragrâncias
que apontam
o olhar delineado ...
Cada vinculo da face que muda
Erosão do tempo sem idade
Uma presa indefesa
Culpa a cobardia ...
Flashes de exagerado azul
Clarões
que fuzilam os Ventos do Norte
Predadora
de Alma Imortal ...
Eterna
Perdura discretamente
No
Perfume alado de Rosas selvagens ...
Em
Cada semelhança um
Ápice disfarçado
Perversa ...
Quer por termo
mas não se sujeita a um FIM qualquer ...
Caminha por entre
Vendavais de jogos silenciosos,
Chuviscos de lama erudita
Gravita
no desespero do chão ...
Desejos vagabundos de uma qualquer
Aragem....
Desfazem a forma perfeita
dos círculos
Agora Ovais
Embalados nas correntes de ar
Perturbam
o colorido afrodisíaco
Magnético Íman
Nuances
de brisas passageiras ...
O cheiro da flor da amendoeira ...
No rosto de um sorriso
Fielmente Feminino ...
Mulher,
nada mais....

Simplesmente ...

Felina ! ...


Ana P.

AEDO ... Dueto Ana P. / Jc Patrão

AEDO ...

Filho das Musas
Segredo inacabado
Rosto de pedra polida
de
Gigantes Olhos
Com personalidade mágica
Que vêem
de fora para dentro
Testando ventos e cores
Lavrando na pele a Tatuagem Vadia
Tocando fulgores
Agonia ...
Legítima liberdade da Alma
Aprisionada numa bolha de sabão
Soltando-se como uma caravela
Estandarte no corpo
em sintonia
de uma dor silenciosa
AEDO
de Solfejo Aberto ...
Sopro que escapa
dum pensamento perdido
Concede-me o sorriso
Daqueles que nunca param
Mesmo que seja filho
De um demónio
O
Desejo de voar
Olhos nos olhos
Asas estendidas
Rasgando Céus
Ignorando nuvens negras
discreto suspirar
Na margem da face
De uma pele
Envolta em chamas
o rubro cobiçar ...
Procuro-te
Na desorientação da luz
Que ilude
na inclemência da instância
Provoco
O suborno de uns lábios
Contornos de expressão
Desenhados em velho papel
De desgaste renovado
Cor púrpura
Lilás e Violeta
Simbolizam a fala da escrita
Delatadas nas mãos
Que envelhecem
Mas não se cansam
De percorrer metáforas
de um Sonhador Acordado
atraído eternamente pela
Perdição ...

Ana P. / Jc Patrão
22/02/2012

21 fevereiro, 2012

INGÉNUOS PECADOS ...

INGÉNUOS PECADOS ...

Ainda que bastasse um reino
desbotado de pétalas aveludadas...
E todas as fontes vertessem
sangue de rosas selvagens ...
Bravia, ânsia ...
Desejos com alma
que apertam o coração ...
Onde o dia, não fosse só meu.
Esperaria ?!... Talvez! ... E se ...
Enclausurasse,
o destino de cada silêncio...
Ante-pé fugiria do dia,
procurava a sombra da noite ...
Em cada desfecho
Aprovaria o pecado, que se antevia....
Pétalas soltas nos ventos,
Caídas da alta muralha
Perfumadas alucinações...
Desfazem o novelo no peito,
a rudeza fria de um estranho leito ...
Vontade deserta na alma
Reencontra o corpo ...
Tactear,
a forma mais próxima de provocar ...
Sedução...
Perto dos lábios,
ofegante respiração ...
Domínio de Croa Invisível,
Passaporte do Beijo.
Paixão...
Gulosice em cada Manjar
Banquete dos Deuses
Roseiral encantado,
de pétalas rubras de Ingénuos Pecados ...
...


Ana P.

20 fevereiro, 2012

ALMA ...

" Que a Alma, não aprisione sentimentos
em Mãos, que não se negam a escreve-los" ...

Ana P.

CARTAS AO VENTO 20/02/2012

CARTAS AO VENTO 20/02/2012 ...



Quando me sinto perdida...
Procuro abraços nas palavras, no conforto de simples razões...


Poderia ser a devoradora de um tempo que julgo ser meu, mas não serei mais que uma breve passageira na viagem que me cede o tempo.
Por mais que questione, não obterei todas as respostas, nem se esgotaram todas as questões.
Vivo no limiar de um fogo invisível, onde a combustão será sempre o iminente rastilho.
Não tenho pretensão de ser mais uma estrela, mas orgulho-me de me sentir próxima delas....
Revi todos os extractos de momentos, resumi todos os fragmentos e sucumbi no silêncio de cada ausência.
Particularmente entristece-me, todo aquele (es) que escolhe(m) o silêncio, como passadeira ambulante , que se limita a ser um mero espectador. ...
Jamais serei um exemplo, mas para quê um exemplo se todos os dias se aprende novas lições. ...
Minhas asas são a capa do livro que acolhe as palavras que me ensinam, são o traçado sorriso ao encontro das lágrimas que não chego a chorar.
São traquinices que me ensinam a superar. ...
Não lamento os momentos que passaram por mim, lamento todos aqueles em que apressada nem os senti....
Hoje escrevo, planeio repor a consistência de não os deixar passar em vão.
Tenciono chamar até mim a importância de cada página, que nunca planei escrever.
Hoje, por momentos quero não me esquecer. Tudo o que sinto é a essência que não me deixa enlouquecer .
Li pensamentos que se opunham a mim, atrevi-me a reconstruir sonhos de olhos abertos, com os pés no chão....
Senti a falta plena da ingenuidade do silêncio...
Com alma pintei as telas no mural dos dias, expostas ao anil dos ventos ao colorido intenso do Arco-Íris melindrado com azafama dos meus dias....
Sinto-me conquistada.
Abençoada pelas misteriosas asas que me levam, para lá de cada muro, para lá dos jardins que desconheço.
Muito acima do azul céu e tão próxima do magma que reside na terra.
Não conquistei o céu, porque não sei a alquimia do azimute que o possa definir.
Desconheço o infernal inferno, de que tanto oiço falar....
E quando as portas se fecham, procuro o sol nas janelas, abro postigos por onde possa passar...
Não tenciono ser melhor do que, nem pior do que ...
Portadora de um domínio perfumado de palavras, que exala o incenso de sentimentos, marés ...
Lágrimas de seiva que fermentam o sangue na corrosão abrasiva de sentimentos, ciúme, traição, paixão ....
Pandora de momentos, que descrevo nas páginas que fomentam a credibilidade de um tempo, onde não existem alternativas.
Uma ingenuidade sem asas, que ainda pode voar....
Mensageira de equinócios, que se contemplam de olhos vendados... Atenuam os ventos do rosto ...
Nos sorrisos que minha boca liberta .
Em lágrimas que ficaram prisioneiras, no silêncio das tuas palavras....


Carinhosamente

Ana P.

14 fevereiro, 2012

...VANGUARDA DESCONHECIDA ...

" Não sei se nasço nos dias, ou se os dias nascem em mim.
Desconheço o dia que pedi para nascer.
Não me revejo no dia em que pedirei para morrer ...
Serei, a Vanguarda Desconhecida à mercê de um Tempo."

Ana P.

13 fevereiro, 2012

CARTAS AO VENTO 13/02/2012

CARTAS AO VENTO 13/02/2012 ...

Meus olhos migram ao encontros dos teus...

Contemplava o pequeno Éden de Lembranças.
Exorcizava das saudades o perfume que te pertence.
Enamorada. Agradeço-te, a essência que faz de mim, a vigorante agilidade de quem ama de olhos abertos e de olhos fechados...
Em controversa, partilho alguns pecados... independentemente de significados.
Que parecendo simples, são a errata que devemos salvaguardar ...
Pois, o AMOR! É uma Metamorfose ...

Enfim!...
Sentia o arrebatamento no peito da eloquente grama de carinho que nos bastava.
Do ênfase, das frases o relevo que predomina na ironia de cada sentido.
À mercê dos mais profundos silêncios.
Considerava todos os rascunhos de cartas que nunca te enviei.
Foneticamente apelavam o conforto de querer-te por perto, invocavam todas as preces que me faziam feliz.
Afortunada por te ter, um Viciante Duelo entre a Alma e o Coração.
Sentia-te como uma sensata razão, um espólio livre sem protecção.
Solitária cavalgava, nas asas do vento que me levava para ti.
Misterioso, ele apenas sorri... Não questiona, como foi que te conheci! ....
Ainda recupero no júbilo, os dias que passaram.
Sem planear, fortaleço nas sombras que deixaste ficar.
Antevejo o tempo, como aquele um discurso que não soubeste ponderar...
Fiz-me, Estação de um tempo. A paragem escondida onde de te vou encontrar...
Fiz um pacto!
Deixei-me levar.
Das janelas dos meus sonhos, vi tua estranha forma de me amar ...
Fechei os olhos! ... e fui ao encontro dos teus . ...
Contornei o silêncio, que nunca ignorou tua ausência.
Respeitei a liberdade de seres quem és ...
Na Metamorfose de ser, quem SOU! ...
Nas mudanças que ajustaste em mim ...

Carinhosamente


Ana P.

11 fevereiro, 2012

CARTAS AO VENTO 11/02/2012

CARTAS AO VENTO 11/02/2012 ...

Adormeço contigo.
Sempre contigo...
Mesmo que lhe possa chamar de " Cliché ".
É sem dúvida a combinação exacta, de um tempo que ainda existe de nós dois.
Num diário aberto que nunca interpretaste.

Desejei liberta-te por inúmeras razões.
Ao certo não poderei conta-las...
Apenas sei, que de uma certa certa forma excedi o limite da fracção do tempo.
Usei um Universo de malabarismos, para subornar a alquimia de gostar. Explorei todos os espaços abertos que não me impedem de sonhar.
Dei comigo a divagar!...
Senti-me, uma triste errante inebriada na luz desse teu olhar.
Arrebatada suplicava ao tempo, que combatesse o cansaço.
Pedia esmola nas memórias.
Não queria que partissem...
Não as queria distantes...
Necessitava do seu perfume.
Da proximidade de combinar um gesto no silêncio das palavras que nunca falaste...
Carecia dos murmúrios desse olhar, aqueles sussurros embevecidos no sorriso disfarçado.
O grito de cada abraço no final das horas contadas, nos minutos e segundos que ocupávamos o mesmo espaço. ...
....
Passageira clandestina, ou uma águia de rapina.
Um pedaço marginal, outro angelical.
Ai!...
Como, me sentia fenomenal! ...
Algo fora do normal ... Extasie gravitacional...
Poderosa Felina, neste reino animal...
Mordomias temperadas com lágrimas de sabor a sal. Iguarias sensuais, de desejo carnal.
Flora radical de inseparável paixão, raízes ....
Que se propagam nas entranhas do coração.
Salpicos de palavras, que nos confrontam, os se não ...
Intransigências da vida, nos becos da solidão.
Onde, as Palavras são réplicas que nos desmoronam no chão...
Cataclismos, que viciam fraquezas e desorientam os sentidos.
Um rumo, sem rumo ...
Avareza do tempo.
Guilhotina em nossas mãos. ...

Na paz onde adormeço contigo ... À procura de uma simples razão!.

Carinhosamente

Ana P.

08 fevereiro, 2012

CARTAS AO VENTO 08/02/2012

CARTAS AO VENTO ... 08/02/2012

Ser Mãe!
É ter arte, no saber AMAR ...

Calculei a performance de um sonho, quase perfeito.
Emancipada, luto dentro de " Quimeras"Isoladas.
De dentro para fora, aperfeiçoo as arestas de todas as vertentes da vida.
E de fora para dentro refugio-o, a dinâmica de variedade de riscos que não se calculam, acontecem!...
Despojos que se soltaram, outros deixados pelo o desleixo de um uso vão,... Ficaram.
Percorri o ínfimo de um todo infinito. Confrontei as chaves de todos os porões, sacudi o pó bolorento de todas as tábuas. Fundi todas a fechaduras lacradas...
Saltei no espaço que o tempo remenda.
Dou uso à sua manta de retalhos superando-me em cada dia que por mim passa...
Baixei a freática cortina de tristeza que mora entre os olhos e coração... Tão próximo dos afectos que partilho e aconchegada nos sentimentos com quem coabito.
Sentir-me a milhas, à distância presenciar o cansaço que se quer tornar compasso, teimando ficar ...
RESISTO!...
Resisto, porque é a simbiose perfeita da força que desconheço. Uma prova de reticências em cada incógnita. Surpreendentes e resguardadas na invisibilidade de um olhar.
Fazendo-me a guerreira... Estrela do Mar, sem Mar ...
Ainda pergunto demasiadas vezes, o porquê da revolta deste Mar?! ... A ira sem sentido, que veio e que não quer voltar.
Revelo aos sonhos, que a distância quer subornar-me....
Acordo, com a imagem que não me deixa apartar, a menina Princesa, pequena Sereia do meu Mar.
A Musa Estrelar do brilho deste olhar, toda a verdade das lágrimas que me fazem ficar.
Um espaço aberto na felicidade do seu abraçar.
A sintonia da palavra mais perfeita que o Mundo, têem!... MÃE! ...
... Trás-me a LUZ e o Luar.
O sentido mais prático de " AMAR "... MÃE! MÃE! MÃE! ...

Que nunca te canses de me chamar, Mãe! ...

Carinhosamente
( Dedicado aos meus filhos, Rodrigo e Matilde.)
( A todas as Mães.)

Ana P.

07 fevereiro, 2012

NIRVANA ...

NIRVANA ...

Inércia ...

Não planeei,
Contemplar o Manto Branco
De Templos Esquecidos ...
Na sedutora vaidade, descobrir um apelo
de uma ágil quietude,
imobilidade...
Isenta de movimento,
sossega a beleza Monumental
de um Tempo
que Priva num Espaço ...

Baile de Mascarás...

Consciência de nobres razões,
julgadas nos actos...
Ou ...
Desacatos inconscientes de um Dejá-Vu Imortal ...

Num sopro...
levitar, para lá ...
Fragrâncias de culto, sem vestes
num
ritual com Alma...
Encontro da razão ...

Respiração! ...

Apoteose de uma Vida
em que a melhor Homenagem ...
É a Imagem
que prevalece, no Olhar ...
Na
Cordilheira do Horizonte de cada Sonho ...
Na
Colina que Alcança o Céu ...
Num
Mar Exacto de ...

Incenso de Nirvana ...


Ana P.

05 fevereiro, 2012

CARTAS AO VENTO ... 05/02/2012

CARTAS AO VENTO ... 05/02/2012

Supostamente nunca escreverei, metade de tudo o que sinto.
Reservarei a proximidade de cada sonho.
E por instantes emprestarei minhas asas, para que possas voar...
Na liberdade das palavras que não sabes prenunciar ....

Descreverei, encontros da verdade que tantas vezes rebuscam os tragos de felicidade.
Esconderei hipoteticamente o fogo que arde sem se ver. ...
Aquele que tanto consome e corroí, o sossego da bonança no meu peito.
Desejei repetidamente ser a página branca, do livro enegrecido. Ser o pranto de um fogo adormecido, o murmúrio gritante ao teu ouvido...
O anjo sem asas que te acompanha, o mistério do arco, sem flecha ...
Serei a memória que não esquece, fortalece...
Presentemente um vazio ...
Um vazio tão repleto de afectos, que fragmentam a ausência .
Odores singulares ...
Essências que diminuem a dor.
Hoje! ...
Acordaria, as mais belas palavras adormecidas ...
Expunha todas as estrelas do meu céu, para iluminar as palavras que sempre te dedico...
Mais que encantadas, seriam as gargalhadas do meu olhar.
Onde, narro os silêncios do meu coração. E em cada lágrima invisível, o manifesto de quem Ama...
Poderia escrever-te uma epopeia, manifestar a grandiosidade da palavra sentimentos...
Poderia escrever-te, ou melhor descrever-te esses momentos.
Fazer de ti, o Brasão caído nas folhas que ficaram no chão... mas, fiz de ti o meu vento!...
O mais secreto pensamento...
Um segundo do meu tempo...
A verdade da razão, onde nasceu a paixão...

Escrever-te-ei, a lenda de que falam minhas lágrimas quando me beijam o rosto ...

Carinhosamente

Ana P.