20 fevereiro, 2012

CARTAS AO VENTO 20/02/2012

CARTAS AO VENTO 20/02/2012 ...



Quando me sinto perdida...
Procuro abraços nas palavras, no conforto de simples razões...


Poderia ser a devoradora de um tempo que julgo ser meu, mas não serei mais que uma breve passageira na viagem que me cede o tempo.
Por mais que questione, não obterei todas as respostas, nem se esgotaram todas as questões.
Vivo no limiar de um fogo invisível, onde a combustão será sempre o iminente rastilho.
Não tenho pretensão de ser mais uma estrela, mas orgulho-me de me sentir próxima delas....
Revi todos os extractos de momentos, resumi todos os fragmentos e sucumbi no silêncio de cada ausência.
Particularmente entristece-me, todo aquele (es) que escolhe(m) o silêncio, como passadeira ambulante , que se limita a ser um mero espectador. ...
Jamais serei um exemplo, mas para quê um exemplo se todos os dias se aprende novas lições. ...
Minhas asas são a capa do livro que acolhe as palavras que me ensinam, são o traçado sorriso ao encontro das lágrimas que não chego a chorar.
São traquinices que me ensinam a superar. ...
Não lamento os momentos que passaram por mim, lamento todos aqueles em que apressada nem os senti....
Hoje escrevo, planeio repor a consistência de não os deixar passar em vão.
Tenciono chamar até mim a importância de cada página, que nunca planei escrever.
Hoje, por momentos quero não me esquecer. Tudo o que sinto é a essência que não me deixa enlouquecer .
Li pensamentos que se opunham a mim, atrevi-me a reconstruir sonhos de olhos abertos, com os pés no chão....
Senti a falta plena da ingenuidade do silêncio...
Com alma pintei as telas no mural dos dias, expostas ao anil dos ventos ao colorido intenso do Arco-Íris melindrado com azafama dos meus dias....
Sinto-me conquistada.
Abençoada pelas misteriosas asas que me levam, para lá de cada muro, para lá dos jardins que desconheço.
Muito acima do azul céu e tão próxima do magma que reside na terra.
Não conquistei o céu, porque não sei a alquimia do azimute que o possa definir.
Desconheço o infernal inferno, de que tanto oiço falar....
E quando as portas se fecham, procuro o sol nas janelas, abro postigos por onde possa passar...
Não tenciono ser melhor do que, nem pior do que ...
Portadora de um domínio perfumado de palavras, que exala o incenso de sentimentos, marés ...
Lágrimas de seiva que fermentam o sangue na corrosão abrasiva de sentimentos, ciúme, traição, paixão ....
Pandora de momentos, que descrevo nas páginas que fomentam a credibilidade de um tempo, onde não existem alternativas.
Uma ingenuidade sem asas, que ainda pode voar....
Mensageira de equinócios, que se contemplam de olhos vendados... Atenuam os ventos do rosto ...
Nos sorrisos que minha boca liberta .
Em lágrimas que ficaram prisioneiras, no silêncio das tuas palavras....


Carinhosamente

Ana P.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.