29 janeiro, 2014

BLOCO DE NOTAS 28/01/2014 .... Eterno ...

Eterno.

Não sei defini-lo no tempo ou se o tempo se define nele.
Não sei o até quando, ou até onde...

Deixo que o perfume dos meus olhos encontrem o perfume dos teus.
Deixo em mim, a incansável saudade de não me deixar esquecer.
Esquecer-me de mim, de ti.
Dos momentos que inauguram as memórias do passado, no mural deste presente. Não tenho horas.
As lembranças embarcam nos dias, como os dias embarcam nas noites.
Belos!
Belo, como o fascínio de um arco-íris inesperado que mordica as cores para lá do horizonte que meus olhos beijam.
Suavizam a eternidade que julgo alcançar, nos dias que custam a passar.
Desejo ter palavras ardentes e não arder nas palavras.
Consentir que a loucura me denomine sem ser dominada.
Arder eternamente nas lembranças que atiçam o magma do fogo que me habita. Eterno não será o tempo que me tiveste, mas aquele que não esqueces.

Aquele que atentas diluir nos dias que precederam.

Ana P.

BLOCO DE NOTAS 28/01/2014


De sexo para sexo:

E, Tu?!!
Que falas de sexo, como se este se comesse com talher.
Opá!
Sexo, é para se comer à mão.
Que lixe as etiquetas!
Porque quando olhares para o preço, passa-te logo a fome toda.
E o tempo que demoras a saber qual o talher correto.
É o orgasmo que não terás.
Deixa-te disso.
Não finjas que não sabes do que estou a falar.
Ousa-te!
Não ouses chamar-me de tarada.
Porque tarada(o) és tu!
Porque, não sabes do que falas...

Ana P.

13 janeiro, 2014

BLOCO DE NOTAS 13/01/14

 
Horas...

Aqui, não há pressa. Não há azafama de tempo contado.
Aqui! Há tempo para contar os momentos que foram, com vontade de voltar.
Doí-me a saudade.
Doí-me por dentro e por fora. Nada se iguala ao que passou.
E o que se possa passar será diferente. Tão diferente como a mulher que se olha no espelho, à procura da menina. Tão diferente, que o silêncio nos diz tanto.
Já não procuramos a paz do silêncio, mas a voz que se solta nas palavras.
Que aos poucos aprendemos a escutar.
Doí -me a alma, quando de nada julgo saber.
Atraí-me o desafio que nos tecem os olhares. As plataformas que nos ajudam a superar.
Atraí-me a mais leiga das chuvas, que nos pinta o arco-íris num céu nunca visto.
Ainda me surpreendo por gestos que não imaginei ter. Pelo o abraço distante que nos aproxima. Pelo o toque de uma mão, e o sorriso que nos rasga o olhar numa equidistância em que os beijos nunca ficam por dar. Vale-me o conforto do olhar . Que por variadas razões, são o naco da fome que me sacia a vontade de apreender amar. Amar é a jornada. Pode ser tudo, ou simplesmente nada... Pode ser a flor, a poeira a brasas mortas de uma fogueira. Uma casa, a fronteira ou a maior das barreiras. Doí-me o tempo que não senti passar, que não me deixou nada para contar...

Ana P.

06 janeiro, 2014

CARTAS AO VENTO 05/01/2014

Ás vezes há um cansaço iminente.
Há dias e horas que nos desgastam, que jazem nas memórias que não desgrudam do pouco que temos, do muito que será sempre desse tão pouco.
Teima o tom do que penso, sobre o tom do que nos deixaste para pensar.
Fantástica a nostalgia que seduz, que enaltece o que queremos e onde podemos chegar.

Não tenho meias medidas nem meias palavras.

Todavia existe paradigmas de momentos eternos, de momentos que são o chão, as asas ou até mesmo a âncora das memórias que nos agitam.
Nos lembram as vezes que forem necessárias, para que não nos esquecemos de nós.
Lúgubre é não relembrar. Não ter nada para dizer, fazer ou agradecer.
Em cada silêncio a euforia das palavras faz laços.
Laços que prendem , se fazem e desfazem para se voltar a fazer.
Mora em nós a sapiência dos medos, das perdas, de todas as alegrias que não nos atrevemos a contar. Coabitam para além do conhecimento. Para além da razia de cartas que escrevem e descrevem o mais simples ato de cada sentimento, que não nos deixa ficar para trás.
Para trás ficaram as palavras que não nos atrevemos dizer, todas aquelas velhas lágrimas que repuxam a agonia de horas menos felizes, de dias menos bons.
Nada é perfeito. Se assim fosse, não teríamos nada para contar.

Carinhosamente

Ana P.

05 janeiro, 2014

FATAL...

Lá no vento dançavas.
Escondido das sombras
Lembras-te
de momentos,
Do cair simples, da chuva...
Da lucidez
de um pacato beijo roubado.
Outros que não foram dados.
E de muitos que dados,
nunca te foram tirados...
Ainda
permaneces no Perfume
do Passado,
na Fragrância do Presente,
emanas o Aroma que te trilha o Futuro...
Lembras-te?!
Porque difícil seria esqueceres
o que gravas de olhos cerrados,
no coração.
No mural de uma Alma
isenta de escravatura...
Pecados?!!
Toda a luz que encandeias, no sorriso.
No zombar do brilho dos teus olhos...

Quando perto dos Meus,
encontras os Teus ....


Ana P.