29 junho, 2011

ETERNAMENTE MORTAL ...

ETERNAMENTE MORTAL ...

TU! ...

Porque não dizes, quem sou?!
O que quero...
para onde vou ?!! ...

Sentei-me no teu colo solidão ...

Fiz do meu medo
o cavaquinho de percussão ...
Escutei
batimentos, fervilhando
na
cápsula de fulminantes sentires ....

Onde mora um coração ...
Que
em desacatos com a mente
faz preces de lágrimas, Meu pranto! ...

Chorado
a alma, desatina ...
Sentida
e amuada, não se dá por vencida ...
Aprofunda
mais as feridas ...
...

Tu! ...

Que colo não negas,
embalas-me contra o peito
E eu construo sonhos
em sonos quase perfeitos ...

Deixa,
que se abram as portas
e se construam janelas ...

Deixa,
de molestar o medo
que faz de mim, a eterna Criança ...
Num corpo
que apenas cresceu...
Onde
continuo a ser, Eu! ...

Momentos
que
caminham na Eternidade! ...
O
espelho em que me vejo ...
em
nosso beijo, MORTAL! ...

SAUDADES! ...

ANA P.

27 junho, 2011

AMO-TE!

AMO-TE! ...

" My daughter, the dictionary of words that teaches me to grow ...
The literature that is not learned in books or in philosophies.

As palavras que me ensinas são as maiores verdades da minha vida. As palavras que já sabia, aos poucos revelaram-se insignificantes ..."

" AMO-TE!"...

ANA P.

26 junho, 2011

INSANA, EU?!!.

INSANA, EU?!!.

Meu coração denuncia
palavras que nascem nas raízes dos sentimentos ...
Palavras simples, massudas ...
Sorridentes, ou de pura tristeza ...
Sentimentos, navegadores de momentos ...
A corda do tempo, sem tempo ...
Ilimitados segundos, infinitas as horas que passam ...
Marioneta das estações, clemencia de logres olhares...
Enclausurados nos apeadeiros dos anos
Longos,breves...
Iguais ...
Enganos, desenganos ...
Rigorosamente iguais ...
Sempre iguais
Trezentos e sessenta e cinto dias, mortais ...
Tão absortos de nós ...
E nós?! ...
Querendo sempre mais, mais ...
Mais palavras que justifiquem
Palavras que alimentem
o amor...
o ódio ...
Palavras punhais,
banais
de contos rivais, histórias de amor...
Actos com flores, mil e uma cores ...
ou simplesmente negras ...
As
andorinhas pintando os beirais ...
as noites, os dias maus
de semblantes cinzentos ...
Palavras no vento, vendavais de cega fúria ...
Palavras que atormentam
ou sábias demais...
Palavras vestidas arco-íris incolores ...
Palavras ...
Farpas, armas ou bouquet de flores ...
Palavras ditas, malditas ...
Palavras
soltas nas chamas que me queimam o peito ...
que evaporaram as lágrimas
que caíram do rosto ...
e
rastejaram nos trilhos
da alma ...
Numa mente que brilha
que sente...
Porque ainda me sinto,
HUMANA!
De insanas Palavras ...

ANA P.

25 junho, 2011

OCULTA ALQUIMIA ...

OCULTA ALQUIMIA ...

Sempre foste alquimia,
Mosteiro da minha alma
as asas da mente que voa
segredos que se gritaram,
que não podemos escutar ...
O som das pedras
que deixamos
Rolar ...
A montanha de tez azul
que deixa as águas passar ...
Pedestal de silêncio
que protege o nosso
Livro Vermelho,
lapidado com lágrimas rubi ...
Aroma da profecia,
que tatuamos, assim ...
Em
cada página, A conquista
nos becos da madrugada
À nossa frente apenas...

Aquela estrada! ...
A
liberdade que não se esconde
no infinito do peito ...

Quantas horas partilhadas?! ...
Quantas horas por saber,
se são as sombras
das saudades que não se perderam,
nem nos deixaram esquecer ...
Dunas
moldando os corpos
em leitos de pedras brilhantes,...
O sorrir
de diamante ...
De
pinturas abstractas em
planícies de tom laranja
que mesclaram horizontes...
Telas
de solidão no vermelho coração ...
Manto
de poeira
a gravitar sobe chão....
Cinza de estilhaços
que nunca formam ilusão...
Rosas
de chumbo negro, derretidas
no calor desta paixão ...
Corações de veludo
na luz do luar ...
Tendências dos nossos verbos ...

SABER
AMAR !!...

Quanta chuva de prata,
deixamos o rosto beijar ?! ...

Quantas vezes em amor,
nos deixamos afogar?!!...

Quantos ventos traçados de
alento nosso mosto ...~

Quantas vezes falamos
e nada soubemos dizer ...
Promessas
sussurradas ao vento
que nunca chegaste a saber...

Filosofias de vidas ...
Que ocultaram o nosso querer...
A alquimia
que não nos deixou esquecer ...
Metáforas do tempo,
sem para tempo para se dizer ...

"AMO-TE!" ...


ANA P.

21 junho, 2011

CARTAS AO VENTO ...

CARTAS AO VENTO ...

És uma ilha,
rendo-me aos teus pés ...
UMA
navegadora nas nossas marés...
Crisol lapidado, na pira desse teu fogo ...

E assim, esta é a história que escrevo para nós ...

Eu vi o sorriso dos teus olhos a felicidade do teu olhar, quando aguardou o aproximar ...
Senti a ânsia,
o desejar teu doce beijo a forma meiga de me tocar ...
Vi emoção, o fogo invisível da nossa paixão.
Corações inquietos em corpos famintos que conhecemos tão bem ...
E o aproximar, foi uma explosão a certeza que não se enganou, nem foi ilusão.
Os dois rendidos nas brasas desta estranha paixão... Fulminante, sem explicação.
Como crianças em locomoção.
Gestos que nos denunciavam evidentes demais como andorinhas nos seus beirais ...
De asas ao vento o alento de querer muito mais ...
Sabor da verdade que outrora ditou a separação, são os laços rubros do nosso gostar.
Toda a verdade que ficou por se falar ...
Pregadas com setas que o tempo quis dominar, as horas passam ninguém as pode parar...
A partilha que não podemos abdicar ...
Simples significados que se podem alterar no tempo, que faço questão de não me lembrar de te ...
Esquecer! ...
Uma mensagem dentro garrafa na vastidão do meu mar ...

Onde :

Relembro o amor nas vagas do mar que me abraça a Alma ...
Relembro a importância das Palavras, dos Alicerces que fizemos ...
Relembro as Conversas, os Predicados que nos Uniram ...
Relembro a Verdade que o meu coração descreve, no Sentir dos teus Olhos...
Relembro a salutar Saudade, e toda a intensidade que nos Ilumina ...
Relembro o atrevido Sorrir, desse teu Olhar ... de Homem, sendo um Menino no meu Mar ...
Relembro que ainda temos tanto para Partilhar, Amar, Aprender ...
Relembro que quando se Gosta, o Tempo não faz esquecer ... Aumenta a intensidade de cada Momento...
Relembro a tua Clarividência, na Sagacidade do meu Desejar ...
Relembro a Felicidade no Azul do teu Rosto ...
Na serenidade Escarlate que te corre nas Veias ...
No tormento de me Amar, em cada Segundo que passa ...
que não podes bloquear ...
No silêncio que procuras em cada Encontro, que não deixamos passar por Nós ...

Porque, Gostamos demais um do Outro ...
Simplesmente, Nada Mais! ...

Aqui meu Amor, vim para te Abraçar, pedir aquele Beijo que no tempo ficou a dormitar ...
Eu sei, nunca me deixaste ficar, tinha certezas que só uma Mulher sabe decifrar ...
Sabia que partirias, mas que breve, breve irias voltar ...
Eu era o Farol, a Luz nesse teu Mar ....
O Oxigénio que não se pode dispensar, a outra margem que da Ponte se pode avistar ...
No peito de um Homem que por vezes se Isola, com medo de ficar à Deriva na Vida ...
Um Pássaro de Asa caída, com Medo de Voar ...

( Qual significado do Arrependimento, quando não se têm Alternativa?! .) ...


Carinhosamente


ANA P.

19 junho, 2011

ENLACES DO OLHAR ...

ENLACES DO OLHAR ...

Sentei-me
na pequena duna
bem perto do mar, que amo ...
Senti
a frescura da brisa
envolta na maresia ...
Deixei
que os laços do sol
me beijassem a pele,
rastejassem no meu corpo
em
formigueiro atrevido ...

Olhei o céu...

Procurei as gaivotas
Avistei o azul horizonte que se perde,
diante da íris dos meus olhos
Fiquei imóvel, solta ...
Por
momentos, senti-me rodeada de mar...
Rodeada
de muitas quimeras, tangentes
que retocam a alma ...
Um
ponto onde a mente, comanda ...

Senti-me, Azul...
Azul de céu, de mar...
de imensidão ...

Senti-me Verde ...
Rainha de limos e de algas vivas ...

Senti-me Coral..
Princesa das conchas dos búzios
de pequenas pedral, de brilho cristal ...

Senti-me, Gaivota ...
A ave livre, que beija o sol ...

Senti-me Areia...

A
Deusa, amada do mar
que tanto corre, para a abraçar ...

Senti,
a candura do manto branco da espuma
que se aglomerava para eu passar...

Senti-me Imensa,
A onda gigante
que me veio abraçar...

Amei tanto ...

Que amara levitar, neste pedacinho de sonho
onde acordada ...
Fui capaz de sonhar ...
Na
duna de areia, onde beijei o Mar...

Construí meu castelo
na represa de um olhar ...

Momentos para partilhar,
em cada virar de pagina,
soprando maresia nas essências
que acabam sempre por ficar ...

Enlaçadas no olhar...

ANA P.

18 junho, 2011

DISFARCE DE INSTANTES ...

DISFARCE DE INSTANTES ...

Morte
quantas noites
quantos dias ...
Ainda por contar,
quantas ceifas feitas
nas estações do luar ...
Morte...
que matas, decepas...
Nunca chegas a partir ...
Nunca dormes,
nem sentes...

Não falas...
Inventas, o grito no silenciar das horas ...
Angustias de apertos no peito
que se
perdem no vácuo infinito, do tempo ...
Amordaças
que calafetam momentos ...

Não os deixam fugir do pensamento ...
...
Morte efémera de instantes
alojas-te nos corpos...
Parasita solitária...
a doença incubadora
que se esconde em nós ...
Gravita no túmulo da alma,
atormenta a solidão ...
Túneis de sangue,
lava de lágrimas escarlate
Chagas lacrimejando nas mãos,
a voz rouca delirante
o pulsar do coração ...
Sonhos negros de espadas flamejantes
estilhaços ensanguentados
a ferro quente cravados ...
Asas de anjo tombadas
feridas que não saram,
ficam guardadas...
Em
cada socalco pela morte apedrejados ...
Cruzes de paus,
leitos sombrios ...
Lápides
de pedra as nossas, calçadas ...
No
luto de cada madrugada,
Sentenciada! ...
Oh! Morte disfarçada ...

ANA P.

CARTAS AO VENTO ...

CARTAS AO VENTO ...

Escrevi para clarificar
o meu verdadeiro, significado da palavra, Amigo(a)! ...


Quando secretamente escrevia palavras de cores invisíveis, tatuava no peito o amor, carinho e o respeito.
Tomei a liberdade para vos falar da pessoa simples que sou, como vós também tenho um avesso de mim.
Nem sempre compreendido, parece um decalque a justo preceito, pode ser aquela pequena parte de mau feitio, talvez! ...
Sim, pode ser a pequena dose, que faz a diferença de cada um. " Maldita cocaína", é assim que lhe chamo, porque é a parte que me tira do sério.
Aquela que mais fere no meu peito de menina, mulher...
Já desejei não o ser, não levar tão sério as acções de outros, mas na verdade não consigo...
Lamento! Não estar ao alcance de todos mas por vezes, o alcance não se ajusta ao que penso, nem mesmo ao respeito que sinto pelos outros ...
Quando digo ponderação é mesmo isso que penso, como ser humano à que refletir em tudo que nos rodeia.
A vida de cada um não se resume só na amizade, no emprego, no valor de cada e nas suas atitudes... é estar mais além de ...
Há que tomar a liberdade no valor de cada amizade, num conteúdo genuinamente verdadeiro.... fiel ...
Não considero amigos(as) só aqueles, que de uma certa forma estão de acordo comigo, que nunca opinam da minha opinião...
Amigos são todos aqueles que de uma certa forma nos ajudam a clarificar e a idealizar o dia a dia, que nunca serão perfeitos... é óbvio!
É aquele que nos diz directo, que erramos ...
Nos grita, se for necessário...
Nos faz chorar, de emoção ...
Amigos são lágrimas verdadeiras ...
Quando cegar-mos, é bom que tenhamos amigos que nos ajudem a ver, que sejam os pioneiros de uma nova visão...
Amigo, aquele que têm legitimidade para nunca nos mentir...
Amigo, aquele entrou na nossa vida, sem portas nem janelas ...
Amigo, uma clarividência que ilumina....
Já falei verdades que muitas vezes não foram fáceis de escutar ... que me fizeram chorar ...
Foram duras e um pouco cruéis, mas eram verdades que não se podem florear, têm que se chamar pelos nomes e pela azia de cada cor, não se podem sabotar...
Se o fizesse não estava a ser eu! ....
Seria camuflar um corpo, uma mente e deturpar uma mente que sente.
O que mais detesto, sim, o que mais detesto, são amigos que diariamente vivem, trabalham, brincam e partilham as minhas verdades, não tenham a humildade de despir o preconceito de apenas estender a mão, de me falar no rosto entre brilho dos meus olhos...
Amigo não cobra, amigo dá, reparte, está ....
Amigo não espera, vai ....
Amigo na joga, fala ...
Amigo, é ter a coragem de falar e de dizer ....
Amigo, não usa relógio ... está sempre presente ..

Porquê?! ...
....

Porque eu, como amiga lhe dei essa liberdade! ...

Se por um dia não for fiel a mim mesma, e ao valor que tenho por quem chamo, "Amigo", desculpem mas não serei eu ... Não me reconhecerei ...
A vida é como um arco-íris que aparece, mas nem sempre todos o vêem ....
Há que estar atento, para que não percamos a visão do verdadeiro sentido de cada amizade, cada uma no seu lugar com o devido respeito ... Eu gosto! ...
Para que cada acto nosso não seja reflectido para infelicidade de alguém...
Não sejamos a bijutaria, que adorna um corpo e a mente....
Sejamos amigos reais, verdadeiros! ...
Se é possível?! .... Claro que sim!
É difícil! ... Mas quem disse que ser amigo é fácil??!! ...
Eu,não...
e TU?! ... Que achas?!!

Carinhosamente


ANA P.

ROSA ...

Rosa

Tu ...
Elas ...
e
as Flores ...

Coroa de sonhos,
com atilhos de amor ...
Fragilidades de sentires...
A elegância acentuada
na beleza declarada ...
Apenas
Rosas, mais nada! ...

Uma menina ...
Uma mulher...
O nome ...
Um sonho ...

Rosa, a cor ...
Serena ...
Rosa que acalma,
silêncios
a paz ...

Rosas
flores de veludo
que embelezam jardins ...
Rosas
símbolos de tudo,
até em filmes mudos, rosas ...
que acolhem o amor
em vermelho vivo de paixão ...
Rosas
secas que sempre serão, Rosas!
Rosas
que sempre nos darão ...
Rosas
delicadas
com picos afiados...
Rosas
de bravas roseiras,
manto de pétalas em mãos vazias ...
Rosas
caídas no chão, trilhos de fé
de devoção ...
Rosas
pequenos botões
ou
simplesmente, Rosas! ....

ANA P.

16 junho, 2011

CARTAS AO VENTO ...

CARTAS AO VENTO ...

Meus queridos, amigos(as), conhecidos e desconhecidos...

Bem não sei porquê, mas ando um pouco melancólica.
E para fustigar a melancolia, nada melhor sentir o valor de cada amizade que me veste e despe.
Para todos que fazem parte de mim...

Num gesto ...
Num sorriso ...
Nas verdades ( que ás vezes fazem doer) ...
No carinho ...
No simplesmente gostar ....


Vou fechar os olhos, por momentos fugir do peso desta solidão.
Vou sentir os abraços, estender os meus braços para me aconchegar...
Saudades daqueles que me prendem o pensar.
Livremente não têm horas para me deixar...
Necessito do vosso murmurar, do silêncio de cada sorriso, que chama por mim.
Preciso urgentemente, de um segundo da vossa atenção, rastilho de pólvora que aclama o coração.
Quero um pouco de tudo, e um nada de nada ...
Aconchego os olhos no rosto daqueles a quem chamo de amigos(as), relembro frases, momentos, horas e sorrisos, relembro o quanto significam.
O quanto a mente sente a vossa falta, e a alma regurgita pedaços nossos, tão cheios de ... de tudo!...
Aqui, o quente das lágrimas aquecem as pálpebras, como um retorno da maré, a água que se sente nos pés, uma visita inesperada...
Aqui, deambulo nas palavras na projecção de luz, com que me iluminam, desconcertante a conotação que nos atordoa, um sim um não, e aquela lembrança menos boa ...
No entanto sinto-me expressamente proibida, de vos esquecer! ...
Sois as verdades de cada equinócio do meu sol, toda a quiromancia que desenha ambas as palmas das minhas mãos.
Em linhas rectas ou menos rectas, tão versáteis como o tempo que não sinto chegar, um desejo nas doces garras de um beijo que por instantes nos fazem sonhar.
A miragem na janela, do tempo que não vimos passar ...
Meu piscar de olhos, não me cansa ...

É uma sintonia na melodia, que quero convosco dançar...
é o oxigénio, que me faz falta para poder respirar ...
é o ruído, desta solidão, que não me deixa ruir ...
é a tocha que ilumina a alma e me faz sentir, que tudo na vida nos pode fugir...
é bafo quente na neblina, que por aqui passou ...
é o anjo sem asas, que sempre acreditou ...
é o sonhar, que nos pede para voltar ...

Eu nem quisera chorar mas ... as minhas lágrimas, são uma forma de vos beijar.

São as verdades das lembranças que ninguém me pode levar...
Memorias que não pediram para ficar, moram comigo ...
Sentires de uma alma, que não se limita a sonhar...
Amo a vida, mesmo que esta me faça chorar ...
A valentia, os amigos(as) que me ensinam a crescer ...
A minha força, a minha vida, a minha fome, a minha cegueira, os meus filhos que trago sempre à minha beira ...

Abri os olhos e agradeci ...

É um orgulho no meu pensar que todos os meus amigos(as) que o são, hão-de sempre ficar! ...
No meu sorriso, no meu beijar, no pequeno gesto do meu pestanejar ...
Sem dias, sem horas para nos encontrar, na minha essência de vos respeitar ...
Muito obrigado por me ensinarem AMAR! ...
Num piscar de olhos...
Obrigado ....


ANA P.

PRESA NA ALMA ...

PRESA NA ALMA ...

Quisera limpar a alma
com lágrimas de solidão
mas a alma não se afoga
nas lágrimas do coração ...
Saudades que gritam meus olhos
fragrâncias que não têm perdão ...
Picos de rosas cravados
que aperto em minhas mãos...
A seiva deste meu sangue
que salpicou este chão ...
Pedaços de tinta rubra
o azul da minha paixão...
Limalha de ferro quente
solta nas cinzas de um vulcão ...
Caprichos de uma memória
sem tempo nem precisão...
VIAJANDO ...
À deriva nas palavras
em folhas brancas de luz
O terço que rezo em prosa
na melodia que nunca compus ...
Hoje, sou a clave!
Tu! Alma, minha luz...
A
amarra das horas
que sinto nada, ser ...
Horas
que passam a fio ...
Horas
calmas a desfalecer ...
...
Horas silenciosas,
que não se podem esquecer ...
Horas
que nos levam
sem nunca nos perder ...

Hoje, pedi clemência
ao tempo para ficar ...

Na
lágrima que relembra
o orgulho do meu, Mar ...
Que me faça sentir viva na
coerência nos sonhos
que nunca lhe pedi, para sonhar ...
SOU ...
Uma pena leve
que o vento veio embalar...
A lágrima salgada que beija
o salgado deste mar...
A
Tinta azul invisível ...
Memorias, que não deixaram chorar ...
Memorias, que guardo na ondulação
nas vagas de uma Alma por limpar ...


ANA P.

15 junho, 2011

ESCONDE CORAÇÃO ...

ESCONDE CORAÇÃO ...

Embriagada na luz do olhar
solto
Palavras esculpidas
em negras folhas de papel
que
em pó se irão transformar ...
Plumas cinzentas,
com brilho de prata, luar ...
Lágrimas de orvalho, que gelam ...
Quilates de ouro, pedras brutas que ficaram
subterradas no solo, que são cobiçadas ...
AMADAS!...
Desespero, trabalho
de gentes anestesiadas de cansaço
que procuram
o ouro...
No esquecimento
martelar das horas, que acoitam a pele
que nem ao negro espelho vês...
Não reconheces tua tez
Irónico destino
de escolhas de pedras...
...
Pedras, que atiras?!
Que estilhaçam vidraças ...
Pedras, sem vida ...
ou
Pedras, que nos contam vidas?! ...
Menires de colunas em vertical
passo a passo em frente
misteriosa, a mente ...
Domina o suor que lhe lava o rosto
Intemporais círculos, cromeleques ...
Que decifram lajes, que já tiveram vida ...
Escondidas muralhas
que falam, enlouquecem a faminta
fome que fermenta nas veias...
Lapidar de diamantes ...
Eternos, os momentos
que ainda resistem à memória`
sem que esta se lembre, de esquece-los...
Corpo de pedra lascada
Quantas vezes frio, não diz...Nada! ...
Não reage ... Inerte ...
Sobrevive ...
Ecoa o som no rude
Cimento que solidifica corações
de pedra ...
Que não sabes escutar
mas que embriagam
a copula de cada OLHAR ...

ANA P.

13 junho, 2011

AÇÚCAR DOS SENTIDOS ...

AÇÚCAR DOS SENTIDOS ...


Neblinas
dispersam
o
aroma de açúcar queimado,
adocicado odor de caramelo ...
Apura
os sentidos
chama sensações
num deleite degustativo...
Banquete oferecido
no
cair deslizante do manto negro aveludado
ao encontro do toque
da noite ...
que atrevida-mente
Sussurra
ao ouvido da curiosa brisa ...
...

Timidamente murmura na seda
disfarçando as janelas,
limita os horizontes ...
Impérios cavalgantes da memória
ardilosos desertos, ventos magnéticos
projectam fecundos oásis ...
Miragens, esfinges que desafiaram, os
olhares ...
Mistérios que ficaram por desvendar
Declínio
na sombra do sol,
ponto de luz mais alto no topo das Pirâmides ...
Escuro
delineado, pintado, entorno dos olhos
Felinos caprichos na tez dourada
que não resistem aos beijos, quentes do sol ...
Magistral
como o opaco socalco do sal
cristalizado nos abraços do astro
Sol, nosso Rei ...
Que em sal grosso cristalino
Espelha raios de luz
nos colhe no seu colo
ama e seduz ...
Momentos que convocam
os sonhos, os sentidos
e tudo o que julgamos perdido...
No vasto IMPÉRIO
do
AÇÚCAR DOS SENTIDOS ....

ANA P.

10 junho, 2011

PALAVRAS A MURRO ...

PALAVRAS A MURRO ...

Apetece-me esmurrar as palavras
para que sintam, a verdade da sua dor
já não privo com a sensatez
tirei a mascará ...
Não vou escrever no musgo
nem pinta-las de verde esperança
sentar-me neste chão
e desejar ser criança ...
... Hoje sinto-me cansada
para florear as palavras que fazem sentir ...
Palavras duras,
suaves,
adocicadas...
Palavras que dirão muito
ou nada, simplesmente !...
Sentimentos que não sei descrever
que adjectivam
a semântica do significado das palavras
as minhas
as vossas
as nossas ...
Palavras usadas
desgastas nas horas
renúncias da mente ...
Conversa fiada
na língua da espada
o gume cortante
dilacerante,
sinto-me mirabolante
na delirante fome
na cordilheira do coração ...
No cume de cada montanha
o equinócio de um sol ...
em que os dias são iguais às noites ...
Onde as mais belas artes pernoitam
entrelaçando corpos nus, na nuance de um tímido luar ...
O brilho de uns olhos fulminantes
que habitam no capuz dos dias
na atrevida pervertida ousadia de beijar
o ardiloso horizonte, perturbando essa paz
que se altera na sequência de pensamentos
na atitudes de reações que nidificam
os seres...
Cada um de nós ...
Ingredientes soltos no conhecimento de cada palavra
que se ingere,
degusta, em retorno de sabores únicos
que nos representam, num só e único ser que somos
e seremos ...
Em cada esmurrar de palavras
Na representação física e moral
na invisibilidade, ou na certeza
com que se constrói,
os nichos nas gárgulas das fontes
onde o poeta sacia a sua sede
o visionário se fascina e não resiste à tentação...
O mais cobarde se arrepende
e a valentia descansa...
Qual o significado??!!!...
Quando não existe alternativa ...


ANA P.

TULE DA MEMÓRIA ...

TULE DA MEMÓRIA ...

Porque
me derrotas nas horas
em me sinto morrer ...
Nas horas que gostaria
simplesmente de esquecer ...
Horas no meu corpo
absorto no chão ...
Um peso uma lápide
onde jaz o coração ...
O negro veludo
esconde a face, revoltosa
Uma fechadura a tranca na porta ...
De
escura madeira de ramo de azinheira ...
Serei feiticeira?!! ...
Que escondo de mim?!!
Rosas de gelo
num celeste jardim...
Uma agonia,
a chuva acida tão fria ...
Manhãs com neve...
O meu silêncio
na Alma vazia...
Diz que sofria!! ...
Sofria o desalento
de não sentir enredos dos ventos ...
Elos
que são correntes,
aprisionados momentos
de laços soltos
na ala vazia, a cadeira gemia ...
Era
vão, tudo o que sentia...
Nem estou certa se via ...
Ai, se algum dia ....
as ruínas da tua vitória ...
pudessem contar ...
Que são a pedras do meu castelo
que vieram para ficar...
Que nem ousem
sequer tentar ...
São os alicerces que me irão
levantar ...
Já,
não oiço os Ventos...
nem conto a História
pedaços que ficaram
gravados no tule sofrido
da sensatez de uma Memória ...

ANA P.

09 junho, 2011

MEU SONHAR ...

MEU SONHAR ...

Quantos sonhos me lembram??!!!
Quantos sonhos sonhei??
Quantos sonhos relembro??
... de quantos me esquecerei?! ...

Há sonhos que nunca senti
outros que nunca desejei ...
Sonhos, serei louca??!
de sonhos nada sei ?! ...

Sonhos que renascem do sono
quando tenho a alma guardada ...
Outros
sonhos que sonho
muitas vezes acordada
sonhos ...

Que não se esquecem de mim
são a voz da mente
uma razão de mim ...
Sonhos
sonhos
que nunca pedi ...


ANA P.

DESACATO DA ROSA ....

DESACATO DA ROSA ...

A vida
é uma rosa
de aveludados e flamejantes sentimentos...
Emoções
na erupção dos meus olhos,
no fogo que me incendeia ...
Pecado devorador...
Juiz,
que faz da minha alma sua meretriz ...
Concubina avassalada, em seus olhos
a criada ...
Devaneios sem freios, provocadores ...
Calcinantes do desejo,
na intempere de cada carência nas
preces de minhas dores, Amores ...

Que vão...
que ficam pelo chão
como pétalas esquecidas ...

Amores ...
de murmuro
em águas cristalinas ...
de faces rosadas, no rubro tingimento
das noites que caminham para a alvorada ...
Pedras soltas,
que acariciam ...
amolecem no leito do meu corpo ...
Na flor de Jasmim, em purificador Alecrim
branco manto de minha pele
sabor a rosas e mel ...
Lambuzados pensamentos ...
Correm nas
Cascatas ...
Folhas soltas no vento ...
Momentos ...
Partículas,
Sedimentos do meu ventre...
Uma
Rosa...
A
mulher, delicada,
teimosa mas sabe o que quer...
Os
sonhos
são as pétalas despidas
em formosa flor
são a substância da vida
no retrato que renasce
com os picos do amor ...

No meu Corpo de Mulher!...

Rosa Rubra,
Um esplendor...
Pétalas caídas,
desacatos de amor, Flor!
de uma
Rosa com Vida...



ANA P.

06 junho, 2011

SOU CÚMPLICE! ...


SOU CÚMPLICE! ...

A
cumplicidade da mente
é
o que me endireita o corpo ...
Quantas vezes me apetece
atirar ao chão ...
Apetece-me ser uma chuva torrencial
a força de um grande vendaval ...
Destruidora ...
a eminencia de um perigo
sem horas ...
sem obstáculos, sem fronteiras ...
O
grito armado, que não se ouve
O
silêncio caprichoso, do silêncio ...
....
Quantas vezes desejei ser invisível?! ...
Quantas vezes desejei nunca sonhar?!!
Quantas vezes viva, morro em cada segundo que passa ...
Quantas vezes sorrindo, afogo as lágrimas dentro de mim?! ...
Quantos saltos no abismo, já dei??!
O gume no precipício, do tempo...
Que chamo de meu...
Penso ironicamente poder controlar ...
O poder da Mente...
A
mão invisível, que posso chamar de minha ...
Só minha ...
O anjo, protector ...
Meu único senhor!...
Quantas vezes quis saltar,
e me faltou a coragem?!!
Outras mais quisera, e não fui capaz...
Morri de medo!!! ...
Medo...
De me sentir insignificante ...
De não ser justa, de me tornar ridiculamente egoísta ...
Medo, por amar ...
Medo, a razão da minha mente ...
O equilíbrio de tudo, que sou capaz de fazer ...
Uma cumplicidade
racional de Ser, que não gostaria de perder ...
Incerta ...
Que se partilha nas horas ...
Crescer ...
Aprender ...
Nas escarpas da Vida
onde não pedi para Nascer ...
Tornado-me cúmplice
em cada momento
nos elementos que vagueiam
no Universo da Mente ...
Na minha,
CUMPLICIDADE! ...


ANA P.


05 junho, 2011

CARTAS AO VENTO ...

CARTAS AO VENTO ...

Sinto-me Imortal ...

Imortal
nas palavras que um dia
deixarei de ler...
Imortal
na leitura de todos vós ...

Imortal
porque haverá sempre alguém, que se lembre mim ...
que escutará no silêncio as minhas gargalhadas, e verá luz no sorriso do meu rosto ...

Para onde irei não levarei quem amo, deixarei os aromas de fragrâncias selvagens que ousaram liberta-se este corpo de mulher, a despiram de razões sem que me mutilassem.
A semântica com que vos escrevo, é para vos explicar o que significa para mim, ser Imortal.
Imortal, enquanto houver alguém, que me relembre nem que seja um milímetro a minha ausência, serei Imortal...
Nas lágrimas da saudade, que cada foto que vos trará e fará sorrir...
No dizer, é a minha Mãe, a minha Avó, a minha Amiga é a Anabela ...
Hoje, aprecio a imortalidade que não tenho, com uma certeza que haverá sempre alguém que me fará ser imortal...
Do mesmo modo que eu relembro alguém ...
Alguém que quando fecho os olhos a vejo aqui ao pé, que ainda me cativa com a saudade do seu sorriso, a luz do seu carinho, que mesmo partindo, nunca partiu por completo, nunca me abandonou...
Sempre no decorrer do tempo que não paramos, nem controlamos, deixaremos como um rasto.
Vestígios, que por muito insignificantes serão à posterior o fomento, de pedacinhos meus que me trarão de volta à lembranças na vida de alguém ...
A importância do que faremos, do que diremos e do que deixaremos por dizer simplesmente é a pequena grande diferença, que vai ditar a imortalidade de cada um de nós...
Acredito que também teremos sempre quem se lembre de nos esquecer ...
Mas ser Imortal é muito mais que viver para sempre ...
É fazer eterno o amor por alguém ...
É ser cúmplice na eternidade dos momentos...
Na memória que Jamais se esquece ...
É ser uma Deusa ...
... e perdurar no coração de alguém ...

Carinhosamente

ANA P.
05/06/2011

ACORDAR ...

ACORDAR...

Grandes
são os sonhos...
Em minha alma ferida...
Grandes os momentos....
de bravos ventos...
Agitando a Vida!...
Grandes... Tormentos
Ferozes desalentos...

Aconchego as feridas
Que lavo com lágrimas...

Hoje, sentida...
Um pouco perdida...
Legar da vida...
Sonhar acordada
Não me esquecer...
Do que
queria ser...

A Gaivota...

Livre Agiota...
Para longe, Voar!
Queria Ser...
A Água ...
Que corre para o Mar...
Para me Perder!

A cor...
Num Pincel...
Vermelhos, Pastel...

Lanterna...
Mágica...
Que me resgata...

No Mar uma Fragata...

A Rosa Selvagem...
Que sobrevive...
Na Escarpa... de Rara Beleza...

Singela Altivez...
De Veludo na Tez....

A Fonte...
da VIDA, SONHADA!...

Um SONO...
Na Noite...
Que Sara as Feridas...

Num Novo, ACORDAR!

Na Ternura de um Beijo...

Que Me Vieste, Roubar...


ANA P.

02 junho, 2011

MORNA NO EQUADOR DE UM OLHAR ...

MORNA NO EQUADOR
DE UM OLHAR ...

Plumas brancas silenciosas
descem no equilíbrio tangente ...
Separadas por hemisférios
metade frio,
metade quente ...
Dançando,
movimentos de saudade ...
Meridianos
Massa massiva dos corpos
de formas robustas
que nos prendem o olhar
que nunca vieram para ficar...
Partir! ...
Mirar-te! ...
Ausência ...
A
fé no horizonte
a grandeza no cume da montanha ...
Acreditar
na planície do seco agreste
terreno de barro, quebrado ...
Esponja devoradora,
do
pingar das primeiras chuvas ...
Terra
cota vermelha,
fragrâncias do ventre da terra
odor das brisas madrugadoras ,
servidas no sabor quente do café da manhã ...
Remexer
do açúcar, tilintar da colher ...
Aromas
que me fazem render...
No
cheiro das plumas que batem no rosto ...
Suavemente
dóceis com glamour
bouquet de rosas ...
Dividir de corações
que se completam
mesmo que o amor os esmurre, serão fiéis ...
Assinaturas lacradas na invisível mente,
que omite...
Mira ...
O
canto de uma Morna...
que nos
devolve ás origens
o romantismo solto, intoxicante ...
DO AMOR ...

Amor à terra ...
no equador dos nossos olhos ...
Que partiram mas que nunca chegaram ...
Ficaram lá ...

Equador! ...
...
ANA P.

OLÁ TATUADO ...

OLÁ TATUADO ...

Olá ! ...

Menino
Morango doce , refresco limão...
Palavras
agri-doces no teu coração! ..
Olá menino! ...
Correndo apressado ...
Sorriso nos olhos, lavrados ...
Emoção! ...
Adoro ler-te! ...
Abraços abertos no texto, Sedução...
Calor que solta arrepios,
beijos mornos, Paixão ...
Adoro ler-te ! ...
Coração tatuado na Alma
Desalinhadas lágrimas que fogem, Diamantes ...
em todos os instantes... de cada momento ...
Imagino ver-te ...
Iluminando o breu dessas noites
Luar, pendente junto ao peito ...
Caminho estreito...
Adoro ver-te! ...
Correndo para mim nesse abraço
que deixas o tempo, Perlongar ...
Distância de grito estridente, soluçar ...
Muralha clandestina,
espaço aberto no tempo ...
Um
SONHAR! ...
Condor tatuado nos braços
do amanhã...
Quando chegar ...
Desarma a ânsia esculpida
Tesouros palavras de bolso
O OLHAR!
Adoro ler-te!

Um
abraço amigo que veio
para ficar! ...

Olá, menino! ...

ANA P.

GRAFITE NUM CORPO ...

GRAFITE NUM CORPO ...

Abstractos desenhos de
Sombras prenhas de desejos
Sombrias de gélido olhar, de cortar...
Pernoitam na gestação do tempo
o tempo, que veio
mas não pode ficar...
Recordado no sopro angelical
de cada amanhecer, sozinho ...
Inerte...
a pele se molda em
Pedras frias ...
Cegueira, um fuso sem luz
Pedras que brilham
na gargantilha que te adorna a alma
aperto de um colorido bolorento
Muros, muralhas pintadas
rebentar de pensamentos, salpicar de vidas
tingidos momentos, estilhaços de vidro
Áureas flamejantes de lírios
embebidos no éter da mente ...
Espaços vazios corrompidos
vãos de ausências, repletos de odores ...
Alma que sabe bramar
que em entoações cinzentas
se desfaz na invisível moldura
abocanhando as entranhas ...
Contra tempo violento, murcho
folhas secas, segredos rudes
que matam as horas
as metáforas que uso ....
Se evaporam no abismo austero
do suor que desidrata
barlavento da erosão meridiana
entre o ponto de luz
que define o corpo, suborna ...
a tentativa que expirou
Polaina que afaga, trata
madeira fina tratada...
Cobiçar de formas no tactear
que agora chora, mais nada ...
Meu doce Violino ...
que toca sem mãos
Melodias de um destino
de talvez...
Pintados muros cinzentos
que fazem sorrir
quem o olha por, Acaso! ...


ANA P.

01 junho, 2011

VERTENTES .... DUETO JC PATRÃO / ANA P.

VERTENTES



Abre a porta...

Por onde não possa escapar…

Neste murmúrio lírico

Rouco e empírico

Uma queixa maviosa...

Que sempre ouvi

Que te sussurra este vento...

Em suspiros descansados

Escuta o ramalhar das árvores,

Sacudindo seus abraços...

Flutuando na verdura

Aquecendo regaços…

Abre a porta...

Por onde possa chegar

Ao tilintar da chuva

Que te vai visitar...

A frescura da água

Que te faz levitar…

Cada pingo uma carícia

Uma realidade mística

Aspirados por mim...

Respira...

Absorve este aroma

A terra, rosmaninho e jasmim...

Vibra…

Liberta os teus limites

Pinta a face de arlequim

Imita…

Fragmentos de meu corpo

Deslizam num rio de encontros…

Essências que derramo

Adormecidas na subtileza de um sonho...

Desenhadas

Com as cores da tentação…

A ironia maliciosa...

Que sofismo em trago

Bebido ...

Em que iludo o coração



Ana P./Jc Patrão

FOLHAS SECAS ... DUETO JC PATRÃO / ANA P.

FOLHAS SECAS...


Inércia...

Desgaste final de uma estação

Uma época terminada...

demorei todo um Outono

da vida...

gastei ambas as mãos do Tempo

decaindo nas artimanhas das

noites claras...

subterfúgios da mente

Raízes de

árvores mágicas....

Subtileza onde

aprendi muito...

O encanto

nas manhãs místicas...

ENIGMAS...

Utopias de felicidade...

Quimeras...

Recordações...

será que voltarei a sonhar?

Hoje adulto...

Recordo um tempo onde

já fui criança

Um pedestal

que suporta minha estátua

sozinha no gelo

Esculpida no frio

enfeiticei-me comigo próprio

Lancei feitiços de fascínio

escondi-me atrás do véu

Arco-Íris

de mil cores

ténue...

Lembrado

na névoa glaciar que

mal me tocava a face

Bafejo do respirar

que aos poucos

afastava-se na neblina...

fez-me ver rubis

avermelhados

Tesouros que correm

do sangue que se pôs

no horizonte....

O fato de gala que se veste

sentir passar...

o TEMPO...

Aquele, que não voltará jamais...


Jc PATRÃO / Ana P.