21 junho, 2011

CARTAS AO VENTO ...

CARTAS AO VENTO ...

És uma ilha,
rendo-me aos teus pés ...
UMA
navegadora nas nossas marés...
Crisol lapidado, na pira desse teu fogo ...

E assim, esta é a história que escrevo para nós ...

Eu vi o sorriso dos teus olhos a felicidade do teu olhar, quando aguardou o aproximar ...
Senti a ânsia,
o desejar teu doce beijo a forma meiga de me tocar ...
Vi emoção, o fogo invisível da nossa paixão.
Corações inquietos em corpos famintos que conhecemos tão bem ...
E o aproximar, foi uma explosão a certeza que não se enganou, nem foi ilusão.
Os dois rendidos nas brasas desta estranha paixão... Fulminante, sem explicação.
Como crianças em locomoção.
Gestos que nos denunciavam evidentes demais como andorinhas nos seus beirais ...
De asas ao vento o alento de querer muito mais ...
Sabor da verdade que outrora ditou a separação, são os laços rubros do nosso gostar.
Toda a verdade que ficou por se falar ...
Pregadas com setas que o tempo quis dominar, as horas passam ninguém as pode parar...
A partilha que não podemos abdicar ...
Simples significados que se podem alterar no tempo, que faço questão de não me lembrar de te ...
Esquecer! ...
Uma mensagem dentro garrafa na vastidão do meu mar ...

Onde :

Relembro o amor nas vagas do mar que me abraça a Alma ...
Relembro a importância das Palavras, dos Alicerces que fizemos ...
Relembro as Conversas, os Predicados que nos Uniram ...
Relembro a Verdade que o meu coração descreve, no Sentir dos teus Olhos...
Relembro a salutar Saudade, e toda a intensidade que nos Ilumina ...
Relembro o atrevido Sorrir, desse teu Olhar ... de Homem, sendo um Menino no meu Mar ...
Relembro que ainda temos tanto para Partilhar, Amar, Aprender ...
Relembro que quando se Gosta, o Tempo não faz esquecer ... Aumenta a intensidade de cada Momento...
Relembro a tua Clarividência, na Sagacidade do meu Desejar ...
Relembro a Felicidade no Azul do teu Rosto ...
Na serenidade Escarlate que te corre nas Veias ...
No tormento de me Amar, em cada Segundo que passa ...
que não podes bloquear ...
No silêncio que procuras em cada Encontro, que não deixamos passar por Nós ...

Porque, Gostamos demais um do Outro ...
Simplesmente, Nada Mais! ...

Aqui meu Amor, vim para te Abraçar, pedir aquele Beijo que no tempo ficou a dormitar ...
Eu sei, nunca me deixaste ficar, tinha certezas que só uma Mulher sabe decifrar ...
Sabia que partirias, mas que breve, breve irias voltar ...
Eu era o Farol, a Luz nesse teu Mar ....
O Oxigénio que não se pode dispensar, a outra margem que da Ponte se pode avistar ...
No peito de um Homem que por vezes se Isola, com medo de ficar à Deriva na Vida ...
Um Pássaro de Asa caída, com Medo de Voar ...

( Qual significado do Arrependimento, quando não se têm Alternativa?! .) ...


Carinhosamente


ANA P.

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