02 junho, 2011

GRAFITE NUM CORPO ...

GRAFITE NUM CORPO ...

Abstractos desenhos de
Sombras prenhas de desejos
Sombrias de gélido olhar, de cortar...
Pernoitam na gestação do tempo
o tempo, que veio
mas não pode ficar...
Recordado no sopro angelical
de cada amanhecer, sozinho ...
Inerte...
a pele se molda em
Pedras frias ...
Cegueira, um fuso sem luz
Pedras que brilham
na gargantilha que te adorna a alma
aperto de um colorido bolorento
Muros, muralhas pintadas
rebentar de pensamentos, salpicar de vidas
tingidos momentos, estilhaços de vidro
Áureas flamejantes de lírios
embebidos no éter da mente ...
Espaços vazios corrompidos
vãos de ausências, repletos de odores ...
Alma que sabe bramar
que em entoações cinzentas
se desfaz na invisível moldura
abocanhando as entranhas ...
Contra tempo violento, murcho
folhas secas, segredos rudes
que matam as horas
as metáforas que uso ....
Se evaporam no abismo austero
do suor que desidrata
barlavento da erosão meridiana
entre o ponto de luz
que define o corpo, suborna ...
a tentativa que expirou
Polaina que afaga, trata
madeira fina tratada...
Cobiçar de formas no tactear
que agora chora, mais nada ...
Meu doce Violino ...
que toca sem mãos
Melodias de um destino
de talvez...
Pintados muros cinzentos
que fazem sorrir
quem o olha por, Acaso! ...


ANA P.

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