VERTENTES
Abre a porta...
Por onde não possa escapar…
Neste murmúrio lírico
Rouco e empírico
Uma queixa maviosa...
Que sempre ouvi
Que te sussurra este vento...
Em suspiros descansados
Escuta o ramalhar das árvores,
Sacudindo seus abraços...
Flutuando na verdura
Aquecendo regaços…
Abre a porta...
Por onde possa chegar
Ao tilintar da chuva
Que te vai visitar...
A frescura da água
Que te faz levitar…
Cada pingo uma carícia
Uma realidade mística
Aspirados por mim...
Respira...
Absorve este aroma
A terra, rosmaninho e jasmim...
Vibra…
Liberta os teus limites
Pinta a face de arlequim
Imita…
Fragmentos de meu corpo
Deslizam num rio de encontros…
Essências que derramo
Adormecidas na subtileza de um sonho...
Desenhadas
Com as cores da tentação…
A ironia maliciosa...
Que sofismo em trago
Bebido ...
Em que iludo o coração
Ana P./Jc Patrão
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