16 junho, 2011

CARTAS AO VENTO ...

CARTAS AO VENTO ...

Meus queridos, amigos(as), conhecidos e desconhecidos...

Bem não sei porquê, mas ando um pouco melancólica.
E para fustigar a melancolia, nada melhor sentir o valor de cada amizade que me veste e despe.
Para todos que fazem parte de mim...

Num gesto ...
Num sorriso ...
Nas verdades ( que ás vezes fazem doer) ...
No carinho ...
No simplesmente gostar ....


Vou fechar os olhos, por momentos fugir do peso desta solidão.
Vou sentir os abraços, estender os meus braços para me aconchegar...
Saudades daqueles que me prendem o pensar.
Livremente não têm horas para me deixar...
Necessito do vosso murmurar, do silêncio de cada sorriso, que chama por mim.
Preciso urgentemente, de um segundo da vossa atenção, rastilho de pólvora que aclama o coração.
Quero um pouco de tudo, e um nada de nada ...
Aconchego os olhos no rosto daqueles a quem chamo de amigos(as), relembro frases, momentos, horas e sorrisos, relembro o quanto significam.
O quanto a mente sente a vossa falta, e a alma regurgita pedaços nossos, tão cheios de ... de tudo!...
Aqui, o quente das lágrimas aquecem as pálpebras, como um retorno da maré, a água que se sente nos pés, uma visita inesperada...
Aqui, deambulo nas palavras na projecção de luz, com que me iluminam, desconcertante a conotação que nos atordoa, um sim um não, e aquela lembrança menos boa ...
No entanto sinto-me expressamente proibida, de vos esquecer! ...
Sois as verdades de cada equinócio do meu sol, toda a quiromancia que desenha ambas as palmas das minhas mãos.
Em linhas rectas ou menos rectas, tão versáteis como o tempo que não sinto chegar, um desejo nas doces garras de um beijo que por instantes nos fazem sonhar.
A miragem na janela, do tempo que não vimos passar ...
Meu piscar de olhos, não me cansa ...

É uma sintonia na melodia, que quero convosco dançar...
é o oxigénio, que me faz falta para poder respirar ...
é o ruído, desta solidão, que não me deixa ruir ...
é a tocha que ilumina a alma e me faz sentir, que tudo na vida nos pode fugir...
é bafo quente na neblina, que por aqui passou ...
é o anjo sem asas, que sempre acreditou ...
é o sonhar, que nos pede para voltar ...

Eu nem quisera chorar mas ... as minhas lágrimas, são uma forma de vos beijar.

São as verdades das lembranças que ninguém me pode levar...
Memorias que não pediram para ficar, moram comigo ...
Sentires de uma alma, que não se limita a sonhar...
Amo a vida, mesmo que esta me faça chorar ...
A valentia, os amigos(as) que me ensinam a crescer ...
A minha força, a minha vida, a minha fome, a minha cegueira, os meus filhos que trago sempre à minha beira ...

Abri os olhos e agradeci ...

É um orgulho no meu pensar que todos os meus amigos(as) que o são, hão-de sempre ficar! ...
No meu sorriso, no meu beijar, no pequeno gesto do meu pestanejar ...
Sem dias, sem horas para nos encontrar, na minha essência de vos respeitar ...
Muito obrigado por me ensinarem AMAR! ...
Num piscar de olhos...
Obrigado ....


ANA P.

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