FOLHAS SECAS...
Inércia...
Desgaste final de uma estação
Uma época terminada...
demorei todo um Outono
da vida...
gastei ambas as mãos do Tempo
decaindo nas artimanhas das
noites claras...
subterfúgios da mente
Raízes de
árvores mágicas....
Subtileza onde
aprendi muito...
O encanto
nas manhãs místicas...
ENIGMAS...
Utopias de felicidade...
Quimeras...
Recordações...
será que voltarei a sonhar?
Hoje adulto...
Recordo um tempo onde
já fui criança
Um pedestal
que suporta minha estátua
sozinha no gelo
Esculpida no frio
enfeiticei-me comigo próprio
Lancei feitiços de fascínio
escondi-me atrás do véu
Arco-Íris
de mil cores
ténue...
Lembrado
na névoa glaciar que
mal me tocava a face
Bafejo do respirar
que aos poucos
afastava-se na neblina...
fez-me ver rubis
avermelhados
Tesouros que correm
do sangue que se pôs
no horizonte....
O fato de gala que se veste
sentir passar...
o TEMPO...
Aquele, que não voltará jamais...
Jc PATRÃO / Ana P.
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