15 junho, 2011

ESCONDE CORAÇÃO ...

ESCONDE CORAÇÃO ...

Embriagada na luz do olhar
solto
Palavras esculpidas
em negras folhas de papel
que
em pó se irão transformar ...
Plumas cinzentas,
com brilho de prata, luar ...
Lágrimas de orvalho, que gelam ...
Quilates de ouro, pedras brutas que ficaram
subterradas no solo, que são cobiçadas ...
AMADAS!...
Desespero, trabalho
de gentes anestesiadas de cansaço
que procuram
o ouro...
No esquecimento
martelar das horas, que acoitam a pele
que nem ao negro espelho vês...
Não reconheces tua tez
Irónico destino
de escolhas de pedras...
...
Pedras, que atiras?!
Que estilhaçam vidraças ...
Pedras, sem vida ...
ou
Pedras, que nos contam vidas?! ...
Menires de colunas em vertical
passo a passo em frente
misteriosa, a mente ...
Domina o suor que lhe lava o rosto
Intemporais círculos, cromeleques ...
Que decifram lajes, que já tiveram vida ...
Escondidas muralhas
que falam, enlouquecem a faminta
fome que fermenta nas veias...
Lapidar de diamantes ...
Eternos, os momentos
que ainda resistem à memória`
sem que esta se lembre, de esquece-los...
Corpo de pedra lascada
Quantas vezes frio, não diz...Nada! ...
Não reage ... Inerte ...
Sobrevive ...
Ecoa o som no rude
Cimento que solidifica corações
de pedra ...
Que não sabes escutar
mas que embriagam
a copula de cada OLHAR ...

ANA P.

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