31 janeiro, 2013

REPOUSO...

 
Distante rolava
O silêncio
precipitava-se sobre as pedras
que construíam caminhos
Passo a passo
O toque ressoava,
dava-lhe a voz
o eco
que acordava as noites
e adormecia nos dias
Tão frágeis, avistam-se
Fragatas de memórias
rasgando momentos,
velejando---
Epopeias de olhares
beliscam o coração...
Existe um
Astrolábio entre duas mãos
De freios selvagens
Desafia as palavras
de cada gesto...
Embalam o berço,
onde simplesmente
dorme uma criança...
E
o sonho, é a saudade
que tantas vezes nos leva...
nos traz ...

Ana P.

29 janeiro, 2013

CARTAS AO VENTO 29/01/2013

O Universo,
é aproximação do tudo que nos rodeia. A bússola onde o magnetismo é o amor que nos define...
Em campos abertos, presenciar o sentir... Rudimentar o silêncio que ecoa nos prantos de cada sorriso que já nos fez chorar.

Há dias que passam .
Outros que sinto rastejar, para que possam passar.
Paciente, revejo-me nos dias que ainda não esqueci para contar. Cada página com que elaboro contextos, cada motivo que fomenta a razão de não esquecer.
Aqui! A implosão de sentimentos, devora as palavras que denomina a paz, com que sugo as metáforas de viver com amor, crescer com amor e guerrilhar com amor.
Perfumados são os desejos que se expressão, no querer, no dever e no sentir... No olhar calado, uma herança com que aprendemos a falar. Dar-vos-ei, o agridoce das emoções que me habitam, os trajes de uma nudez que aprendi a vestir. Dar-vos-ei sorrisos, esperanças, tudo o que me leva e faz ser sempre uma eterna criança. Dar-vos-ei lágrimas, que desfizeram e lágrimas que ergueram, lágrimas que muitos de vós já padeceram. Não há mar que não tenha ondas, nem ondas que não se deitem no mar. Descobri, tons de azul que floresceram nas mais densas florestas. Aprendi a escrever em ardósias negras, que alimentam a luz dos meus olhos, que unem as faces dor e ramificam os caudais do amor que expresso palavras, nos silêncios onde vós me escuteis tantas vezes. De olhos fechados conquisto o que não vejo com eles abertos. Tacteio a distância e beberico nos rostos de quem tanto me apraz . Imagino-me tão próxima, que vos sussurro ao ouvido. Tão próxima, que vos sinto a respiração, a dor no peito ou um simples suspiro. Ilusão é mais que um querer. É não ter. Sentir a falta, do valor exato dos instantes que não senti passar. É esquadrilhar a importância ignorada, como se tudo, fosse o começo de nada ... e do nada, abraçar, amar, filtrar-me nos excertos de cada prosa, que me deixou descrever alvos sentidos. Em linhas rectas descrever o delinear das esferas que nos subornam a vida, burlar o refugo das réstias das horas que se evadem dos olhares do relógio.... Emancipar-mo-nos nas asas do vento. Perpetuar aromas. Fragrâncias que nos esculpem as lágrimas. Levantar as âncoras que nos subjugam no chão, e corroer as algemas invisíveis que nos amarram ás incandescências materiais. Aprenderemos apenas a sermos comuns mortais. ...
.....

Há dias que nada querer, poder ser o demais que nos faz falta...

Carinhosamente

Ana P.

27 janeiro, 2013

A verdade pura, crua e nua...

Não existem palavras que possam amenizar a dor.
Não haverá braços que substituam os abraços,
não se esquecerão os beijos que ficaram por dar.
Diante de olhos que se cegam,
a dor perfura o peito de quem já nada faz sentido,
atroz a mortalha que os levou,
os Filhos,
os Irmãos,
os Amigos,
os Vizinhos
os Desconhecidos.
Que feriu a Mãe,
o Pai,
o Irmão,
a Irmã,
a Amiga,
o Amigo,
os Filhos de alguém....
Impensável é não pensar. ...

Não segregar a dor como se fosse nossa.
Não empenho palavras de aço,
porque não as tenho.
Aqui do outro lado do oceano,
solidária com quem de perto perdeu.
Junto meus olhos à tristeza,
dos Filhos que não são meus,
aos Pais que não conheço....

Sim, as palavras perderam o sentido! .

Ana P.

EU, IMPORTO-ME!..

Desculpem se estou a ser inoportuna.

Aqui neste espaço de amizades virtuais ou não, existe o eu, o tu, o nós, o vós e os eles e elas.
No Eu, A importância não é ter o maior numero de " amigos", mas ter perto as pessoas que gosto,que admiro, que amo e respeito.
É o meu espaço, onde o nada pode ser tudo o que tenho. E o tudo o nada que vos faça falta. Quem me é próximo, sabe que é aqui que me expresso na escrita, que de alguma maneira me aproximo do vós, que nem conheço. Necessariamente se é o meu espaço, cabe-me , fazer as opções decorá-lo da forma que mais gosto. Cabe-me fazer as aproximações ou deixar as distâncias. ... No entanto não é um mercado de bajulações, nem uma bolsa sem fundo, onde obrigatoriamente se têm de comprar isto ou aquilo. ( Neste caso falo de aquisição de livros das amizades "virtuais", que mal olham para a nossa página. Pois ao editar um livro, já se acham o máximo dos máximos. Isso provoca-lhes um inchaço nos egos que é um atentado a inteligência do cordialmente correto.( Caso ela ainda exista). Ainda há uns extras que nos comentam, e logo depois da aquisição dos seus livros, voltemos à normalidade de ter uma página invisível. Voltamos a ser apenas um numero mais uma vez. Ora meus amigos(as), obviamente que já fiz esse papel de idiota, de uma "saloia" que veio ver o mar pela primeira vez. ( nada contra as saloias, só uma questão de expressão!)...E digo-vos, foi a primeira e a última vez. Quando de fato quero um livro, compro-o... procuro-o até o encontrar. Há excepções, tenho o privilégio de ter aqui amigos(as) de verdade, aos quais tenho muito apreço pelo o seu carinho, pela força e pelos seus gestos. Não necessito enumera-los porque eles sabem do que estou a falar. ...
Tu, que me lês....
Tu, que me és próximo ...
Tu, que és da minha família...
Tu, que estás na minha página, sabes qual é o lugar que ocupas
E tu, caso não saibas, és importante para mim...
Agora ele ou ela ...
Ele, é meu amigo, ela também.
Ele, está aqui, ela também.
Ele é amigo de alguém, ela também...
Ele e ela podem ser os números...
Nós, também!...
Nós não estamos sós..
Nós temos voz...
Nós podemos não ser os melhores, somos diferentes!
Vós, não nos levem a mal.
Vós podeis ter uma situação igual ...
Eles, e elas podem até ficar chocados.
Podem até, não ler uma frase do que escrevo...
A importância é saber o quanto o tu, o ele e o ela, o nós e o vós sois a importantes para o Eu!

Carinhosamente

Ana P.
(Obrigado!)

22 janeiro, 2013

RUBRO

Havia sinais de fogo
Rituais que falavam
Deixados em círculos
Acamados de cinzas
E
Metade de mim é matéria
A outra metade
As cinzas da matéria
Percorro a utopia do tempo
Confronto os sonhos
Se houvera Quimeras?!!
Se a verdade e a mentira
Sempre foram cúmplices?...
Se o negro é inversão a luz
E o branco a regressão.
Matematicamente ainda
Se aglomeram as velhas alquimias
Se somam as horas entre
A disposição dos dias
Se o amar, é por um determinado tempo
E o amor será para sempre...
Deixo que os sentimentos
Embarguem os desajustes do tempo
Que a imperfeição seja o mais improvável
Tecto, a porta, a janela dos afetos
A teia da trama das emoções
A dama do luar... Lua
Feiticeira nas Mãos de um fogo...

AMOR!...

Ana P.

20 janeiro, 2013

ESPERO-TE

Tens a minúcia
de nos devolver à terra dos sonhos
Num mar que não guerrilha o azul, com o céu...
Não existe um escudo
que os separe
Senão a grandeza das proezas
que ouvimos contar...
Ainda equidistantes contornam o horizonte
como se fosse um marco das suas histórias.
Das nossas...
Emergem
na consistência dos desafios
que nos submetem às mais improváveis provas...
O amor, é fogo que arde, sem se ver ...
Procuro-te
no esquadrão do voo raso
no preconceito absurdo das mais extensas asas
que nunca voaram...
O vento é precipitação dos perfumes
de todas alquimias que desconheço
Não te imploro
Espero, por ti! ...

Ana P.

OLHOS DA ALMA ...


TALVEZ 20/01/2013

Talvez ...

As palavras dissessem
O que a boca cala tantas vezes
Demorei a prenunciar-me no vento
A expor-me em estações que
Se encontram num tempo ...
Fraudulento, desvio o olhar
Que retorna nas horas
No vidro do relógio que argumenta
A escassez que deixo fugir-me
Entre os dedos...
Talvez...
Não exista o tempo!...
O contraste do branco
Inferniza o negro,
A nudez filtra o raios do sol,
Que dá cor aos poros
Da epiderme que me faz crescer
O cru,
É a epiderme de uma
Tela..
O traço do resgate,
Cada ruga
Que nele se vê envelhecer...
Não haverá prosa,
Que não se possa dissolver
Na poesia que nos corre nas veias...
Não haverá medidas exatas.
Apenas olhares,
Que se cruzam.
Sedimentos,
Que fluíram de nós.
Tangentes que desafiam
A gravidade
Dos momentos,
Entre o esquecer,
E o relembrar ...
Precisão.
O inevitável momento.
De longe,
provoca a distância
Não desiste de um meio,
Por um determinado fim ...

Talvez! ...

Ana P.

BLOCO DE NOTAS 20/01/13

 
É no perder-me, que me acho.
Nas emoções encontro o meu caís.
Salva-guardo os beijos das saudades, que o tempo não devora.
Que conquistaram o puro ato de cada sentir, de cada olhar que deixei meus olhos revelar.
Desejava planar na continuidade dos sorrisos. Precipitar-me no abismo que escravatiza as lágrimas, que nasceram com um "Adeus" de não se poder dizer, para "Sempre!".
Para "sempre", seria ousado demais. Seria perlongar os instantes que se subjugam no tempo. Que nos amarram sem corda, sem correntes.... Sem elos perfeitos.
Foi num pequeno texto, que meu coração intensificou a beleza que caracteriza a saudade, preenche as lacunas da falta que me fazes, sentir...

Oração consoladora de Santo Agostinho;

"A morte não é nada.
Só passei para o outro, lado.
Eu sou eu. Vós sois vós,
O que era para vós, continua a ser.
Dai-me o nome que sempre me deste,
Falai-me como o sempre fizeste.
Não empregueis uma maneira diferente,
Não tomeis um ar triste.
Continuai a rir daquilo que nos fazia rir
Juntos,
Sorriam e pensem em mim.
Que o meu nome seja pronunciado em casa
Como sempre foi,
Sem exagero de coisa alguma.
A vida significa tudo o que sempre foi.
O fio não está cortado.
Não estou longe
Só estou do outro lado do caminho" ....

Intenso...
Palavras que me destaparam.
Descreveram-me por dentro e por fora. Senti-me essência. O incenso que fica depois da partida.
Resguardei-me no conforto da alma, antecipei-me nas lágrimas que senti nascer. Outras, ressuscitaram o afeto com que vê meu coração, com que fala...
Senti, que não te perdera.... Senti, que me aguardas do outro lado do caminho que não conheço. Imenso, não é o desejo que não sei descodificar. Imensa é a Paz, com que me soubeste falar, do outro lado. ...
Deste-me uma página em branco. Onde escrevo com esperança. Onde, te beijo e abraço. Nela a saudade não padece. Fluí como um rio de águas livres. De correntes sem elos. Que me mostram a grandeza do Amor, do Respeito de quem nunca o negou... "O Amor!".
Às portas de uma eternidade qualquer.
...

Ana P.

14 janeiro, 2013

BLOCO DE NOTAS 14/01/2013

Quando as perdas, são o Amor transformado.

Eu perdi...

E ao perder, senti-me perdida.
Senti, que perdera um pouco de mim...
Hoje o tempo bloqueou a estrada. Apontou-me a direção de um atalho. Mais um beco, onde habitam as lições com que se talham a vida.
Por momentos não sei se jazi, ou se dei conta que estava viva. ... Olhei em volta, e nesse instante a normalidade tomava um ritmo acelerado,,,
Como se no meio da multidão, encontrasse o deserto. Reduzida a um simples grão de areia. Não dei por caminhar no meio de mortais. Nem sequer reparei se me olhavam, se lhes dei tempo, para as básicas perguntas....No meio do mundo, apedrejava a solidão das lágrimas que caíam no chão. Não via. Estava cega de olhos abertos. Com o andar enganava a dor, que me rasgava o peito. Nas teclas do telemóvel, procurava o passaporte de encurtar a viagem, para chegar o mais depressa a casa. Pensava: Estranha forma de vida, só morre quem faz falta .... Aqui, sentia predominar a raiva que nunca se esclarece na dor. Não, não era isso que deveria pensar. Teria que agir, teria que superar a perda. Não, perdi! Ganhei! Ganhei,respeito pelo que não podemos alterar, respeito na forma de amar de me expressar. Hoje, aprendi mais uma lição. ... Em casa, estava programada de ir ao encontro da minha filha, Matilde. Queria tanto abraça-la, olha-la nos olhos. ... Tinha algo para lhe contar. Nada que uma menina de oito anos, gostasse de saber. No entanto era urgente a verdade, não havia uma segunda versão, nem podia retorcer as lágrimas que afogavam os meus olhos. Ela, olhou-me. Por momentos fintou-me... Mãe! Estiveste a chorar?!! ... Sim, estive .... Fez-se silêncio. Falamos em casa, amor. Ela sabia, que algo não estava bem. E o seu silêncio até casa, gritou mais alto que o som de sua voz.... Em casa; Mãe! Podes contar-me o que se passa?!!! Eu, fiquei surpreendida, não podia abreviar mais. .. Puxei-a para mim... Olhei-a.... Mais rápidas que eu, surgiram as lágrimas.... O que foi?!!... Remeteu ela. .... Sabes querida, a avó Nanda, faleceu. ...
Ela abraçou-me! .... E disse-me, com a sua voz meiga e doce; - Não, chores, mãe!...
Nesta fracção do tempo em que se inverteram os papeis. Onde a lógica, deixa de ter lógica. Supostamente, deveria ser eu a dizer-lhe, querida não chores...
Aconcheguei-me no conforto dos seus pequenos braços, e apercebi-me que as perdas são a forma mais simples de transformar o Amor!...
O Meu!
O Dela...
E o Vosso!

Ana P.

10 janeiro, 2013

BLOCO DE NOTAS 10/01/13

Poesia... Momentos, onde o tempo emana saudades.

Lágrimas que me acolhem quando os sentimentos, são mais fortes que o vento. Se perdem, na sobriedade do olhar que se decompõe nas palavras. Se dispersa no contexto do avesso das horas que julgo não ter. Infinito o espelhar que se reflete na íris, que dá cor e paladar ás texturas das imagens que me resgatam. Salva-guardam a mortalidade antecipada. O desacato, é o ato que desfigura o sonho, amedronta a esperança. Enclausura a liberdade exposta no rosto por uma lágrima. A mente é o passaporte de asas invisíveis, o outro lado das muralhas que se escondem no equinócio de um sol depois de mim. Conquista-me cada segundo, cada minuto no parapente dos meus dias. Não há estrelas que resistam, não há dias que a por mim não passem. O conforto, é aquele ruidoso som que late no peito. Que me deixa ficar, na atração de cada perfume que faz florescer poesia. Não é minha! Será, nossa!... São sequências de momentos que perduram, que se distinguem pela metamorfose de cada traço desenhado no rosto. Em todas as construções que se dissipam no olhar... Objectivo, não é a simbiose dessa perfeita eternidade que ouvimos falar. É um ponto, uma luz, a linha recta da esfera que simboliza a vida. E o difícil não foi superar. Foi nunca ter tentado... Poesia, é decantar sentimentos. Purificar a voz que argumenta as razões que se aglomeram em simples palavras. Simbolizam, o extrato das linhas que me traçam o Mundo na palmas das Mãos...

 Ana P.

08 janeiro, 2013

CARTAS AO VENTO 08/01/13

Piano...
Ouve... O silêncio...

Arquitectava o silêncio, as palavras ante-vinham como alicerces.

Nestas páginas brancas, nascia o Éden dos sentidos que exploram o meu corpo de mulher. Sentia o derramar de odores, o quente e o frio das cores, a simbiose quase perfeita que dá luz ao coração. Imaginava-me, perto de todos. Imaginava-me sussurrar nos ouvidos das dispersas distâncias e o eco seria a melodia que resgata lembranças. Não me suprime de alcançar, a caravela que leva as ausências. Seria mais um entardecer, uma página virada ou a neblina que se acama na madrugada. Pedia que me vestisse de silêncio. Quieta desejava mais que um forte abraço, desejava sussurrar nas palavras, escutar o eco das amenas conversas que falavam de mim. Perdidamente descrevia as aventuras e desventuras que se cruzam para além do céu, para além mar... Entardecia... Entardecia, porque o olhar o relógio me dizia. Um olhar, apenas desatento nesse ritual de horas.... Abreviava a intensidade que se ajusta, em meros preconceitos de um novo nascer amanhã. E amanhã entardecia ... Olhava os labirintos deste jardim enfeitiçado. Torturava as palavras na espera... A capacidade de me expressar, de usa-las como armas de afetos, despontava-lhes um ponto de ânsias que se repartiam no espaço de todos o momentos que olhei, aquele simples relógio. Teria algo mais, que esta natureza viva que aflora os sonhos?!! Onde pinto, as cores de um sóbrio arco-íris envergonhado. E o tic-tac, é musica que se solta nas pautas lapeadas de incenso. Movem as teclas frias de um piano, que se dissipa no pó do tempo. Este som. Trauteado, é como uma burla dos dias que se foram. Dos dias que se espreguiçam no brilhar de um olhar, omitindo as lágrimas que não se deixam ver. Vorazmente, devoro um território que me praz, enaltece o júbilo das amizades, que não ficam para depois. Palavras expostas, que vinculam as razões de uma mente, da Alma Resistente que predomina um território que sei abraçar.
Saudades! ...

Ana P.

AMAR ... 07/01/2013

Escolhi, Amar.

Você, não vê,
Eu, vejo!...
Você não sente,
Eu, sinto!...
Você não acredita.
Eu,
Vou sempre acreditar!
Guardo as lágrimas
no meu tule...
Nas conchas da memória

Não há mar, que não as veja...
Não há terra, que não as tape.
Não há céu, que lhe dê asas,
para que possa voltar...

No meu peito, tatuado
AMO-TE!...
A ferro e fogo cravejado na Alma.

Prometo que irei, Amar...
Amar, depois chorar...
Amar depois de Amar...
Amar sem hesitar ....
Amar.
Amar, a fúria do vento
Amar depois de ...
Amar.
Meu Amor ...
Meu, Anjo.
Amar,
Incondicionalmente ...

Ana P.

06 janeiro, 2013

BLOCO NOTAS 06/01/13

Porque o passado argumenta o presente... Neste sossego oportuno, edifico instantes.

Planeio desfolhar o álbum que me faz relembrar.
Reler as páginas que cada momento me ensinou a escrever.

Não sobejam palavras.
Nelas os sentimentos são a força que lhes dá vida. São o arco do triunfo de cada dor, de cada lágrima processada nos meus olhos. Construo as enigmáticas ligações, que muitas vezes esmorecem no olhar mas vivem no coração. Faço laços na escrita, com a mais simples devoção. Faço-o de coração aberto, na utopia de um tempo indeterminado, que me devora as horas e apressa os segundos dos dias que não me limito a sonhar. Inano-me neles, nasço no apêndice das horas que perseguem o tempo. Sobressaio-me nos caprichos que não deixo para depois. Eternizo atos nos clichés que predominam o azul celeste do céu, que pinto com a cor terra-mar que cortejam os meus olhos. Na alma, as asas que não me nasceram no corpo. No olhar, o infinito horizonte os aromas que me encontram. No peito, as garras de um pulsar liberto. Não me atrevo a viver só de sonhos, acredito que a esperança é como o choro, quando nasce uma criança. ... Não quero deixar de viver, no parapeito dos dias que já passaram. Quero acariciá-los como aguarela de uma paisagem exposta. Quando a equestre lucidez me faltar, quero encontra-la na lucidez desta tela que os dias me ensinaram a pintar. Sentir e pressentir o glamour das jornadas, os desafios e os retratos de horas imaculadas. Decalcar os socalcos dos encontros, onde me desencontrei, jazer por momentos, e por momentos não me esquecer, de mim... de ti... de todos os que me ajudam a ser assim. Poesia simplesmente! ... O lugar de uma fugaz, prosa. A pétala caída do botão da rosa. A carta, o vento o relógio onde se lê o tempo.
Quero ser a ânfora de um inesquecível perfume.

Ana P.

04 janeiro, 2013

Uma perda,
é uma perda consoante a falta que possamos sentir ...´
E sem falta, não se qualifica o quanto podemos gostar de alguém.
Assim, parece-me fácil
Mas não o é.

Porque, me prendem?!

Porque, não a quero sentir partir ?!
Olhava-a. Ali, no seu leito não se soltam as palavras. Não existem abraços que possam, sentir esta dor que sinto. Não encontro o sentido oportuno da doença.
Não encontro consolo nas lágrimas que não a deixo ver. Olho-a, como uma força. Vejo o apego dos seus olhos que se colam aos meus. Não é necessário falar. O apertar a minha mão, diz tudo que sua boca não pode dizer. Manténs os olhos fechados, para não olhares os meus. Para que não vejas a cor do meu coração..Uma parte de mim destroçada a outra fragilizada, por não te puder valer de nada... Juntas são o amor que me defini. Olho-te, em silêncio. Rezo preces na doutrina que aprendi, vejo-te assim..., pedaços teus, pedaços meus.
Perdão! ...Peço-te, perdão. Por nada dizer, por nada fazer... Perdão, por não te, valer!...

Ana P.

01 janeiro, 2013

BLOCO DE NOTAS 01/01/13

Hoje enamorada
descanso a alma, na paz do sorriso.
Meu olhar....
Na plenitude que se estende no olhar, mordiscando o beijo, que não se atreve a esperar. Desconhecedora das razões, acredito que eterno é o vento, são as horas que se fragmentam. Sinto-me, conquistada! Uma Deusa, a Musa encantada. E Amo, porque Amar, é não desistir . É o conceito mais recto de todas as esferas. É o mistério do segredo que se encontra por desvendar. Nesta paz existe silêncio. Silêncio, onde nada fica por dizer. E é expressamente proibido deixar de sentir... Os sentidos repousam em mim, para que as palavras cedam consoante sua vontade. Não são impostas. São infundidas no inspirar que me move. Aromas latentes dos sonhos, inconscientes ou não revelam desejos que se escondem neles. Eu, sou apenas um pedaço da escrita de uma página que se imagina no tempo, se lê e relê de olhos fechados. Consistente como a eternidade que não sabe que existe, que não se deixa alcançar... Inspirador são os momentos que de mim nasceram e muitos que lhes ditei um fim. Neles confiei a chave da dor, do tesouro, da força, do medo da ira das revoltas. Simples foram a vitórias, as batalhas das guerras que não comecei. Adereços que adornam o espólio do brilho dos meus olhos. da luz que me ilumina na escuridão. Ainda que receie esquecer-me, sei que a luz falará por mim, sei que tu, um dia recordarás as palavras que não deixei por escrever.
E serei eterna no sorrir dos teus lábios, na luz de um olhar qualquer...
Teu olhar...

Felicidade!

Ana P.