29 janeiro, 2013

CARTAS AO VENTO 29/01/2013

O Universo,
é aproximação do tudo que nos rodeia. A bússola onde o magnetismo é o amor que nos define...
Em campos abertos, presenciar o sentir... Rudimentar o silêncio que ecoa nos prantos de cada sorriso que já nos fez chorar.

Há dias que passam .
Outros que sinto rastejar, para que possam passar.
Paciente, revejo-me nos dias que ainda não esqueci para contar. Cada página com que elaboro contextos, cada motivo que fomenta a razão de não esquecer.
Aqui! A implosão de sentimentos, devora as palavras que denomina a paz, com que sugo as metáforas de viver com amor, crescer com amor e guerrilhar com amor.
Perfumados são os desejos que se expressão, no querer, no dever e no sentir... No olhar calado, uma herança com que aprendemos a falar. Dar-vos-ei, o agridoce das emoções que me habitam, os trajes de uma nudez que aprendi a vestir. Dar-vos-ei sorrisos, esperanças, tudo o que me leva e faz ser sempre uma eterna criança. Dar-vos-ei lágrimas, que desfizeram e lágrimas que ergueram, lágrimas que muitos de vós já padeceram. Não há mar que não tenha ondas, nem ondas que não se deitem no mar. Descobri, tons de azul que floresceram nas mais densas florestas. Aprendi a escrever em ardósias negras, que alimentam a luz dos meus olhos, que unem as faces dor e ramificam os caudais do amor que expresso palavras, nos silêncios onde vós me escuteis tantas vezes. De olhos fechados conquisto o que não vejo com eles abertos. Tacteio a distância e beberico nos rostos de quem tanto me apraz . Imagino-me tão próxima, que vos sussurro ao ouvido. Tão próxima, que vos sinto a respiração, a dor no peito ou um simples suspiro. Ilusão é mais que um querer. É não ter. Sentir a falta, do valor exato dos instantes que não senti passar. É esquadrilhar a importância ignorada, como se tudo, fosse o começo de nada ... e do nada, abraçar, amar, filtrar-me nos excertos de cada prosa, que me deixou descrever alvos sentidos. Em linhas rectas descrever o delinear das esferas que nos subornam a vida, burlar o refugo das réstias das horas que se evadem dos olhares do relógio.... Emancipar-mo-nos nas asas do vento. Perpetuar aromas. Fragrâncias que nos esculpem as lágrimas. Levantar as âncoras que nos subjugam no chão, e corroer as algemas invisíveis que nos amarram ás incandescências materiais. Aprenderemos apenas a sermos comuns mortais. ...
.....

Há dias que nada querer, poder ser o demais que nos faz falta...

Carinhosamente

Ana P.

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