20 janeiro, 2013

BLOCO DE NOTAS 20/01/13

 
É no perder-me, que me acho.
Nas emoções encontro o meu caís.
Salva-guardo os beijos das saudades, que o tempo não devora.
Que conquistaram o puro ato de cada sentir, de cada olhar que deixei meus olhos revelar.
Desejava planar na continuidade dos sorrisos. Precipitar-me no abismo que escravatiza as lágrimas, que nasceram com um "Adeus" de não se poder dizer, para "Sempre!".
Para "sempre", seria ousado demais. Seria perlongar os instantes que se subjugam no tempo. Que nos amarram sem corda, sem correntes.... Sem elos perfeitos.
Foi num pequeno texto, que meu coração intensificou a beleza que caracteriza a saudade, preenche as lacunas da falta que me fazes, sentir...

Oração consoladora de Santo Agostinho;

"A morte não é nada.
Só passei para o outro, lado.
Eu sou eu. Vós sois vós,
O que era para vós, continua a ser.
Dai-me o nome que sempre me deste,
Falai-me como o sempre fizeste.
Não empregueis uma maneira diferente,
Não tomeis um ar triste.
Continuai a rir daquilo que nos fazia rir
Juntos,
Sorriam e pensem em mim.
Que o meu nome seja pronunciado em casa
Como sempre foi,
Sem exagero de coisa alguma.
A vida significa tudo o que sempre foi.
O fio não está cortado.
Não estou longe
Só estou do outro lado do caminho" ....

Intenso...
Palavras que me destaparam.
Descreveram-me por dentro e por fora. Senti-me essência. O incenso que fica depois da partida.
Resguardei-me no conforto da alma, antecipei-me nas lágrimas que senti nascer. Outras, ressuscitaram o afeto com que vê meu coração, com que fala...
Senti, que não te perdera.... Senti, que me aguardas do outro lado do caminho que não conheço. Imenso, não é o desejo que não sei descodificar. Imensa é a Paz, com que me soubeste falar, do outro lado. ...
Deste-me uma página em branco. Onde escrevo com esperança. Onde, te beijo e abraço. Nela a saudade não padece. Fluí como um rio de águas livres. De correntes sem elos. Que me mostram a grandeza do Amor, do Respeito de quem nunca o negou... "O Amor!".
Às portas de uma eternidade qualquer.
...

Ana P.

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