20 janeiro, 2013

TALVEZ 20/01/2013

Talvez ...

As palavras dissessem
O que a boca cala tantas vezes
Demorei a prenunciar-me no vento
A expor-me em estações que
Se encontram num tempo ...
Fraudulento, desvio o olhar
Que retorna nas horas
No vidro do relógio que argumenta
A escassez que deixo fugir-me
Entre os dedos...
Talvez...
Não exista o tempo!...
O contraste do branco
Inferniza o negro,
A nudez filtra o raios do sol,
Que dá cor aos poros
Da epiderme que me faz crescer
O cru,
É a epiderme de uma
Tela..
O traço do resgate,
Cada ruga
Que nele se vê envelhecer...
Não haverá prosa,
Que não se possa dissolver
Na poesia que nos corre nas veias...
Não haverá medidas exatas.
Apenas olhares,
Que se cruzam.
Sedimentos,
Que fluíram de nós.
Tangentes que desafiam
A gravidade
Dos momentos,
Entre o esquecer,
E o relembrar ...
Precisão.
O inevitável momento.
De longe,
provoca a distância
Não desiste de um meio,
Por um determinado fim ...

Talvez! ...

Ana P.

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