11 março, 2013

CARTAS AO VENTO 11/03/2013

Não acredito em palavras exatas.

As palavras estavam irrequietas...

Havia em mim, um silêncio inquietante que as provocava.

Lentamente aprendia a entende-las, a escutá-las .

Esse turbilhão de palavras é o aroma que me sai dos poros. Entre abundância dos ecos que me libertam e a profundidade de cada sentir, que se abastece em mim. Onde, o alimento é muito mais que meras palavras que se soltam. Pudesses lê-las na profundidade dos meus olhos, escutá-las no bater do coração. Aqui! As palavras não são adereços. São lascas do que sou, e a razão de todos os argumentos que fomento nos meus braços. São o colo desse tempo que se julga devasso. São o ponto de interrogação, a inquietude de uma simples afirmação. O romantismo que não deixo para um amanhã, talvez. Relembro-me na flecha de um amor, que sempre seduz o melhor do sempre,... que vem depois. Calada e falando mais alto do qualquer som, respiro no desejo de me encontrar amanhã. Suposições que improvavelmente, irei sonhar. E o azul são as asas que me resgatam, esvoaçam na brisa que perlonga o beijar sobre o mar, o meu mar. Derradeiro, não é este ultimo fechar de olhos. Mas a consequência de ver com ele fechados. Pressentir o tacto na distância, decifrar o frio que aquece. Deslisar nos perfumes que aguçam as estações que ajudam a descrever horizontes de canela, que escorrem entre meus dedos. Latejos de sentir que prenuncio nestas páginas. Onde o breve, é muito mais que esse exato momento que domina o refúgio das horas que me concedo. Mordomias que prevalecem na idade, contracenam no rosto de um alguém desconhecido que irreversivelmente desconhece o quanto o sentir nos aproxima. E o plano é a palma da mão, que não sei ler...

Carinhosamente

Ana P.

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