17 março, 2013

CARTAS AO VENTO 17/03/2013

Incertezas de olvidar...
Pigmentos de saudade.

Por momentos fracassava.
Empurrava as palavras ...

Não tinha a certeza de as querer por perto. De as querer sentir, mesmo que nada fizessem.
Esta retoma agitada, é e implosão de instantes que sacode a inconstância, que não era esperada do tempo que já por nós passou.
Exitante, desvio a mente. Queria ocupa-la com as imagens do presente. No entanto esta sem esforço, transportava-me no berço de outras paragens, na liberdade dos ecos que se descobrem no brilho dos meus olhos. Tão eterno, como o silêncio que recupero no folgo da respiração que acalma a chama das saudades que me arde no peito. Irresistivelmente lembro-me de ti, dela, de todos que me ensinaram a conjugar o verbo, AMAR! Lembro-me de quem não esqueci e lembro-me até de quem quero esquecer. (Irônico,não é?!! Termo-nos que nos lembrar de esquecer alguém). Aqui! Sossegadamente neste pedaço do eu, um trapézio invisível num plano que não estava previsto. Dedico uma fracção do tempo, às estações que já passaram por mim. Claraboia dos sonhos que sonhei e de outros que simplesmente foram sonhados. Se soubessem a falta que me fazem, se imaginassem o quanto queria dizer-vos e pudessem escutar o que grita o meu silêncio. Saberiam mais de mim, do que eu. É em breves tornados que me envolvo. Regresso em chuvas ácidas que ressuscitam as lágrimas que deixei adormecer. Amenamente deixo que asas se abram, que se encontrem nos desencontros dos ventos... Cada instante é muito mais que um passado, é uma janela sem cadeado um olhar do presente. Um pedaço que ficou, mesmo depois de ser fragmentado. ... é ali que me alimento que sacio a gula do vicio deste presente.
Se soubessem a diferença que todos marcam em mim.
Onde descrevo a filosofia de uma vida que não é vossa, firmando os argumentos das razões que fomentam qualquer momento que não esqueci.

Carinhosamente

Ana P.

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