23 março, 2011

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...

Olá, meu querido amigo.

Mais uma vez estendo a minha roupa no teu estendal. Porque é nele que os meus ventos adormecem a tua ausência. Onde me refugio, abrigo as minhas preces, as minhas dores.
Sinto-me intocável, protegida de tudo e de todos. PODEROSA! ...
Poder que exerço em cada texto que te escrevo, na magia das metáforas que tão bem, consegues decifrar ... Não me sinto, só! O teu estigma é a cicatriz perdurável, marcada com teu ferrete.
A marca do teu fogo.
Sinto que avassalo o tempo submetendo-o à prova, afugentando os meus medos, sentimentos.
Aqui! Sou vassala dos meus desígnios. A determinação que uso em prol, do meu bem querer. Cigana que lê sua sina, com arte e suas manhas.
Quiromancia adquirida na geração sucedida. A herança que guardo, venero no amor intenso do meu culto. Essências dormentes do meu ser.
A grandeza de te abraçar, num conforto imensurável com palavras escritas ao vento... E o vento por sua vez, trás-me os teus sussurros.
Agitar da alma, que embalo com carinho. No baloiçar dos meus secretos desejos...

Apaziguando a revolta de cada desejar.

Carinhosamente


ANA P.

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