15 março, 2011

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...
13/03/11
CAFÉ DA MANHÃ ...

Acordei cedo ...
Ainda que por algum tempo tentasse prender meu corpo no leito, este inquieto pedia que me levantasse.
A casa ainda está em silêncio, a benjamim ainda dorme.
É claro! Que podia fazer o mesmo mas não, sinto-me impaciente, não sei porquê. Estranho ...
Alguns minutos, após a luta com o corpo e a mente, rendi-me ... Levantei-me, obedeci à mente que por teimosia me ergueu da cama. À medida que caminhava em direcção à cozinha pensava, porque te levantas Anabela ?! ...
Está um tempo fantástico, para te aconchegares no quentinho dos lençóis. Enfim ...
Decidida aqueço água para fazer um café, isso! Preciso de um café, não aquele de maquina rápido. O outro que se bebe numa caneca de barro, adoro, adoro! ... Isso sim, poderia justificar o meu levantar.
Pego na caneca, entro na sala e abrindo os estores... como calculava, um dia melancólico.
Sentei-me no sofá, por segundos escutei o silêncio, de uma rua ainda adormecida de rosto lavado pela chuva da noite.
Não há sol nem vestígios, o dia está com uma veste cinzenta, que seguramente não têm intenção de mudar.
O aroma do café, recorda-me uma manhã no campo, o odor a terra que se sente, dá-me paz. Neste eco de silêncio madrugador.
Calmamente, olho o meu portátil que se mantém no lugar cativo que lhe dei ... Já sei, já sei ... não precisas de me gritar. Também tu, companheiro fiel destes momentos , escriba da doutrina dos meus sentimentos, anseias pelo toque dos meus dedos. Onde seremos arquitectos de palavras, numa combinação em que dois somos apenas um.
Tranquila, revejo recortes na lembrança, sinto saudades de quem já não vejo algum tempo, de quem não abraço e não beijo.
Recordo o quanto são importantes. Na memória que gostaria sempre de preservar, tenho medo que esta se deixe eliminar, medo que um dia não seja capaz de os encontrar .
Penso, que ainda à tanto por dizer, tanto por fazer... Porque esperamos ?! ...
Hoje! Acordei cedo ... Percebi que tenho muito por fazer ...

Carinhosamente

ANA P.

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