31 março, 2011

CARTAS AO VENTO...

CARTAS AO VENTO ...
28/03/11

No anil do meu céu ...



Olá, meu querido amigo...

Já algum tempo que te deixei de escrever.
A pausa de um silêncio com o tempo sempre a correr.
Sinto-me uma pessoa conquistada, enamorada pelas palavras, onde salva-guardam as forças de dominar uma escrita multi-facetada.
Em cada pausa um espaço que não posso dizer que está vão. Um espaço que te representa. Que mesmo ausente será sempre o teu.
Insubstituível como o oxigénio que respiramos. Quando te visito, no ar sente-se os aromas de lavanda, o cheiro dos lilases revoltam o âmago do intimo, um arrepiou à flor da pele que me despe e aguça os sentidos. Esta ponte silenciosa onde os laços de seda selvagem nos unem a uma partitura essencial para cada melodia que que escrevo, tão especial como o gostar de ...
Basta! ...
Apenas gostar ...
Gostar é ser grande, é vestir a tshirt azul do incondicional, de amar com sentido sem colisão de palavras.
É comungar, acreditar que mesmo longe, nunca saís-te do lugar.
Ressaltar cada instinto, o impulso que não domínio , tão selvagem e indomável , como o sangue que me fermenta nas veias ... ...
Que de escarlate veste o mosto, daquilo que sempre serei .
Cada convulsão das frases que escrevo, são como se fossem uma indomável revolução sideral. Um retorno do meu astro de volta ao ponto que sempre defini como meu céu...
Meu céu, paradigmas que protejo e faço questão de ressalvar.
E quando me sinto verdadeiramente só, plano em voo raso nos espaços que completam, o azul anil deste céu. Adoçante cristalino de anis licor, que lhe dá cor. ...
Um romantismo de ervas-doces , ilustrando a falta de alguém. Devolvem-me a saudade, como um rastilho que só as lembranças atenuam ...
Dizer que não sinto a tua falta, é omitir as fragrâncias em que escrevo em tons de anil e verde esperança.
Era deixar de falar no silêncio...
Era não me sentir, conquistada ...
Era não, notar a tua ausência neste céu que também sempre será teu.

Carinhosamente


ANA P.

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