05 maio, 2011

RASTO ...

RASTO ...

Delineando o fogo
que
atormenta
Fomenta a ira
e
na revolta
fazendo jus ao silêncio
que bramam aos céus ...
Atormentam a alma
nos confins de um inferno
que não esmorece
Atiça as chamas que
queimam a pele
acido corrosivo que
devora com avidez
tudo o que se sentira
e agora se desfizera ...

Sentimentos
momentos
que tudo valiam
deram vida ...
Tombavam
agora pedras, frias ...
Nada sentiam
nada marcaram em noites sombrias ...
Noites frias
chuva de gelo, descia no rosto ...
Escondiam corpos
caídos nas folhas
que tapavam
as flores, estranhos amores ...
Adornos de lápides Cristalinas
de tons de anil, espelhadas com verde
Azul esperança ... que foram ...
Esmoreceram
e se perderam ...
Numa estranha de querer ...
Setas
lanças que fogem dos olhares ...
Neste éden
sobe o altar um Deus guerreiro
de asas cortadas
não sabe rezar .... Suplica ...
Procura palavras
na sede de se libertar ...
Uma luz ...
Um sinal de ...
Não que saiba soletrar
todas as verdades que diz amar ...
Acredita, quer sempre acreditar ...
Que lhe cortem as asas
que o tranquem no gélido castelo
de farpas ao vento ...
Mesmo que lhe tirem a vida
lhe fechem a alma
que sinta dores ...
Ele sabe que o ...

" Amor é fogo
que Arde sem se ver ... "

São palavras sangrentas
no rubro do nosso viver ...
A força em que se acredita,
luta ...
Devoramos ...

Nem que corra descalça
que me sangrem os pés ...

Rastejarei para que encontrem meu rasto ...

De um Amor
pelo qual acreditarei ...
Como este Anjo,
Deus de quem nada sei ...

Apenas lhe segui o Rasto! ...

ANA P.


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