11 maio, 2011

CAVALGADA ...

CAVALGADA ...

Vou cavalgar
nas palavras ...
No dizer que me "amas" ...
que sou o teu mar ...

Cavalgar ... galopar ...
Noite dentro ...

Vou
cair do sonho
nas nuvens do teu sono
para adormecer ...

Vou
despedir-me da raiva ...
Do granizo que fiz acontecer ...

Vou
caminhar para ti
mesmo sem te ver ...

Vou
sorrir nas lágrimas
que rasgaram os céus ...

Cataclismos sem fim ...

Vou
chorar nos risos, que não consigo deter ...

Vou
cair de pés, gargalhar a tristeza ...
que se fez notar ...

Soltar as amarras ...
Âncoras ...
não me deixam apartar ...

Vou
fugir de mim, abrir elos ...
Para me encontrar ...
meu manto aveludado cobre o rasto ...
Marca o caminho
para a luz ...
As sombras desfalecem, nos muros ...
escrevem verdades ...
Um farol
que ilumina, com intensidade ...
E
quando cegar, poderei cheirar ...
O teu perfume
que educou o meu amar ...
Quebrou o gelo ...
Derreteu nevões ...
Fez
dos dias cinzentos
castelos de mar ...
Fez
das derrotas, metas para ultrapassar ...
Conquistou vitórias
da cor do meu sangue, salgadas de mar ...
E da maresia fez as promessas
que me fizeram mudar ...
Sentir a força
que não me deixa desmoronar ...
na grandeza de um abraço que se pode reforçar ...
na mais pura beleza, de um beijo ...
Que se aguarda ...
para poder conquistar ...

E ...

Cavalgar ...
ao encontro de quem sabe dizer ...

"Eu, Amo-te! " ...

ANA P.

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