25 maio, 2011

DOCE EMENTA ...

DOCE EMENTA ...

Dou
corda aos sonhos para que possam viver
Realejo
que movimenta a musica
na mão a manivela dá vida ...
O norte de um ponto
que define o horizonte...
Arco-íris, azimute ...
Favos mesclados com mel
tertúlias no papel ...
Enlevo adocicado devolvendo
notas em ponto de açúcar caramelizado ...
Derretendo na boca,
gustativo paladar que não engana
fustiga camadas de desejo
de
chocolate negro aveludado
que desliza na pele ...
Sacia a sede
construtiva nas montanhas
declinadas de um doce-amargo que te define ...
NOS DEFINE ...
Vertente de águas afoitas
que dilaceram a acidez dos
íngremes e adocicados
pequenos grandes momentos ...
Movimentos ...
Escorregadio que nos lambe as feridas
corrobora a razão
peganhenta, pela qual se lambe as mãos ...
LAMBIDELAS ...
Devoramos
Frutos silvestres cristalizados
pedaços brilhantes...
Pecados nossos ...
Diamantes
que tatuamos com arte
nos imensos campos de algodão doce ...
Em tons de rosa ...
Deitados,
a noite desfalece ...
Atira-nos os seu manto
com aroma de café ...
Somos
presenteados com tochas
elaboradas...
Magníficos palácios de açúcar pilé ...
A musica astuta
libertada no vento
grãos de doces momentos
que se difundem nas chamas
no odor caramelizado
emanado por dois corpos
que se amam ...
No
som do realejo
em forma de desejos ...
Sabor a caramelo
tatuado com o nosso beijo ...

Uma doce ementa! ...

ANA P.

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