19 maio, 2011

PENSEI QUE VOAVA ...

PENSEI QUE VOAVA ...


Pensava
que era ave e voava ...
Pensava
que tudo bailava ...
Um
mundo caído a meus pés ...
Submerso
nas águas das ondas
e das marés ...
As
chuvas que lavam as penas
o
corpo e a alma ...

São
as mecenas
Protectoras serenas
dos escritos da mente ...
Pergaminhos de carinho
pedaços rasgados do coração...
Que untam meus os dedos
de sentimentos,
fazem falar minhas mãos ...
Rabiscam o tempo
piano que toca, sem mãos ...
Nas Pautas
papeis, enfeitiçados
o místico selado ...
livros
invisíveis guardados
prantos
fados, por vezes cantados,
vividos, tocados
Guitarra com lágrimas
escorrendo
vivas
na força de um rio ...
Cordas quebradas ...
Notas trocadas
água fresca do poço frio
em cada
aragem um novo rumo
que é o aprumo que
me ergue no ar ...
Um
pássaro, indefeso
empurrado do ninho
aprendendo a Voar ...
Planar sozinho
nas garras da vida
nos vendavais ...
que nos assolam e atormentam
Relembram-nos que
somos Comuns Mortais ..
Num
Mundo
de
pequenos pardais ...

Pensei que voava ...

ANA P.

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