18 maio, 2011

ALMA ...

ALMA ...

O que é que procuras?! ...
Não te encontro
desditas sobre a vida ...
Farpas, lanças de marfim ...
Hoje
a terra é vermelha
com cheiros de alecrim ...
Nas mãos o coração
bate mais forte que o vento ...
Queima mais que o sol ...
Tempestades com chuvas
Setas de prata, que caem do luar ...

Usa o brilho da lua
que se deita no mar ...
Prateado espelhar
agita as águas serenas ...
A calma de espreitar ...
Janelas abertas ...
Olhos abertos que se deixam fechar
Baila a gaivota nos céus
abre asas a planar
Usa
fogo cruzado
dispara, até pode matar ...
Mata as saudades de amar ...
Voar no azul do céu
sob
no anil do mar ...
Mata
o desejo que
pare o tempo ...
Mata
o tempo
que não morre ...
Mata
a dor que ficou ...
Mata
a culpa de falar
o que na verdade, faltou ...
Mata
a fome de ti ...
silêncio enraivecido ...
Mata
lentamente o queixume
que soa no coração ...

Mata-me de ciúmes
embora pense que não!
Mata
o luto que visto
nos dias de solidão ...

Mas não mata a Alma
esta vive no coração ...

Saiu à rua
procurando pedaços de pão ...
Repartiu
com a tristezas ...
Partilhou-o
com a solidão ...
Fez das sombras glórias

Vitórias em nacos de pão ...

A
alma nunca está sozinha ...
Embora eu julgue que sim ...

A
alma é muito mais ...
que tudo o que aprendi ...

A
alma nunca parte,
Vive dentro, Mim! ...


ANA P.

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