16 outubro, 2011

SOLIDÃO ...

SOLIDÃO ...

Sentada
neste molho de trevas ...
Enclausuradas as lágrimas ...
Pedras Inanes
delineiam a calçada sombria
na encruzilhada pedaços de vida
nacos de nada
sem nada
Lamentos, ais que agora
sussurram ao vento ...
De mãos vazias,
nada tenho,
nada sinto ...
Arrepio ...
Espadas pretas,
candeeiros de azeite
pregados no chão ...
De
manto branco
o nevoeiro esconde a noite
encerra os labirintos
com portões ferrugentos ...
Que choram
no ranger de uma glória
de portas fechadas ...
Trancadas ...
de chaves invisíveis ...
Escutam agora o
Gotejar ...
Afirmação resistente
que prenuncia chover ...
Chuva, chuvas ...
despem
a calçada ...
Acoitam os rostos de estátuas
sem vida ...
Orbitas mortas ...
Comovida
olho em volta os
despojos que edificaram, Vida ...
Sentida ...
Caracteres de sentimentos
Rudimentos do qual nasce
a história
que sem horas,
sem dias ...
Nunca vos pensei
querer contar ...
Entristecidas e
sombrias magnetizam
as sombras de cada dia ...
Nos ponteiros de um relógio
enegrecido nos despojos do
que somos em, Vida ! ...

SOLIDÃO ...

ANA P.

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