10 outubro, 2011

CARTAS AO VENTO ...

CARTAS AO VENTO ....

Mesmo murcha uma flor, será sempre uma, FLOR!..

Necessitei de tempo para sacudir os sentimentos ....
Precisei de ensurdecer o silêncio que fervilhava em mim como um acido corrosivo ....
Hoje, a heresia do silêncio joga as cartas que nunca me ensinou a jogar.

O tempo será sempre um antídoto necessário para seguirmos em frente.
A medida será concebida ao critério de cada um, embrenhada nas raízes do coração.
Ontem vi a tua essência estendida, o brilho do teu sorriso na frase que tanto dizias a brincar;

- Precisas de alguma coisinha??!!!
- Então compra se faz favor! ....

... Ainda me confronto com a verdade da tua história.
Com a seriedade dos factos que te levaram de nós.
Nada do que possa escrever ou dizer te trará de volta, ficará na densidade de cada sentir, de cada gotejar de chuva que salpica as vidraças dos corações.
Não planeio nada já algum tempo, deixei de carregar nos ombros o peso de obrigação.
E foi com essa liberdade que te conheci, que aprendi a gostar de ti... Nunca planeamos nada, tudo o que vivemos foi por acaso. Momentos! ... Momentos que o tempo se incumbiu de acelerar para nós....
AMIGA de VERDADE! ...
Sei, que não lerás jamais esta carta ...
Sei, que por muitas palavras que escreva, nenhuma delas será tão genuína como tu, ANABELA!....
Desculpa as lágrima que carrego nos olhos, não tens culpa....
É peso que sinto, de não ter tido tempo para te dizer, o quanto gostava de ti!...
O peso da lufa a lufa do dia a dia, em que não valorizamos as pequenas coisas que nos rodeiam.... e deixa-mo-las para trás, para uma amanhã... Problema é que o amanhã pode ser tarde demais.... e foi isso que nos aconteceu.
De repente deixaste-me na encruzilhada, atordoada não acreditava .... Liguei-te, mas .... Não atendeste o telemóvel! .... como era possível?!!!... Não sabia se estava a sonhar ou se de repente ficará presa num pesadelo.
Queria tanto ouvir tua voz , amiga! ...
Queria, queria, queria ....
Queria acreditar que te ouvia, mas nada! ... Nada!
Nada, voltou a ser igual....
Hoje, o tempo padece no nostálgico dia que certifiquei a verdade do meu pesadelo....
....

Não te levei flores.
Estas, estavam tatuadas nas nossas conversas.
E cada pétala ficará pregada no meu peito até ao dia da minha partida ...
Nos limites do meu horizonte ficará o estandarte do teu sorriso, a simplicidade de mulher que fazia a diferença...
No meu peito acelero o coração quando te resgato das minhas memórias, quando de alguma forma esculpo a amizade da mão que me estendeste, do abraço que só te pertence.
Não existem pessoas iguais, lugares, etc.
Não se pode retorcer o tempo como um dejá-vous ...
Não podemos perder laços, apenas reforçar o real valor de cada um, mesmo que estes se desatem a nossa maior grandeza é reatá-los....
Na tua perda, valorizo o silêncio.
Já não reclamo por tudo e por tudo e por nada ....
Agradeço,
agradeço por ter acordado para um dia mais louco da minha vida...
Agradeço as lágrimas a dor ...
Agradeço o ajustar do tempo de todas as essências que me fazem ser seja o que for ...

O que importa é aprender, crescer ....

AGRADEÇO ! ... Os momentos em que me dispensaste, num tempo que só te pertencia...
Que sendo só teu, para todos os teus amigos servia.

AGRADEÇO-TE! ...
A liberdade do teu sorriso que anda solto na minha memória ...
Agradeço-te, todas as lágrimas que soltas nos meus olhos....
Porque elas me fazem sentir, humana ....
SIMPLESMENTE HUMANA ...

Até um dia ... Anabela!

Carinhosamente


ANA P.


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