10 outubro, 2011

INFÂNCIA ALADA ...

INFÂNCIA ALADA ...

Enegrecidas
na erosão do tempo devorador
Num canto do chão
vestígios de asas de latão
Rastos
da bélica infância
que arrebatavam os nossos sonhos,
nas delirantes tardes Outonais ...
Conquistaram vezes sem fim
o menino/menina alado(a)
que existia
na vaidade infinita do imaginário ...
Arco-íris do Eldorado
que revestiu o poente do Sol
de fundo
de incandescente laranja ...
Uma
miragem do Oásis
Templo,
guardião de memórias
de bravas lutas,
Nossas vitórias ...
Alados
Senhor dos Céus ...
Senhora dos Ventos ...
Decepávamos as nuvens
com asas de latão,
Rasgávamos a garganta do vento ...
E ofuscávamos o Sol
com brilho do lata
que carregávamos nos ombros...
Guerreiros,
queríamos Ser...
Enfrentar, todas as Fúrias ...
Não ter medo, de Morrer ...
Com asas queríamos, Viver ...

No chão
Jaziam agora
as asas brilhantes de latão ...
Enegrecidas
ainda fazem viver
as lembranças que se soltam
dos pedaços da nossa
pequena história ...

INFÂNCIA ...

ANA P.

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