21 outubro, 2011

MOLDURAS ...

MOLDURAS ...

Recordar
o que ficou
nos pedaços rasgados
Recordar ...
entre as linhas ...
Aglomerados
papeis amarrotados ...
Candeia que se extingui
Um
quarto vazio
Repleto
de histórias ...
Cúmplice de quatro paredes ...
Catedral de uma só janela
Liberta a matéria na alma
Filial da mente que veste e reveste
um corpo
Linhagem de linho cru
Uma cama
que não foi desfeita ...
A
manta de silêncio frio
Momentos de alguém
que partiu ....
O
bolorento cheiro agoniante
ficou esquecido nos dias que passam...

Pó e sombrio ...

Perpétuo
Algodão em rama ...
Templos que salvaguardam a inércia
Janelas
inertes Sobe chão ...
Recordam
arestas definidas
Memórias,
pedaços que socalcaram vida ...
Seiva,
lamentos
de secretos prantos
Limiar da pobreza esquecida
Reflecte
os raios de sol, trespassando as vidraças
aquece
o corpo
nas partículas de um quarto
vazio
de paredes erguidas na vida
de tudo o que um dia foi ...
Meu! ...

Ana P.

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