07 outubro, 2011

AMIGO ...

AMIGO

Procurei-te em cada enigma
Teimei ...
Decifrei-te na difícil equação
Desejei-te na negra noite
em dias de desilusão

AMIGO ...

As tuas palavras são a locomoção
Veiculo sem rodas
Cavalo sem esporas, sem direcção ....

AMIGO

De mascara negra,
e penas de pavão ....
A tez morena, plagio de sedução ...
Olhos cor de café,
o brilho de fé ...
Crepúsculo que corre da noite
ao encontro do dia ...
Sintonia
ou
pura magia ...
Mania ...
Vitral ...
Labirintos de pedra escurecida
a porta invisível de sonhos com vida ...
Musgo verde,
esperança ...
Alicerces de roscas medievais
Sentinela,
guardião do enigmático inferno
que corroí paixões ...
Meteoros que queimam o oxigénio
que partilhamos ...
Em leigas brisas
soltamos os sonhos, voamos
no esquartejar as silabas das palavras ...
Nos becos despojos que sobejam
das mesmas, lamechas
Edificamos nichos
um habitat que não nos pertence....
Mas preenche o vácuo
em cada falésia, em que desfaleço...
Amorteço as quedas da alma
da mente ...
Aconchego ....

AMIGO...

As tuas palavras são o para-quedas
dos meus sobressaltos ...
O paradigma de todos os contextos
da amena cavaqueira
que faço contigo e o meu coração ...

AMIGO ....

Há sempre uma razão ...



ANA P.

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