29 novembro, 2012

BLOCO DE NOTAS 29/11/2012

Imensidão...
Navegava na vastidão do silêncio. Como um álbum de recortes sendo desfolhado, encontro a vestes das palavras que sempre vos escrevo com plenitude dos sentimentos que se emanam de mim para vós. Em contextos repletos de emoções que tocam e argumentam os sentidos, de cada partida de cada chegada Nunca o silêncio foi a chave perdida, a arca esquecida. A avareza de dias solitários. Em mim o silêncio é a coerência, das exatas respostas, as perguntas das dúvidas que se esclarecem... É onde me encontro e desencontro. É a metáfora, que determina o apreço das emoções que ficam e das que partem... Nele não há sobras. Não há excessos de grandeza altivos. É como se fosse um prenúncio das razões que habitam neste corpo de mulher. Em que respirar é a certeza da comoção que me dá vida. Que me alimenta nos dias de fome. Fome de mim, de tudo que meu peito abraçou e minha boca adocicou. E cada olhar que amordaço, é o perfume do incenso que voa na íris dos meus olhos. Alados florescem na densidade de sentir, e planam nos afectos que relembro nos aguaceiros do tempo. Calada acomodo as palavras em mim. Tatuo no coração as asas da liberdade onde mora a alma. Em cada escape a turbulência de uma rebeldia que corre nas veias. Rubra, delineia a força das desavenças no bloqueio das horas que supostamente, me fazem jazer por momentos. Não há fé que não peça silêncio, nem preces que não possa gritar em oração. E cada lágrima que verti no silêncio, doeu muito mais que aquelas que se dispersaram no rosto, que alcançaram outros olhares, que não o meu... O silêncio, é pódio de todos os medos... O pódio da força que não se vê. A muralha de pedra a ferro e fogo. ... A lava escondida na cratera que sou...

Ana P.

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