27 novembro, 2012

BLOCO DE NOTAS 27/11/2012

PEDAÇOS DE SILÊNCIO..
Meus...
Nossos e Deles...
Porque me dizes tanto, no enredo do silêncio?
Parecia fácil, ficar calado. Calado era o tempo necessário para desculpar actos. Calar as palavras.
Ferozmente esta isenção de ruído, era quanto bastava para amotinar os laços que se fizeram. O fio da navalha, o fim do pavio que assegurava a luz.
Valera-me o equilíbrio constante, de Amar com os olhos na boca, e o Coração nas mãos. ... Vale-me os sorrisos. Os pequenos gestos, o silêncio das vozes que se emanam nos olhares. Vale-me a lucidez de simplesmente gostar. Inquietante, não será propriamente não estar presente!... Inquietante é juntar as peças de cada silêncio. É coordenar os afectos. É ter tuas páginas, no meu livro aberto. É a junção do Oásis, num determinado deserto. Relembro-me na vaidade de uns ponteiros do relógio, acompanhando o tempo.
Irreverentes reclamam as ausências e marcam-nos as horas. Confrontam a sorte, com a supremacia de aprender a viver. Em cada passo o compasso que apressa. A dama do tempo acompanha a eternidade. Não sei, se será uma simbiose perfeita! Porque acreditando ser perfeita, não existiria a imperfeição. Todavia existirá sempre lacunas. Reconheço a liberdade que me deste, na liberdade que me levaste. Reconheço que se aprende mais com qualquer tipo de dor, do que com alguns conceitos sobre o Amor. Ilusão não está nos sonhos que sonhamos, mas nos paradigmas de querermos juntarmo-nos aos de outros. Pedaços de sonhos, que não nos pertencem. A vida é como um dialecto. Aprendemos a vive-la com o tempo ou sucumbiremos.... A felicidade é tão caprichosa, que inferniza a vida nos dias. Faz-nos sentir necessidade de tudo e de nada. O tudo é descoberta do quanto falta para se chegar ao Nada!... Nada a dizer, nada a fazer , nada simplesmente nada. E no nada, nos perdemos. Agonizamos as sentenças que não nos pertencem. Desafiamos a sombra de um astro insistente. ... Olho em volta, repreendo a azafama do silêncio. Não deixo que fale mais alto, que o carinho que sinto em torno de mim. Não deixo que o brilho dos meus olhos me cegue. Aqui, há sempre lugar para mais um(a). Diferentes serão os dias, que o tudo valeu, o nada do teu hoje!...Hoje, tenho tudo do nada que não viste! ... Amor, Amizade e valentia.

Ana P.

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