19 novembro, 2012

BLOCO DE NOTAS 19/11/2012

Quanto de mim basta, para não me esquecer de ti?!
Amanheces em mim, quando se solta a madrugada. Adormeces, quando não recordo o adormecer. Ainda hoje, me perco nos excessos de gostar. Perco-me com vontade, de ir e pernoitar. Perco-me, por que te sinto puxar. Arrastar-me contigo. No misterioso acordar. Embebecida escuto teus passos neste silêncio, nos fragmentos que se soltam das imagens que meus olhos fotografam. Desejo perder-me para te encontrar, antecipar o tempo para que possa voltar. ..Já te escrevi várias vezes sentada no cume da montanha, acompanhada fielmente pela alma ... Onde as nuvens, são a paz que me dás no louvor do céu azul, matizado pelo o arco-íris, flecha de esperança que trespassa o coração. Salvaguardando momentos que ás vezes sucumbem, na harmonia de opostas razões. Tenho-te nos dias que desfiguram as horas, que se quebram na vitrina do olhar, onde as lágrimas se derramam, quando simplesmente podiam ignorar... Tenho-te, nas tão raras suposições, onde o Ser é bem Menor que o Existir. ... Tenho-te, quando todos partem. e o certo seria, ficarem!...Tenho-te, desenhado na imagem do rosto, no vermelho vivo implantado nos sorrisos... Em cada lágrima que se importa. Esperaria se pudesse a eternidade. Se pudesse alcança-la nos abraços, prende-la-ia!... Sinceramente, absorvo o privilégio de viver, de me difundir nos dias, na luz do brilho que me deixaste ver na escuridão. Não há dias sem horas, nem tempo que não as tire de nós. Assim, como não existe o remorso que não suspire, fragrâncias de lembranças de todos os argumentos contra feitos que surgem, após... Não há dramas melindrados. Um drama, será sempre um drama ainda maior. Maior porque desespera no apego e cresce no apego daquele que sempre vem a seguir. O amor, não pode ser um circulo fechado. É uma sequência de elos abertos. Não se prende, não se mendiga, não se compra. Nasce e renasce as vezes que forem necessárias. Já que eterno, é o Tempo. Ele nos trás e levará ... O que ficará de nós, será o pó dos elos que nunca se fecharam ... Explodem de amor em todas as direções.
Tudo isto, é quanto basta. Para não me esquecer de ti.

Ana P,

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