13 novembro, 2012

BLOCO DE NOTAS 13/11/2012

Rebeldia . 
Crescias entre mim e o sossego dos dias.
Decidida tomava as rédeas de uma memória que se aproveita da rebeldia dos ventos.
Da tenacidade com que te sentia.
Com medo não queria perder-la....
Pernoito tantas vezes nos dias, como os dias amanhecem nas noites.
Não fomento as inanimadas saudades. Dou asas às vivas, para que se libertem de mim... Para que a panorâmica da mente te encaixe, na paisagem do manto que trago nos ombros. O aconchego. O aperto que uso para ir ao teu encontro. Entre o desejo e o vício de A(mar)-te, além de mim. ...
Escuta o ruído deste silêncio, a maresia que os ventos te levam ... Falam-te de mim, das emboscadas que fazia-mos. Dos sorrisos, das lágrimas que construímos nas margens da felicidade. Represa de gestos e de palavras que se soltavam de nós. Perfumavam a esperança que acordava em nossas mãos. Gravitavam nas gargalhadas que se soltavam dos inesperados sorrisos. Sem esforço seguravam a valentia dos olhares, dominavam as fracções dos momentos, que nos ensinavam a partilhar. Cúmplices tínhamos a ousadia de não pedir os beijos, mas dá-los... Saudade é uma âncora sem peso. Sem medidas. Não nos prende ao chão, mas amarra-nos no tempo. Algemas sem chave, que se perde em nós. Ou seremos nós a perde-mo-nos da chave?!... E lá estás tu, novamente! Entre o silêncio e o sossego dos meus dias, que não te esqueço.

Ana P.

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