11 novembro, 2012

CARTAS AO VENTO 11/11/2012

Num Tempo de tudo,
que julga ser nada.

Quando o tudo,
foi o suficiente para não ser, nada!

Devolvia a serenidade ao coração.
Recatada acolhi-a lembranças, que te traziam para junto mim.
Multiplicava vezes sem fim, os argumentos que não quero que desvaneçam no tempo.
Não quero que se dissipem da felicidade, que me deixaste na saudade.
Quero que fiquem por perto.
Como provas de fogo, do medo de me esquecer.
Em tons de receios que simplificam a consciência, em hipotéticas ocasiões do medo que sinto de me esquecer.
Esquecer-me das asas, com que naveguei na coragem de A(mar).
De acreditar para além das fronteiras invisíveis que me deste.
Espaço aberto....
É o oásis do meu Mar de cor Anil.
Dos sedimentos com que construo sentimentos.
De todas réplicas memoriais que me resgataram num tempo, em horas desiguais.
Extinta não é a vontade de querer, mas a concorrência vã de palavras que nunca foram nossas.
Palavras tão fáceis de se prenunciar, que o seu timbre é o eco de emoções que nos seduziram.
Manipulados não seriamos os "caçadores", mas "presas" engaioladas, nas vontades de outrem.
Lisonjeias as sequências da Alma que nos adula o corpo, fermenta as quimeras de emotivas passagens por onde andávamos.
Onde colhíamos, o incenso dos beijos de abraços. De pedaços que repartimos de nós.
Lírica, não é melodia que me soletraste no ouvido, mas o revelar da paixão que fica, quando se prevê a partida.
Aguaceiros, das quedas de água onde naufraguei meus olhos.
Onde me senti viva por respirar, por sentir de dentro para fora.
Agradeci aos ventos, que me fustigaram o rosto.
Fiz uma vénia a cada lágrima que se soltou e a muitas que se guardei cá dentro, dentro do peito.
No primor de cada silêncio, que falou por mim.
Nas delicadas sequelas que sem rosto, viam muito mais além.
Além de mim e de ti!...
Nos ponteiros de um só relógio.
O TEMPO! ...

Carinhosamente

Ana P.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.