30 outubro, 2012

BLOCO DE NOTAS: 30/10/2012



(A)mar ...
Gostaria de decompor as palavras, dos aromas dos meus olhos.
Perfuma-las nas lágrimas que nunca viste.
Que nunca sentiste.
Mas que existem!
Existem no estampado elaborado, com que sinto a saudade.
Existem em mim, para além de mim.... sempre no antes e no depois.
Agora, argumento esquecer a dor que mora cá dentro.
Dentro mim...
Dentro dos momentos que foram nossos.
Argumento mas não esqueço a razão que se aliou ao fato.
De fato, não enlouqueço nas hipotéticas opções que poderiam argumentar a razão.
Um passo à frente, compreendo as cores do pôr-do-sol que não quero ver partir.
Aceito o fim do dia, que planeia o anoitecer.
O atrevimento do luar que enfeitiça o meu mar...
Como é bom (a)mar! ....
Não poderei prender-te nas amarras dos meus sonhos, nem dar asas que nunca viste.
Exigir-te. Seria o maior dos erros indisciplinados.
A mágoa da copula que se esconde nos ventos.
O desencontro do beijo que um dia nos uniu.
(A)mar-te! ...
Foi delatar as sequências que nos fizeram, sempre voltar...
Os sorrisos sem horas...
O fitar dos olhares, que nos prendiam quando não podíamos ficar ...
Foi o chorar, sem lágrimas... Escutar do silêncio...
(A)mar-te,
sempre antes de te ver...
(A)mar-te
e desejar-te! ...
Desejar-te sem horas, sem freios ...
Simplesmente na sedução das horas, que se escondem nos ponteiros.
No relógio do tempo que nos apressa.
Nos divide, neste mundo às avessas.
(A)mar-te!
Não se traduz na palavra.
Decompõem-se na trama, definida por sentimentos.
(A)mar, é o melhor de nós dois.
No antes e no que ficou, depois.

(A)mar-te.

Ana P.

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