25 outubro, 2012

BLOCO DE NOTAS: 25/10/2012

Onde esconderas o beijo, que não deste ?!!...
Apontava os significados mais insignificantes das desculpas que falavam por ti.
Do escárnio, que pintava o forçado sorriso.
Do desconforto de olhares nos olhos, que não são teus.
Balbuciava palavras, inadvertidamente preferia não saber ler-te o olhar.
Não ter de omitir as desculpas que não soubeste calar.
Longe, beberico nas recordações que afagam a iminente dor.
Acalmo quando te sinto próximo, e a proximidade do longe é o figurante ópio ...
Anestesia a falta que sinto . ... Ludibria a realidade de uma suspeita ilusão.
Fascinante não é a tristeza que fica, mas a força que aprende a crescer em dias imperfeitos.
Imperfeitos por que não se estendem nas horas, na alongam as fracções que crucificaram o cansaço.
Imperfeitos, porque são pequenos demais, para quem se esquece do próprio ser.
Imperfeitos, porque não se podem repetir.
Únicos.
Como o beijo que não deste, hoje!...
A importância não está no beijo mas no momento.

Ana P.

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