04 outubro, 2012

HORIZONTE ...

HORIZONTE …

Em redor, sentia a plenitude da grandeza que não limita o olhar.
De longe pinto o horizonte com que meus olhos, beijam as cores além mar.
Seduzem o azul do céu esvoaçante, que alega liberdade dos ventos. 
Apaixonadamente…
Declamo , tertúlias que se acamam no leito dos meus olhos. As mais belas prosas, descrevem a nudez da esfera racional , que se expõem em secretos labirintos salvaguardando a nobreza da mente equaciona. Não exige. Não delineia domínios. E as fronteiras são a densa floresta que persegue o calor do sol. Em cada abraço permitido antevejo as melodias de desejos proibidos, de extenuantes fragrâncias. Incenso, que se extingue em cada olhar. Que embala e acalma os devaneios dos propósitos de se sonhar. 
Sonega a avareza dos dias que me excluem . 
De olhos fechados , sinto a quietude do coração albergando a paisagem nítida do arco-íris. Flamejando cores de uma perspectiva de querer chegar mais além….
Solta, no alpendre do horizonte não há estrelas que não toque, nem muda música que não possa escutar. 
Fascínio. 
É a beleza viva que floresce nas lágrimas. 
Delata as supostas clareiras acamadas com flores… 
Persigo os trilhos do fogo laranja, que desce nas horas ao encontro de mais um fim de tarde. 
Aqui sentada. 
Basta-me um olhar que o mais melindrado drama se esfumaça. 
Reduz-se no insignificante ponto, que nunca será o encontro do horizonte que adormece nos meus olhos…
Horizonte é …
A esperança que não se deixa algemar. 
De olhos cerrados, nunca deixar de ver … 
É voar, sem asas… 
É viver, para depois morrer… 
e ressuscitar num final de tarde pardacento …

Horizonte.

Ana P.

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