22 outubro, 2012

Fundamentos de razão.
Pediria desculpas se meus olhos não se precipitassem.
Se não corressem mais que a vontade do falar.
Não me dão a opção de aguardar as palavras, que se semeiam na boca.
Sem alternativa, o rosto é o leito das lágrimas que sentem.
O leito de todas as expressões.
Das metamorfoses. Epidural dos dias, que tenho medo de esquecer.
Não pedi que se mostrassem, mas são vitimas dos excessos de emoções que latejam a alma e fazem sangrar o coração.
São um exemplo de vitória. Diamantes das histórias que nunca vos contei.
Estrelas cadentes, pedaços de céu, lápides de pedras sombrias... são teimas e manias de quem se senta, para falar com a maresia.
Pediria desculpas, se não me entendesse...
E sendo a mais louca de todas as palavras que um dia soletrarei, serei o elo das razões de enigmáticas que libertam o incenso que adorna o perfume do meu corpo.
Mais que não fosse a asa de uma aventura qualquer, descreveria a realidade do sopro dos ventos, o murmurar do sentir que abre as ameias das emoções.
Pediria desculpas, se a fantasia ofusca-se o brilho das saudades. Do sintoma das perdas, que amainam no tempo.
Se a fragilidade de uma pequena mão estendida, não me fizesse mover.
E não chorasse, sobre o império das minhas saudades.
No álbum nostálgico, que não avançou no tempo...
Se porventura meus olhos não vissem no espelho, a velha criança da qual sou mulher.
Contra o tempo pediria desculpas, se ele não fomentasse a sua razão.

Ana P.

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