14 maio, 2012

CARTAS AO VENTO 14/05/2012

CARTAS AO VENTO  14/05/2012 


Depois de se quebrarem as regras que não inventa-mos. 
Simplifico os gestos nas palavras, que florescem na clareira de sentimentos. 
Que me definem no teu corpo, tão submerso de mim ....
Em nós, existe um emergir. 
Uma floresta tatuada de sensibilidade, cataclismo que nos inunda de aromas.
De todos os perfumes, que acolhemos nos nossos delitos. 

Poderia sussurrar-te, entre um beijo e a tua pele. 
E brincado com o desejo, serias mais doce que um favo de mel ... Aprovaria o fogo ardente, todas a erupções que despertam sensações.
Nos nossos braços, os abraços de emoções, a nudez desabitada de caprichos temporais... Um espólio.
Duas mentes lavradas em fogo cruzado. 
Sigilo impaciente do tempo, intervalo com que nos prenda-mos gentilmente. 
Dádiva que nunca, proclamámos...mas tão inerente no ênfase de respirar-te, de me respirares ...
Oxigénio caramelizado que nos escorre entre os dedos. Paladar afrodisíaco, aguçar de sentidos ...
TÃO! ... 
Livres, tão nus ... 
Mas claramente vestidos de tudo.... 
Saciados, num só! ... Dois corpos .
Um leito de folhas acamadas, fascinadas de agressivos tons. 
Ainda que cada folha, seja uma simples folha levada no tempo. 
Nós, seremos a contemplação de insubordinados desejos, fragmentos de uma vida, surpreendida no tempo ...
Apeadeiro de todas as esperadas estações, inconstantes ... 
Atrevem que antevíssemos a sua chegada ... mas que não esperariam por nós...
Eloquente a brevidade com que passam...
Exuberante cada trecho que a memória não apaga. Emana ! ...
Emana um átrio de odores, que fazem de ti o meu Éden avassalado. 
Numa floresta encantada no crepúsculo das folhas que ficaram ...
Em nós, como um delírio de um beijo tatuado.


Carinhosamente

Ana P. 

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