06 maio, 2012

CARTAS AO VENTO 05/05/2012


CARTAS AO VENTO 05/05/2012

Quero presentear-te em regime aberto de palavras ...
Nelas delinear a história, que um dia poderemos contar.
Frente a frente. 
Um fitar de olhos...
Ler-te-ia, sentimentos que não soubeste delatar...

Como se andasse embalada, na ondulação do teu (a)mar...

Quando me sinto sozinha, as palavras trazem-te até mim. 
Elas, procuram-te nas noites caladas, nas insónias que deixas em manhãs ancoradas. 
Palavras ...
São o trago da essência de memórias despertadas, o palanque a minha estrada. 
Escrevendo, sinto o fervilhar de sentimentos. 
Uma astúcia lavrada entre mãos, definem o azimute do coração. 
É toda a eloquência, em prol de uma clara razão! ...
Amar-te! ...

E (a)mar é: 

Desvendar cada trama que edifica alicerces em lados opostos. 
Valorizar os segundos cada sorriso que sem esforço meu rosto traçou.
Conquistar o sussurro do silêncio, que sempre nos diz tanto!. ...
Sonhar ... 
Onde será, expressamente proibido limitar horizontes, fazer plágio ...
Ter asas invisíveis, escrever nas páginas azuis do céu em tom de alaranjadas labaredas. 
Sucursais que representam o trajecto indefinido da alma. 
Sem mar...
Atormentam todas as brisas que silvestres. 
Robustas, afagam a tolerância dos afectos que florescem em campos livres, em setas de Cupidos esculpidos no meu olhar. 
No frenético desejo de alcançar-te. 
De colorir cada sombreado com a tua alegria.
Enamorar nas tertúlias de uma fome submersa de carinho. 
Ser a fonte da tua água, a mó do teu moinho. ...

De braços abertos, espero sofregamente por ti!... 

Como se apenas umas horas, fossem a eternidade que não temos... 
E o tempo fosse areia fina que nos escorre entre dedos.  
Ampulheta indefesa... 
Relógio de areia, que reflecte a luz de uma estrela da tarde. 
Vénus, que se ergue e aplaude o amor que lisonjeiam as palavras. 
Contracenam com o farol que rasga o oceano, oriente de luz desenhado no mar.... 
Suplicam o grito de tudo, que não soube dizer-te...  
Em mares que se agitam, consoantes as marés.
Liberdade que desliza em nuvens passageiras . 
Algodão doce da minha morada eterna...
Fogo de artificio de todas as cartas imprevistas, que nunca imaginei escrever ...

Se tudo isto não é amor ?! ...
É um (a)mar além desconhecido ... 

Carinhosamente

Ana P.

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